segunda-feira, 30 de abril de 2018

ARTIGO - Hábitos saudáveis e seus benefícios







Por Renata Mesquita
Nutricionista

Hábitos saudáveis melhoram a qualidade vida e impactam positivamente na nossa saúde e bem-estar. Você sabe o que significa hábito? Ao procurarmos pelo significado da palavra teremos a seguinte definição: disposição adquirida pela repetição frequente, algo que vira costume. Parece familiar não é mesmo? Isso ocorre porque nós desenvolvemos diariamente várias ações que geram essas disposições.

Como exemplo podemos citar ações como se alimentar, dormir, fazer higiene pessoal, ler, trabalhar, entre tantas outras. Ou seja, trata-se da repetição de uma sequência de ações que acabam se tornando automáticas. Uma vez constituída, essa rotina dificilmente se perderá e, quanto mais cedo for desenvolvida, mais enraizada estará no cotidiano.

Controlar o peso, fazer exercícios físicos regularmente, ter uma alimentação balanceada e equilibrada, uma boa qualidade do sono pode transformar e influenciar na qualidade de vida do indivíduo. Você certamente já deve ter ouvido a seguinte expressão “a prevenção é o melhor remédio”. O ato de se prevenir sempre será a melhor forma de manter a saúde em dia. Esse é um exemplo de costume que deve ser adquirido e mantido. A boa alimentação é prioridade na prevenção e no tratamento de diversas doenças.

Demora para desenvolver hábitos saudáveis? Na verdade, o tempo para constituir um novo hábito pode variar bastante, dependendo do comportamento, da pessoa, das circunstâncias, entre outros. O leque de fatores que pode interferir na formação é muito vasto. Algumas pessoas podem ser mais resistentes às mudanças, outras são mais difíceis de adquirir ou, até mesmo, de abandonar costumes antigos. Entretanto, não é impossível, com persistência é possível. Por isso, o essencial é evitar padrões de comportamento prejudiciais que fazem parte do dia a dia. É necessário idealizar um novo modelo e despertar em si o desejo de concretizá-lo.

Os hábitos alimentares estabelecidos na infância interferem diretamente na saúde do adulto. Assim, a criança que possui uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, reduz as chances de apresentar doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta. Por isso, é importante estimular desde cedo os bons costumes alimentares, uma vez que é na infância que o indivíduo está mais suscetível à aprendizagem e à criação de hábitos.

Vale destacar a importância da educação familiar nesse aspecto, uma vez que os pais são responsáveis pela nutrição dos filhos e, consequentemente, pela formação do seu comportamento alimentar. As atitudes da criança são reflexo do ambiente já internalizado por ela. Ou seja, só é possível reduzir a ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcar pelas crianças, quando há mudanças nos hábitos dos pais, uma vez que as crianças aprendem não só por suas experiências, mas também através da observação.

O próprio alimento induz o indivíduo a escolhas. Suas propriedades sensoriais desempenham um papel determinante para seu consumo, mas também influenciam a saciedade, a ingestão e a seleção do alimento em determinada refeição. No entanto, as escolhas realizadas podem levar o indivíduo a estados nutricionais indesejados, como a obesidade e a desnutrição. Por fim, reforçamos que a educação deve ser uma aliada à formação de comportamentos alimentares saudáveis, que propiciem ao indivíduo melhor qualidade de vida e longevidade.


*Os artigos publicados no Blog Saúde e Bem Estar são escritos por especialistas convidados pelo domínio notável na área de saúde. As publicações são de inteira responsabilidade dos autores, assim como todos os comentários feitos pelos leitores/internautas.

Justiça autoriza transfusão de sangue em paciente Testemunha de Jeová



A justiça de São José do Rio Preto (SP) concedeu autorização, na última terça-feira, para a Santa Casa do município realizar uma transfusão de sangue em um recém-nascido cuja família professa a religião Testemunha de Jeová. O bebê encontra-se internado no hospital em estado grave e os pais haviam negado o procedimento. De acordo com a Santa Casa, a criança tinha hemorragia no estômago e  um quadro grave de anemia.
O hospital informou que a mãe redigiu uma carta proibindo a realização da transfusão e assumindo os riscos da não realização, afirmando, inclusive, que havia sido orientada pela equipe médica sobre a gravidade do quadro de saúde do bebê e que estava ciente de que ele poderia morrer se não fosse feito o procedimento. Diante da negativa, a Santa Casa entrou com um pedido de tutela antecipada alegando que a criança poderia morrer se não fizesse o procedimento.
Contudo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que o médico só deve praticará a transfusão de sangue se houver iminente risco de vida, caso contrário, o profissional deve respeitar a vontade do paciente ou de seus responsáveis. Sob o aspecto jurídico, existe a proteção e o direito à liberdade de crenças, porém, na área penal, se o médico não realizar a transfusão de sangue ele pode ser acusado até de homicídio, se a falta da transfusão resultar na morte do paciente, por conduta omissiva.
O juiz Lavínio Donizetti Paschoalão acatou o pedido da Santa Casa e ressaltou que a demora natural dos trâmites do processo poderia trazer dano irreversível ou de difícil reparação para o bebê. “Preservada a garantia constitucional do direito à crença e culto religioso, o direito à vida é de ser tutelado em primeiro lugar pelo Estado, dada ordem de grandeza que envolve um e outro direito, evidenciando a presença do fumus boni juris”, relatou o juiz.
Os Testemunhas de Jeová não aceitam tratamentos médicos que envolvam a transfusão de sangue porque a religião professa que devem se abster de sangue. Para os seguidores, tanto no Velho como no Novo Testamento há um ordenamento claro sobre essa questão, por isso, eles não aceitam tomar sangue por qualquer via por obediência a Deus. A recusa tem como base a interpretação das seguintes passagens bíblicas: Gênesis (9: 3-4), Levítico (17: 10) e Atos dos Apóstolos (15: 19-21).


domingo, 29 de abril de 2018

Projeto de Lei do Revalida é aprovado na Câmara dos Deputados



O projeto de lei nº 4.067/2015, que pretende transformar em norma o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida), foi aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, no dia 18 de abril. Agora, o Revalida encontra-se sob a análise da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) e, se aprovado sem mudanças, será levado diretamente para a sanção presidencial.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) defende o projeto de lei como forma de segurança ao exercício da medicina e ao paciente. “O CFM sempre defendeu a manutenção do Revalida por entender que esse exame tem funcionado como filtro criterioso para permitir o exercício da Medicina no país apenas dos candidatos formados no exterior que comprovem sua capacidade. É uma avaliação necessária para convalidar esses diplomas expedidos por escolas no exterior”, enfatizou Dalvélio Madruga, diretor da entidade.
De acordo com Lelo Coimbra (PMDB/ES), relator do projeto, o Revalida representa uma conquista histórica de grande relevância para os médicos brasileiros. “É importante que ele seja aprovado rapidamente, pois servirá como proteção do trabalho médico com qualidade em nosso país”, pontuou o relator.
A proposição dispõe que o programa seja implementado como instrumento legal pela União, com a colaboração do CFM e das universidades públicas participantes, a quem caberá, após a divulgação do resultado do exame, adotar as providências necessárias à revalidação dos diplomas dos candidatos aprovados.
Atualmente, o exame é regulamentado pela Portaria Interministerial nº 278, de 17/03/2011, nos termos do art. 48, § 2º, da Lei nº 9394, de 1996. As provas são aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Contudo, o novo projeto unificará o processo em todo o país, assegurando aos candidatos uma avaliação nacional única. O mais importante, entretanto, é que o exame realizará não apenas prova teórica, mas também prática no processo de revalidação do diploma.
Fonte: Conselho Federal de Medicina

Postos de vacinação da capital fecham no feriado e na véspera



Recife possui cerca de 170 postos fixos de vacinação contra a Influenza, popularmente  conhecida como gripe, são policlínicas,  unidades de saúde da família, upinhas e unidades básicas tradicionais, que funcionam das 8h às 17h. Porém, nas próximas segunda e terça-feira, 30 de abril e 1º de maio (Feriado do Dia do Trabalhador), esses postos estarão em recesso e só retomam suas atividades no dia 2 de maio. 
O reforço no número de postos faz parte da 20ª Campanha Nacional de Vacinação lançada na última segunda-feira, pelo Ministério da Saúde, e segue até o dia 1º de junho. O objetivo é mobilizar os estados e municípios para vacinar cerca de 54,4 milhões de pessoas e, com isso, reduzir as internações, complicações e mortes em decorrência das infecções pelo vírus da influenza.
A campanha deste ano tem como padrinho o ex-jogador de futebol Pelé. Com o slogan, “Entre para o time da saúde. Vacine-se contra a gripe e fique protegido”, o Rei do Futebol faz um convite para o grupo prioritário se proteger contra a doença. No dia da mobilização nacional, 12 de maio, estarão funcionando 65 mil postos de imunização, sendo 37 mil de rotina e 28 mil volantes em todo país. A vacina oferecida esse ano protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, A/H1N1, A/H3N2 e influenza B.
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação.
CASOS DA DOENÇA
Em 2018, até 14 de abril, foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado.
No mesmo período de 2017, foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1; 244 casos e 30 óbitos por H3N2; 81 casos e 24 óbitos por influenza B; e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza. 


sábado, 28 de abril de 2018

PE registra 1º óbito pelo vírus do H1N1 em 2018



Na manhã de ontem (27/04), a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) confirmou a primeira morte pelo vírus da gripe H1N1 no estado. O paciente, que estava internado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), era portador da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), tinha 45 anos e faleceu na última terça-feira (24/4). A confirmação veio através da análise laboratorial realizada pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE).
A SES informou ainda que a vítima era portadora de doença crônica, o que pode ter agravado o caso. O órgão reforçou que realiza monitoramento permanente da circulação dos vírus respiratórios e que os casos de SRAG no estado reduziram 38,5% em relação ao mesmo período de 2017.
De acordo com dados do último boletim epidemiológico, divulgado dia 26 de abril, Pernambuco já tem 18 casos confirmados de infecção pelos vírus respiratórios H1N1, H3N2 e influenza B. Esses dados são de casos registrados do início do ano até o dia 14 de abril.
Pernambuco já aderiu à campanha nacional de vacinação e pretende imunizar 90% do grupo prioritário até o dia 1º de junho, só na capital pernambucana, são cerca de 170 postos fixos de vacinação contra a Influenza, popularmente conhecida como gripe, que funcionam das 8h às 17h.
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar, no entanto, eles devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação.

 

Febre amarela pode causar hepatite fulminante



Já se sabe que a febre amarela pode atingir o funcionamento do fígado do paciente. Recentemente identificou-se que a doença pode provocar a hepatite fulminante, também conhecida como hepatite aguda grave ou falência do fígado. Considerada a mais grave das doenças que acometem o fígado, a enfermidade causa a morte das células do órgão em poucas horas ou dias.
Vale ressaltar que o percentual de indivíduos que podem desenvolver a doença ainda é pequeno. No entanto, espera-se que, com o aumento do número de casos de febre amarela, novos casos de hepatite fulminante devem chegar aos serviços de saúde. De acordo com Fábio Moura, cirurgião do aparelho digestivo e transplante de fígado do Real Instituto de Cirurgia Oncológica (RICO), o caso pode ocorrer porque a replicação do vírus é feita em órgãos sólidos, sendo o fígado um dos órgãos afetados.
Normalmente, as hepatites A ou B e as doenças autoimunes são as principais causas que desencadeiam a falência do fígado. Vale ressaltar também que o uso inadequado de algumas medicações como antibióticos, antidepressivos, analgésicos e remédios para controlar o diabetes também podem provocar a hepatite fulminante. Mas, no caso de pessoas acometidas pela febre amarela, qualquer pessoa está sujeita a desenvolver a doença.
Os sintomas iniciais são semelhantes aos de uma hepatite comum, ou seja, náuseas, mal-estar, dores abdominais, olhos amarelados e urina com coloração mais escura. Além desses, na hepatite aguda grave, os doentes passam a ter perturbações do sono e raciocínio lento, podendo em pouco tempo entrar em estado de coma e evoluir ao óbito. Em geral, o tratamento é realizado através do transplante de fígado em caráter de urgência, podendo levar à cura mais da metade dos pacientes.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Projeto Língua Solta atende crianças com a popular “língua presa”


Pedro e a mãe, Rose Andrade, na consulta da revisão cirúrgica com a Dra. Ana Cláudia Araújo
Desde 2014, o Teste da Linguinha passou a ser obrigatório nas maternidades brasileiras, com base na lei nº 13.002, sancionada pelo Governo Federal. O teste tem como objetivo examinar as alterações morfofisiológicas e evitar futuros problemas como má-formação, fonação, deglutição e dificuldades de ordem psicossocial para as crianças. Popularmente conhecida como língua presa, trata-se de uma alteração morfofisiológica que atinge cerca de 17% das crianças no país e está associada à genética familiar.

Tendo em vista a necessidade de tratar os pequenos pacientes com essas alterações, os departamentos de odontologia e fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram o Projeto Língua Solta. O programa segue o Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua do Bebê e garante o diagnóstico e, se preciso, a realização da intervenção cirúrgica, além de todo acompanhamento posterior com consultas e atendimento fonoaudiológico.

Em 2017, foram realizados cerca de 700 atendimentos entre consultas avaliativas, procedimentos cirúrgicos e revisão pós-cirurgia. Atualmente, atende cerca de 30 pacientes por dia e já assistiu mais de 2.500 crianças. O atendimento é gratuito e realizado na clínica de pesquisa do departamento de Prótese e Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da UFPE.

O Língua Solta avalia crianças na faixa etária de 0 a 10 anos de idade. No entanto, Ana Cláudia Araújo, coordenadora do projeto, enfatiza que quanto mais cedo a criança realizar o procedimento, melhor é a recuperação e o resultado. “O ideal é fazer nos primeiros dias de vida do bebê, logo após o diagnóstico através do teste da linguinha, na maternidade. Inclusive porque a língua presa, como é conhecida, atrapalha a amamentação e deglutição do bebê. Isso sem falar nos problemas futuros com relação à fala e até socialização da criança”, reforça a especialista.

Com 19 dias de vida, o pequeno Pedro realizou a intervenção cirúrgica no local. Segundo Rose Andrade, mãe do bebê, o problema foi identificado na própria maternidade através do Teste da Linguinha. “Antes do procedimento ele não conseguia mamar direito e ganhava apenas 20 gramas por dia. Após a cirurgia ele passou a ganhar 60 gramas com a amamentação exclusiva”, afirmou a mãe de Pedro.

“Hoje o grande entrave do funcionamento do projeto é o financiamento, uma vez que a universidade só contribui disponibilizando a estrutura física e de equipamentos. Toda a captação de materiais como luva, gaze, álcool, é obtida através de doação dos pacientes que são atendidos pelo programa e também por meio de cursos de capacitação”, relatou a coordenadora.

A idealização e coordenação do Língua Solta foi uma iniciativa dos professores-doutores Ana Cláudia Araújo Silva e Alfredo Justino Gaspar Junior, ambos docentes da UFPE. A iniciativa conta ainda com a contribuição do professor de fonoaudiologia Hilton Justino, além de uma equipe multiprofissional formada por cirurgiões-dentistas, odontopediatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e acadêmicos desses cursos.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Perguntas e Respostas sobre a gripe



1. O que é gripe ou Influenza Sazonal?
A Influenza, também conhecida como gripe, é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.

2. O que causa a gripe?
A gripe é causada pelo vírus Influenza. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa, apenas, infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A (H1N1) e A (H3N2) circulam atualmente em humanos.

3. Quais são os sintomas da gripe?
• Tosse seca;
• Febre alta;
• Dor muscular;
• Dor de garganta;
• Dor de cabeça; e
• Coriza.
A febre é o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.

4. Como se transmite a gripe?
A gripe (influenza) pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. Não há diferença de transmissão entre os tipos de influenza sazonal.

5. Por quanto tempo os vírus da gripe podem permanecer em uma superfície?
Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem por 2 a 8 horas em superfícies. Por isso, lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se contaminar a partir dessas superfícies.

6. Como tratar a gripe?
Pessoas com gripe devem beber bastante água e descansar. A maioria das pessoas se recuperará dentro de uma semana. Os medicamentos antivirais para a gripe podem reduzir complicações e óbitos graves. Eles são especialmente importantes para grupos de alto risco. O tratamento com o antiviral deve começar dentro de 48 horas após o início dos sintomas.

7. Resfriado é a mesma coisa que gripe?
Não. O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes dos da gripe. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), que geralmente acometem as crianças. Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais leves e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas. As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados. Outra doença que também tem sintomas parecidos, e que pode ser confundida com a gripe, é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível e sim crônica, provocada pelo contato com agentes alergênicos (substâncias que causam alergia), como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.

8. Como se prevenir da gripe?
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de maior chance de infecção, como o vírus Influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, chamadas de “etiqueta respiratória”, tais como:
• Lavar e higienizar as mãos frequentemente, principalmente antes de consumir algum alimento;
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter os ambientes bem ventilados; e
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
• Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação;
• Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; e
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
IMPORTANTE: O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vomito persistente, convulsão.

9. Quais os cuidados contra gripe a serem tomados em creches?
• A aglomeração de crianças em creches facilita a transmissão da gripe entre crianças vulneráveis. A melhor maneira de proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual contra gripe, que é recomendada a partir de 6 meses até menores de 5 anos de idade.
• Os cuidadores de crianças em creches, além da adoção das medidas gerais de prevenção e etiqueta respiratória, devem realizar a higienização dos brinquedos com água e sabão quando estiverem sujos. Deve-se utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das crianças. Lenços ou fralda de pano, caso sejam utilizados, devem ser trocados diariamente. Deve-se lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente, quando ela estiver com suspeita de síndrome gripal.
• Cuidadores devem observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta e informar aos pais quando apresentarem os sintomas de síndrome gripal. Devem, também, notificar a secretaria municipal de saúde, caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com ausência pela mesma causa na creche.
• O contato da criança doente com as outras deve ser evitado. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença. Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem uso de medicamento, da febre.

10. Quais cuidados contra gripe com gestantes, puérperas e recém-nascidos?
A gripe causa mais doenças graves em gestantes que em mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações graves por influenza, assim como hospitalização e óbito. A gestante com influenza também tem maiores chances de complicações da gravidez, incluindo trabalho de parto e parto prematuros.

11. A vacinação contra gripe durante a gravidez protege a gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses?
Sim.

12. Quais cuidados a gestante deve ter se estiver com gripe?
• As gestantes devem buscar o serviço de saúde, caso apresente sintomas de Síndrome Gripal (SG)
• Durante internação e trabalho de parto, se a mulher estiver com diagnóstico de influenza, deve-se priorizar o isolamento
• Se a mãe estiver doente, deve realizar medidas preventivas e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos, principalmente para evitar transmissão para o recém-nascido
• A parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê. O bebê pode ficar em isolamento com a mãe (evitando-se berçários)

13. Qual a vacina contra gripe ofertada no SUS?
A vacina influenza ofertada no SUS é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e produzida no Brasil pelo Instituto Butatan em parceria com o laboratório privado Sanofi Pasteur. As vacinas das campanhas atuais são trivalentes e protegem contra os tipos de vírus influenza A (H1N1)pdm09, A (H3N2) e influenza B, que são os vírus de maior importância epidemiológica, de acordo com a própria OMS.
A vacina é ofertada, anualmente, durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza com o objetivo de reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções causadas pelos vírus, nos grupos prioritários para vacinação.

14. Qual o público alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe?
O público alvo, ou seja, o grupo prioritário da vacinação contra influenza no SUS são crianças de seis meses até menores de cinco anos, gestantes, puérperas, idosos, indígenas e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de ter complicações graves em decorrência da influenza. Além disso, também fazem parte do público alvo profissionais da saúde, professores das escolas públicas e privadas, pessoas privadas de liberdade (dentre eles adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas) e profissionais do sistema prisional.

15. Por que a campanha de vacinação contra gripe é realizada anualmente e, geralmente, nos meses de abril e maio?
A circulação do vírus influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. A vacina contra gripe é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o agravamento da doença. No geral, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de 6 a 12 meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas da vacinação. Por esse motivo, a vacinação é anual e busca proteger a população alvo da campanha contra as cepas que mais circularam no hemisfério sul, no ano anterior.
Fonte: Ministério da Saúde

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Alimentos orgânicos têm inúmeros benefícios à saúde


Os alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos, substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente. As técnicas utilizadas na produção respeitam a natureza e mantêm a qualidade do alimento, minimizando as chances de danos à saúde dos consumidores.
De acordo com o Greenpeace, organização que atua na proteção do meio ambiente, a agricultura brasileira é campeã mundial em uso de agrotóxicos. Além disso, mais de 60% dos alimentos testados no país possuem algum resíduo nocivo à saúde humana, segundo dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nos últimos anos, a preocupação com a procedência dos alimentos tem levado um número cada vez maior de consumidores à procura dos orgânicos. Essa conscientização da necessidade de uma alimentação mais saudável estimula a produção e o crescimento do consumo dos mesmos. Frutas, legumes, verduras, hortaliças, carnes, ovos, feijão e cereais são alguns exemplos.
Os benefícios dos alimentos orgânicos são inúmeros. Além de ajudarem na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, eles são mais mais nutritivos, preservam as fibras, vitaminas e minerais. Eles também possuem mais substâncias bioativas, resultando em mais antioxidantes para o organismo que, consequentemente, levam à um reforço no sistema imunológico e previnem diversas doenças.
A cenoura orgânica é rica em caroteno, substância que atua no combate às infecções e reduz o risco de infarto. Já o tomate possui licopeno que é um antioxidante excelente para retardar o envelhecimento e pode ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de próstata. Os benefícios dos orgânicos não estão só nas frutas e legumes, as carnes e ovos provenientes de animais que não sofrem estresse e também se alimentam de orgânicos, contribuem para uma dieta alimentar mais segura e saudável.
Em geral, os alimentos orgânicos são um pouco mais caros do que os inorgânicos. Isso se deve ao fato do cultivo possuir mais processos e necessitar de mais mão de obra, uma vez que são produzidos por pequenos agricultores e pela agricultura familiar. Contudo, as vantagens do consumo desses alimentos valem a diferença no custo. Eles ainda recebem um selo de certificação, o SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), que garante a procedência do alimento, natural e livre de alterações químicas.

ONU lança campanha sobre a saúde sexual e reprodutiva das mulheres no Brasil


Atriz Bella Piero é uma das representante da campanha da ONU
No dia 26 de abril, São Paulo sediará uma campanha pela saúde sexual e reprodutiva que colocará as mulheres e adolescentes no centro do debate sobre seus direitos. A iniciativa está sendo organizada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com organizações do setor privado e instituições filantrópicas, e apoiada pela Embaixada dos Países Baixos. Será a primeira realizada pela Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil, formada pelas instituições citadas.
Com o tema “Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro”, o movimento realizará ações de empoderamento para que brasileiras possam tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade – sobre engravidar ou não, sobre quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade.
Os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto para a mãe, o aumento de infecções por doenças sexualmente transmissíveis evidenciam a urgência da necessidade de se discutir essas questões.
De acordo com dados da pesquisa Nascer no Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), cerca de 30% das mulheres que deram à luz nos hospitais pesquisados disseram que não desejaram a gestação. A pesquisa revela ainda que a cada 100 mil bebês nascidos vivos, 143 mães morriam antes de 1990. Esse número caiu consideravelmente entre 1990 e 2015, porém, ainda continua alto e preocupante, para o mesmo número de bebês nascidos vivos, 61 mulheres vieram a óbito em 2015.
Segundo Jaime Nadal, representante da UNFPA no Brasil, a questão central desse debate são as mulheres, “porque é sobre o corpo delas que os efeitos da desinformação e da discriminação de gênero recaem de forma muito mais impactante e com consequências para toda a sociedade. Por isso, é fundamental que as mulheres brasileiras decidam seu presente e seu futuro”. Ele afirmou ainda que o desenvolvimento do país é responsabilidade de vários setores, inclusive do privado, e não apenas do Estado, por isso, a ONU realiza essas parcerias.
A Aliança é uma iniciativa dos setores privado e filantrópico, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e apoio da Embaixada dos Países Baixos, para a promoção da saúde e garantia dos direitos sexuais e reprodutivos. Também fazem parte da Aliança as empresas Bayer, MSD, Reckitt Benckiser, Semina e o Instituto Ethos.
Inspirada na ação global She Decides, a campanha busca ampliar e qualificar o debate público sobre o tema, além de arrecadar contribuições técnicas e financeiras dos apoiadores. O evento é gratuito, aberto ao público e com vagas limitadas, mediante inscrição prévia.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Mitos e Verdades sobre a Febre Amarela


O Ministério da Saúde divulga informações sobre a febre amarela com o intuito de combater os boatos que circulam a respeito da doença. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença. Por isso, a instituição está ampliando a recomendação da imunização para todo o território brasileiro a partir deste ano.
Alguns estados e municípios do Nordeste e parte do Sul e Sudeste não faziam parte das áreas de recomendação. Com a nova medida, aproximadamente, 80 milhões de pessoas devem ser vacinadas em todo o país, sendo 11,3 milhões no Sul, 40,9 milhões no Sudeste e 27,7 milhões no Nordeste. 
A nova medida será feita de forma gradativa, de acordo com as possibilidades de produção e distribuição da vacina. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia serão os primeiros a implantarem a vacinação, entre os meses de março a junho. A partir de janeiro de 2019, os estados do Nordeste começam a vacinação da dose padrão para toda população. Os estados do Piauí, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Sergipe e Rio Grande do Norte totalizarão 25,3 milhões de pessoas. O estado do Maranhão não entra nessa medida porque já é considerado área com recomendação de vacina.

Confira os Mitos e Verdades sobre a Febre Amarela
A vacina de febre amarela mata
Não! A vacina é eficaz e segura. A vacinação não é indicada apenas para pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; crianças menores de seis meses; pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3); e pacientes em uso de quimioterapia/radioterapia.
•A dose fracionada não protege
De acordo com o Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS) a vacinação com dose fracionada apresenta a mesma eficácia que a dose única padrão. A proteção é de, pelo menos, oito anos. O fracionamento é recomendado pela OMS somente quando há aumento de morte de macacos e de casos da febre amarela silvestre com risco de expansão da doença em cidades com alto índice populacional e quantitativo insuficiente de doses da vacinas.
•A imunização em massa põe em risco a sociedade
Não. Na verdade, o que ocorre é o contrário. Indivíduos que recebem vacinas fazem com que haja uma diminuição da circulação do agente infeccioso na comunidade. Ao reduzir o número de doentes, diminui a chance de transmissão de seus agentes causadores, beneficiando, portanto, indiretamente, toda uma comunidade, inclusive aqueles que não tiveram acesso à vacinação.
•Macacos transmitem a febre amarela
Os macacos não são responsáveis pela transmissão, muito pelo contrário: esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção. A doença é transmitida por mosquitos.
•O vírus da febre amarela sofreu mutações e por isso a vacina não funciona
Não é verdade. Um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para acompanhar possíveis mudanças genéticas no vírus da febre amarela realmente identificou mutações no vírus, resultado publicado em 2017. Porém, não há qualquer impacto destas mutações para a eficácia da vacina.
•Existe alguma conspiração do governo para as pessoas se vacinarem? 
É verdade que o governo adquiriu um estoque enorme de vacina e agora quer se livrar dele?
Isso é apenas um boato sem qualquer fundamento. Não há nenhuma conspiração nesse sentido e nem houve aquisição de grande quantidade de vacina que precise ser utilizada. A vacina usada no Brasil é produzida pela Fiocruz e é certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
•É verdade que estão morrendo mais pessoas em decorrência da vacina do que propriamente de febre amarela?
Não é verdade. Os riscos por não tomar a vacina são maiores, já que a pessoa fica sem uma das principais formas de prevenção contra a doença.
•A vacina possui mercúrio em sua fórmula?
Não, a vacina contra febre amarela não possui mercúrio em sua formulação, e nenhum outro metal. Conforme descrito na bula, a vacina contra a febre amarela produzida por Bio-Manguinhos/Fiocruz contém excipientes como a sacarose, glutamato de sódio, sorbitol, gelatina bovina hidrolisada, eritromicina e canamicina.
Fonte: Ministério da Saúde

Ações marcam o Dia Nacional de Combate à Hipertensão em PE



Criado em 2002 por lei federal, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado no dia 26 de abril. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, além de alertar sobre os cuidados básicos para prevenção e controle. Segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge mais de 30 milhões de brasileiros. A Sociedade Brasileira de Hipertensão afirma que ela é responsável por cerca de 300 mil mortes anualmente no Brasil, são 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos.
Para marcar a data, a Sociedade Brasileira de Cardiologia/Pernambuco (SBC/PE) promoverá uma ação no Centro Médico Ermírio de Moraes, na próxima quinta-feira. O movimento tem o objetivo de alertar à população para os riscos da pressão alta. Na ocasião, médicos e profissionais de saúde irão disponibilizar aferição da pressão arterial, glicemia capilar e orientação nutricional. Haverá ainda atividade física com a equipe da academia da cidade e orientações sobre o uso correto da medicação. 
A SBC/PE também apoiará a realização de duas ações voltadas para a prevenção da doença. Amanhã (25/04), o cardiologista Rafael Gomes, coordenador do Grupo de Estudos de Cardiointensivismo da SBC, fará uma palestra para pacientes no Hospital da Aeronáutica, visando orientá-los para um correto controle da doença. Já no dia 26, o cardiologista Marco Alves, coordenador do Departamento de Hipertensão da SBC/PE, ministrará aula para formação de profissionais de saúde que atuam na atenção básica, no Cabo de Santo Agostinho.
A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença silenciosa que acomete os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e rins. Normalmente, uma pessoa é considerada hipertensa quando sua pressão arterial se mantém frequentemente acima dos 140 de máxima e 90 de mínima, informalmente chamado de “14 por 9”. Em 90% dos casos, a doença é herdada pelos pais, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles o sobrepeso e obesidade, a má alimentação (muito consumo de sal), o sedentarismo e o tabagismo.
Além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, as chances aumentam com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos e em diabéticos. Os sintomas só costumam aparecer quando a pressão sobe muito, os mais comuns são dor de cabeça, dor na nuca, tonturas, enjoos e falta de ar. Podem ocorrer ainda dores no peito, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
A única maneira de diagnosticar a pressão alta é aferindo a pressão regularmente. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver hipertensos na família, deve-se aferir mais vezes. Trata-se de uma enfermidade que não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada com medicação e hábitos de vida saudável. Algumas das recomendações são manter o peso adequado, adotar hábitos alimentares mais saudáveis, não abusar do sal, praticar atividade física regular, abandonar o fumo, diminuir o consumo de álcool, evitar alimentos gordurosos e controlar o diabetes.
A hipertensão arterial é a maior causadora de mortes no Brasil. Na última década, segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 10% na sua incidência. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que um hipertenso, mesmo com discretas elevações da pressão, se não tratado, pode ter a expectativa de vida reduzida em até 16,5 anos.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

UNICEF faz alerta sobre os riscos da falta de iodo para os bebês




O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou, na última sexta-feira, o relatório de uma pesquisa constatando que a falta de iodo na alimentação pode causar danos cerebrais nos bebês. Segundo o relatório, realizado em parceria com a Aliança Global de Melhor Nutrição (GAIN), a falta do elemento químico na gestação e durante à infância causa déficits neurológicos e psicológicos, diminuindo o “QI” de uma criança em 8 a 10 pontos. 
De acordo com o documento, em todo o mundo, cerca de 19 milhões de bebês correm o risco de sofrer reduções da função cognitiva e danos cerebrais, que são permanentes, mas que podem ser evitados. O estudo aponta que 14% de todos os recém-nascidos não possuem as quantidades adequadas da substância na alimentação. 
O relatório “Futuros mais brilhantes: protegendo o desenvolvimento inicial do cérebro através da iodização do sal” também indica que mais 25% das crianças afetadas por esse tipo de deficiência (cerca de 4,3 milhões) vivem no sul da Ásia. No entanto, essa é a segunda região com maior taxa de iodação salina do mundo, 87% da população do sul asiático tem acesso ao sal iodado.
A UNICEF estima ainda que para cada três reais gastos em iodação salina, há um retorno médio de cem reais em ganhos associados ao aumento da capacidade cognitiva. Os primeiros dois anos de vida são determinantes para o desenvolvimento de uma criança.  A alimentação, o aprendizado precoce e o estímulo a atividades como brincadeiras e jogos são decisivos para o desenvolvimento do cérebro para toda a vida.

Brasil usará drones no combate ao Aedes aegypti



O Brasil ganhará um novo aliado na batalha contra o Aedes aegypti. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que drones serão usados em estratégias de controle dos mosquitos. A informação, que foi divulgada na última quinta-feira (19/04), é que os testes realizados com essa nova tecnologia foram concluídos com sucesso.
De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), os veículos aéreos transportam insetos tornados estéreis por meio de radiação e os liberam no meio ambiente para conter sua proliferação. A técnica, conhecida pela sigla SIT, em inglês, desenvolve em cativeiro a criação de machos do Aedes aegypti, que ficam incapacitados de se reproduzir ao serem expostos à radiação gama. Como eles são estéreis, o acasalamento não gerará novos mosquitos, o que reduzirá ao longo do tempo a presença da espécie.
Um dos obstáculos encontrados no uso dessa estratégia era a fragilidade do Aedes aegypti. Quando liberado em altitudes elevadas, o mosquito podia ter suas asas e pernas danificadas, o que inviabilizaria sua difusão. Além disso, os mosquitos também precisavam suportar temperaturas mais frias.
Durante todo o ano de 2017, a agência trabalhou conjuntamente com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e com o grupo suíço-americano WeRobotics para desenvolver um protótipo de aeronave capaz de transportar em segurança os Aedes modificados. 
De acordo com Jeremy Bouyer, entomologista médico da Divisão Conjunta da FAO e da AIEA de Técnicas Nucleares na Alimentação e Agricultura, o mecanismo de liberação dos mosquitos era a grande preocupação na aplicação da SIT. Contudo, o resultado dos testes realizados demonstraram uma mortalidade de menos de 10% dos insetos ao longo de todo o processo de resfriamento, transporte e liberação aérea.
Segundo o especialista, a vantagem do uso da nova técnica é a possibilidade de tratar 20 hectares em apenas cinco minutos. Além disso, essas aeronaves têm capacidade para carregar 50 mil mosquitos estéreis por voo. Com o resultado bem sucedido, o Brasil planeja usar os drones a partir de janeiro do próximo ano, tanto em zonas urbanas quanto rurais, durante o pico do verão e da estação dos mosquitos.
Atualmente, a AIEA está tentando reduzir o peso das aeronaves e aumentar sua capacidade, para transportar até 150 mil mosquitos por voo. O desenvolvimento do veículo aéreo teve o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A SIT é uma tecnologia usada há mais de 50 anos no combate às pestes na produção agrícola, mas só recentemente conseguiu ser adaptada para o controle de mosquitos transmissores de doenças.
Fonte: ONU