sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Dietas da moda não trazem benefícios a longo prazo


Dietas da moda, como a do ovo, da sopa, da proteína ou dos sucos detox vendem propaganda enganosa e podem prejudicar a saúde de quem tem predisposição a alguma doença
A televisão, a internet e as revistas vendem um padrão de peso que não condiz com a realidade. Muitas vezes as pessoas buscam diversos artifícios para emagrecer e alcançar esse status de beleza exigido ou o “corpo fitness”. É aí que entram as chamadas dietas da moda, procedimentos que prometem efeitos fantasiosos, como perder dez quilos em uma semana.
O tema, muito discutido na mídia, alerta para a interferência na saúde dos indivíduos que buscam um milagre, mas podem acabar encontrando um problema. “O que as dietas da moda vendem é uma propaganda enganosa. A pessoa até consegue algum emagrecimento, mas não há benefícios em longo prazo. Elas podem, inclusive, trazer prejuízos à saúde e muitas vezes o peso perdido volta rápido”, aponta Nathalia Pizato, professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília.
Quais os efeitos das dietas da moda na saúde?
As dietas da moda que prometem redução de peso rápida são dissociadas dos diversos determinantes da saúde e da nutrição, e constituem padrões de comportamento alimentar não usuais, adotados entusiasticamente por seus seguidores. Seu sucesso é atribuído especialmente à motivação inicial das pessoas pelo contato com algo novo, além da promessa de resultados rápidos.
Entretanto, a adesão à dieta é temporária, uma vez que as mudanças propostas não condizem com os hábitos e o cotidiano do indivíduo. De forma geral, além de muitas vezes não possuírem embasamento científico, essas dietas criam expectativas irreais relacionadas à velocidade e à quantidade de peso perdida. Podem, ainda, causar deficiências nutricionais e potenciais riscos à saúde, se conduzidas por um longo período.
“Se alguém tenta aquela dieta dos sucos detox, por exemplo, ela emagrece em alguns dias porque ingere um número pequeno de calorias. Mas como ninguém consegue seguir com ela por muito tempo, volta aos velhos hábitos alimentares e, consequentemente, ao peso antigo. Sem falar que algumas dietas restritivas podem complicar a saúde de uma pessoa que tem predisposição a alguma doença. Se ela corta o leite, vai ter deficiência de cálcio. Se não come carne vermelha, fica sem Vitamina B12. A pessoa pode descobrir o problema da pior maneira”, explica Nathalia Pizato.
Procure orientação profissional
Não é recomendada a adoção de qualquer tipo de dieta sem a orientação de um profissional de saúde, especialmente o nutricionista. A perda de peso está diretamente ligada a uma reeducação alimentar e mudanças de hábito em longo prazo.
“Se alguém quer emagrecer, não tem outra fórmula, precisa fazer uma reeducação alimentar e praticar exercícios regularmente”, ensina Pizato. “O primeiro passo é fazer as pazes com seu corpo. Descobrir que o padrão de beleza vendido na mídia não é verdadeiro e não condiz com a realidade. Depois, é preciso montar um cardápio que conte com uma alimentação equilibrada, com frutas, hortaliças e carnes magras. Tudo isso, somado a exercícios regulares, vai conduzi-lo a um resultado mais saudável e duradouro. As dietas da moda vêm e vão. A reeducação alimentar vem e fica."
O Guia Alimentar para a População Brasileira é o documento oficial que aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira. O Guia visa facilitar o acesso das pessoas, famílias e comunidades a conhecimentos sobre características e determinantes de uma alimentação adequada e saudável, possibilitando que ampliem a autonomia para fazer melhores escolhas para sua vida, reflitam sobre as situações cotidianas e busquem mudanças em si próprios e no ambiente onde vivem.   
Confira aqui o Guia Alimentar para a População Brasileira
Fonte: Ministério da Saúde

Recife atinge meta de vacinação contra pólio e sarampo


A cidade foi a primeira capital do Nordeste a passar da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde
A capital recifense vacinou 100% do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite e sarampo. A meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde foi ultrapassada nesta quinta-feira (30/08), atingindo 80 mil crianças imunizadas – a partir de um ano e menores de 5 anos. A campanha termina hoje (31/08), e os 170 postos da Rede Municipal de Saúde estarão vacinando das 8h às 17h, sendo 10 dessas unidades (ver quadro) com terceiro turno, ou seja, horário estendido até 21h. Nesse horário, a média de doses aplicadas por dia - para cada vacina - é de 400. A Secretaria de Saúde do Recife ressalta que as duas vacinas fazem parte do calendário regular de imunização e continuarão sendo aplicadas. Basta levar o cartão de vacinação para que o esquema seja avaliado.
Poliomielite 
Doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989 e desde 1990, não são registrados casos da doença, que é grave e foi responsável por danos irreversíveis para milhares de crianças no mundo.
Sarampo 
Doença infecciosa exantemática (manifestações na pele) aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.  A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após.

LOCAIS DE VACINAÇÃO COM 3º TURNO

LOCAL / UNIDADE DE SAÚDE
ENDEREÇO
Policlínica Waldemar De Oliveira
Rua do Pombal, 115, Santo Amaro
Policlínica Salomão Kelner
Estrada Velha de Água Fria, 1652, Água Fria
Policlínica Albert Sabin
Rua Padre Roma, 191, Tamarineira
Centro Médico Sen. José Ermírio de Moraes
Av. Dezessete de Agosto, 2388, Casa Forte
Policlínica Lessa de Andrade
Estr. dos Remédios, 2416, Madalena
Policlínica Agamenon Magalhães
Rua da Paz, s/n, Afogados
Unidade Básica Tradicional Professor José Carneiro Leão
Rua Nogueira de Souza, 334, Pina
Centro de Saúde Dom Miguel de Lima Valverde
Rua Feliciano José de Farias, 195, Boa Viagem
Policlínica Clementino Fraga
Rua Japaratuba, 260, Vasco da Gama
Centro de Saúde Prof. Sebastião Ivo Rabelo
Av. Campina Grande, 199, Cohab


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Como os horários de refeição influenciam sua qualidade de vida


Se você tenta levar uma vida saudável, provavelmente presta atenção ao tipo de alimento e ao tamanho das porções que consome.
Mas uma nova pesquisa indica que tão importante quanto isso é observar quando você come.
Nutricionistas vão recomendar que você se alimente em intervalos regulares e nunca pule uma refeição.
Os "ratos de academia" aconselham você a comer certos nutrientes antes, durante e depois de praticar exercício; e pesquisas indicam que ingerir a maior parte das calorias no início do dia ajuda a combater a obesidade.
Agora, um estudo que analisa o ritmo circadiano (período de 24 horas em que se baseia o relógio biológico) diz que devemos limitar nossa alimentação às primeiras oito a dez horas em que estamos acordados, para dar ao corpo tempo suficiente para digerir a comida, descansar e se recuperar.
O pesquisador Satchin Panda é professor do Salk Institute, em Dallas, nos EUA, e autor do livro The Circadian Code ("O Código Circadiano", em tradução livre), resultado de 10 anos de pesquisa sobre o assunto.
Ele explica à BBC que o corpo funciona melhor quando nossos hábitos alimentares estão alinhados ao ritmo circadiano.
"Quase todas as células do nosso corpo têm seu próprio relógio circadiano, o nosso relógio de 24 horas. Isso significa que todos os hormônios, todas as substâncias químicas do cérebro, todas as enzimas e até mesmo todos os genes no genoma aumentam e diminuem em determinados momentos do dia", diz Panda.
"Quer dizer que, assim como há um momento ideal para dormir, há um momento ideal para comer, estudar, fazer atividade física. O que estamos descobrindo é que nosso corpo é voltado para digerir alimentos e absorver nutrientes apenas de oito a dez horas por dia - no máximo, 12 horas talvez."
"Fora deste período, o nosso relógio circadiano vira a chave, e o nosso corpo entra num modo diferente para recuperar, restaurar e rejuvenescer", acrescenta.
A importância do intervalo
Em 2012, Panda e seus colegas do Instituto Salk conduziram um estudo com dois grupos idênticos de ratos.
O primeiro grupo recebeu alimentos ricos em gordura e açúcar, e os animais podiam comer sempre que quisessem.
Ao segundo grupo, foi fornecida quantidade equivalente dos mesmos alimentos - mas com um intervalo de oito horas.
Após 18 semanas, os ratos que se alimentaram sem restrição de horário estavam diabéticos e obesos, tinham ainda colesterol alto e problemas intestinais.
Surpreendentemente, aqueles que consumiram a mesma dieta com um espaçamento de oito horas não apresentaram qualquer doença.
Panda explica que quando paramos de comer, as toxinas do ambiente e dos alimentos são eliminadas, os níveis de colesterol são reduzidos, os músculos, a pele, o revestimento do intestino e até mesmo o DNA são reparados.
Continuar comendo após essa janela de oito a dez horas afeta esses processos, pois o corpo passa a focar na digestão e no processamento de nutrientes.
"Fazer esse intervalo oferece os melhores resultados para a saúde. Mas muitas pessoas não gostam da palavra jejum", afirma Panda.
"Nós não sugerimos o que e em que quantidade você deve comer. Mas tenha em mente os horários em que você se alimenta, e reserve de oito a dez horas - 12 horas, no máximo - para isso. Fora desse horário, até comida saudável pode se tornar uma porcaria", esclarece.
Outras pesquisas
Panda diz que suas descobertas são respaldadas por outros estudos.
"Um estudo mostrou que mulheres que jejuavam por mais de 13 horas todas as noites apresentavam um risco significativamente menor de câncer de mama", conta.
Esses trabalhos entram intrinsecamente em conflito com o hábito de algumas pessoas de beliscar até a hora de dormir - e, sem dúvida, daquelas que adotam um estilo de vida mais intenso e movimentado.
Em 2015, Panda realizou uma pesquisa com voluntários, que concordaram em ser monitorados por meio de um aplicativo de smartphone. O resultado mostrou que eles comiam por um período de 15 horas ou mais ao dia.
Mas quando indivíduos com excesso de peso, que comiam ao longo de mais de 14 horas, restringiram a alimentação para um período de 10 a 11 horas, durante 16 semanas - sem mudar a dieta -, eles reduziram o peso corporal, relataram ganho de energia e melhora na qualidade do sono.
Os benefícios persistiram por um ano.
Desafio para quem muda de turno no trabalho
Se manter fiel a essas descobertas pode ser um desafio para quem muda constantemente de turno no trabalho.
Mas Panda acredita que é possível se adaptar.
"Para as pessoas que alternam entre turnos diurnos e noturnos, é importante prestar atenção em quando comer. Depois de acordar, espere uma hora até ingerir sua primeira caloria. Depois, reserve oito a dez horas por dia para comer. E quando você voltar para um horário sociável, reserve oito a dez horas para se alimentar", diz ele.
"E é importante evitar o consumo de álcool, porque quem trabalha em turnos é muito mais sensível ao álcool, que pode danificar o revestimento intestinal e causar doenças."
Assaltar a geladeira no meio da noite, devorar alimentos salgados e gordurosos após uma noite de bebedeira e até mudar o horário das refeições nos fins de semana são hábitos incompatíveis com uma alimentação saudável.
Panda compara essas variações a um "jet lag metabólico", que desorganiza o sistema digestivo e agrava o desalinhamento entre os hábitos alimentares e os ciclos circadianos.
"(Eles) são análogos a uma pessoa viajando por fusos horários diferentes todo fim de semana", explica.
Fonte: BBC Brasil

Ministério da Saúde procura projetos voltados às pessoas idosas


Inscrições estão abertas até o dia 4 de setembro. O objetivo é identificar e revelar as boas práticas, além de incentivar os gestores a potencializar ações voltadas à pessoa idosa no SUS
Conhecer e dar visibilidade às boas práticas de municípios, estados e do Distrito Federal voltadas à saúde da pessoa idosa. Esses são os principais objetivos da 6ª Edição do Mapeamento de Experiências Exitosas sobre Envelhecimento, que está com as inscrições abertas até o dia 4 de setembro. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz).
A ação visa divulgar e compartilhar experiências com gestores, profissionais de saúde, interessados em geral, além de incentivar estratégias e ações que contribuam para qualificar o cuidado à pessoa idosa no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A inscrições podem ser feitas pelo link: http://saudedapessoaidosa.fiocruz.br.
A coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann, explica que “mapeamento vai permitir identificar as diferentes respostas que os gestores municipais e estaduais têm dado aos desafios que o processo de envelhecimento da população brasileira pode contribuir para o aprimoramento do SUS”.
Cristina Hoffmann ressalta que a partir das respostas será possível conhecer quais as ofertas de ações que poderão ser replicadas para pessoas no âmbito da saúde pública. “Os gestores irão trocar experiências. Um gestor da Região Norte pode conhecer as ações de um gestor da Região Sul. Com isso, teremos acesso a fórmulas e experiências que vão desde mobilização da comunidade no enfretamento da violência contra a pessoa idosa até a organização da rede de atenção à saúde”, explica Hoffmann. Ainda segundo a coordenadora, o mapeamento vai possibilitar qualificar e identificar a diversidade de respostas que os munícipios e estados têm dado e, com isso, poderemos divulgar a diversidade cultural existente.
As experiências mapeadas podem estar relacionadas aos diferentes níveis de cuidados, da Atenção Básica à Especializada, desenvolvidas, por exemplo, junto à Estratégia de Saúde da Família (ESF), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Atenção Domiciliar, Atenção Hospitalar, entre outras, assim como experiências ligadas aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS).

SERVIÇO

6ª Edição do Mapeamento de Experiências Exitosas sobre Envelhecimento
Inscrição
Até 04/09
Avaliação das experiências inscritas
10 a 28/09/2018
Divulgação dos resultados*
10/10/2018
Apresentação das 14 experiências selecionadas
28 a 30/11/2018
Edital

O resultado será enviado por e-mail para todos os participantes inscritos

Fonte: Ministério da Saúde

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

7 motivos para você parar com o cigarro agora




1. Da cárie ao câncer 
O tabagismo provoca vários estragos na região da boca. Além de modificar o hálito, a fumaça irrita a gengiva e pode facilitar o surgimento de cáries. Há também uma alteração nas papilas gustativas, o que afeta o paladar do fumante. O cigarro ainda aumenta os riscos de câncer de boca. 
2. Chapa preta 
Várias substâncias tóxicas presentes na fumaça fazem os tecidos dos pulmões perderem elasticidade, o que acarreta uma destruição parcial da estrutura desses órgãos. É isso que as chapas de pulmão dos fumantes – bastante escuras – mostram. Das mortes provocadas por bronquite ou enfisema, 85% estão associadas ao cigarro. O câncer de pulmão é ainda a principal causa de morte por câncer entre fumantes. 
3. Trabalho com a nicotina 
A nicotina aspirada pelo fumante segue para o fígado, onde é metabolizada. Por isso, esse órgão também está sujeito a desenvolver câncer. 
4. Estômago embrulhado 
Já foram encontrados resíduos de um agrotóxico chamado DDT em amostras do alcatrão que compõe o cigarro. O DDT irrita as paredes do estômago e pode levar o fumante a sentir náuseas. Além disso, uma parte das substâncias tóxicas do cigarro é metabolizada no estômago, o que pode gerar gastrite, úlcera e até mesmo câncer. 
5. Risco de derrame
O cérebro também pode ser afetado pelas dificuldades de circulação causadas pelo cigarro. Os vasos comprimidos, a qualidade de sangue prejudicada e o aumento da pressão arterial podem resultar em derrame cerebral. 
6. Circulação comprometida 
A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas – dilatação de vasos sanguíneos que favorece os derrames – tromboses – entupimento de vasos – varizes e até uma doença chamada tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros. 
7. Infarto à vista 
Um dos órgãos mais afetados é o coração. A ação da nicotina faz com que o corpo absorva mais colesterol. O cigarro também eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca, que sobe até 30% durante as tragadas. Tudo isso é fator de risco para problemas no coração, tornando o fumante mais propenso a ter infartos. 
Fonte: Superinteressante

Dia Nacional de Combate ao Fumo: grupo em Tuparetama ajuda dependentes a deixarem o vício



Por Rebeka Gonçalves
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, foi criado em 1986. O objetivo é dar visibilidade à prevenção e ao controle do tabagismo. Além da formação de profissionais para a sensibilização e oferta de tratamento para fumantes no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Criado pela Lei Federal nº 7.488, a data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o fumo uma epidemia global, responsável por cerca de 6 milhões de mortes anuais, das quais mais de 600 mil por exposição involuntária à fumaça do tabaco, denominada tabagismo passivo. O órgão argumenta ainda que mais de 80% dessas mortes poderiam ser evitadas. 
Há uma tendência histórica de queda na taxa de prevalência de fumantes no mundo todo. No Brasil, esse dado é comprovado pelo Ministério da Saúde. Em 1989, cerca de 32% da população fumava. A pneumologista do Hospital das Clínicas de Pernambuco, Kamila Dias, explica que um bom acompanhamento profissional é fundamental para quem quer parar de fumar, além de muita força de vontade. “Pouquíssimos pacientes conseguem parar de fumar somente com medicação, por isso recomendo a ida aos Centros de Atenção Psicossocial, pois encontrará suporte psicólogo e psiquiátrico, mas essa decisão tem que partir do doente”, recomenda. 
Viver bem sem tabagismo
A prefeitura de Tuparetama, município localizado no sertão de Pernambuco, em parceria com o governo do Estado, criou o grupo Viver Bem sem Tabagismo. O primeiro grupo reuniu 15 participantes, entre mulheres e homens, no qual uma equipe com profissionais de saúde de diversas especialidades, a partir de uma entrevista e depois utilizando o teste de fagerstrom, que servia para medir o limiar da dependência, encaminhavam o paciente para o tratamento, nem sempre medicamentoso. 
Clarissa Siqueira, farmacêutica e organizadora do projeto, explica como se deu esse processo: “Todos os participantes do grupo tinham a vontade de parar de fumar. Então, avaliávamos individualmente cada paciente para ver a necessidade ou não do medicamento pelo teste e fizemos o acompanhamento deles. Foram três meses de acompanhamento, o primeiro mês, mensal, segundo mês quinzenal e o terceiro mês um encontro só no mês. Mas os participantes preferiram que os encontros ficassem sendo semanais, pois segundo relatos daria mais segurança. Então, fomos fazendo o acompanhamento odontológico, psicológico, de fisioterapia, era uma equipe multidisciplinar. E cada semana um profissional diferente participava das reuniões, ou ensinando técnicas de relaxamento, ou uma atividade física, ou uma alimentação diferente, que ajudava a combater a fissura pela vontade de fumar”, relata. 
O grupo teve um resultado muito positivo e ajudou diversas pessoas, como relata a dona de casa, Severina Maria: “Quando surgiu esse tratamento, eu me inscrevi logo. A primeira semana ainda fumei muito, mesmo tomando remédio. Um dia falei chega e hoje vai ser o último dia que eu vou fumar e consegui graças à Deus. Não é só o remédio que faz com que paramos de fumar, nós precisamos também ter força de vontade, porque senão não tem jeito. Parei de fumar dia 1º de abril e até hoje não fumei mais. Estou me sentindo muito melhor graças à Deus, por dois motivos, o primeiro pela minha saúde e o segundo pelo bolso, que só de cigarro eram quase 400 reais por mês. As meninas que sempre estavam na reunião conosco, dando palestra são ótimas, muito bem capacitadas, e souberam nos levar com toda paciência, dando-nos total apoio”, lembra.  
Segundo a organizadora do projeto, 12 participantes abandonaram o tabaco 100% e outros três diminuíram cerca de 80% da quantidade que faziam uso. “Então, foi um grupo que teve um resultado muito bom e a procura hoje no município é muito grande para a formação desses grupos pelo resultado desse primeiro”, conclui Clarissa Siqueira. 
CAPS
Segundo o Ministério da Saúde, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído por equipe multiprofissional e que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar. Caso o seu município não tenho o CAPS, deve procurar a Rede de Atenção à Saúde. 
Acesse aqui para mais informações sobre o CAPS

Candidíase atinge 75% das mulheres, segundo especialista



Por Rebeka Gonçalves
Coceira interminável, inchaço, corrimento e até fissuras na parede vaginal. Esses são alguns dos sintomas da candidíase vulvovaginal, doença que afeta 75% das mulheres, segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). E para esclarecer todas as dúvidas sobre a enfermidade, o Blog Saúde e Bem Estar conversou com a ginecologista, Marta Laranjeiras. 
SBE: O que é a candidíase? 
Marta Laranjeiras: A candidíase é uma infecção causada por qualquer tipo de fungo do gênero Candida. Existem mais de 20 espécies desse gênero, sendo que a mais comum a afetar os seres humanos é a Candida albicans.
SBE: Quais são os sintomas? 
Marta Laranjeiras: Quando afeta as partes íntimas, seus sintomas incluem coceira, vermelhidão e inchaço. Quando afeta a boca, manchas brancas aparecem. Na pele, causa irritação. E, quando é sistêmica, pode trazer sérias complicações, como problemas no sistema imunológico. 
SBE: Como é o tratamento? 
Marta Laranjeiras: Vale ressaltar que por a candidíase afetar a região genital, ela não é uma doença sexualmente transmissível (DST). O tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais para combater a infecção. 
SBE: O que as pessoas devem fazer para se prevenir da candidíase? 
Marta Laranjeiras: Para prevenir seu aparecimento e reaparecimento, é necessário ter cuidados com a higiene pessoal. Existem algumas atitudes que você pode tomar no seu dia a dia para evitar que a candidíase ocorra, como:
Lavar e secar bem a região íntima antes de dormir;
Utilizar roupas pouco apertadas e de algodão;
Dar preferência para ingestão de alimentos com probióticos e lactobacilos, como iogurte;
Dormir sem calcinha;
Fazer a higiene íntima com gel vaginal com pH entre 3,8 e 4,5, evitando todos os produtos e sabonetes com químicos.
Evitar a ingestão de alimentos ricos em carboidratos, gorduras e açúcar, já que eles são a principal fonte de alimento do fungo causador da candidíase vaginal.
SBE: Como o diagnóstico é feito? 
Marta Laranjeiras: O diagnóstico da candidíase vai depender dos sintomas e para cada maneira como a doença se manifesta vai ter um tipo de diagnóstico próprio. A oral é mais fácil de ser diagnosticada, a do esôfago o diagnóstico deve ser feito o quanto antes e a vaginal é feito através do exame ginecológico, da coleta das secreções vaginais e da identificação do fungo Candida
SBE: Quais os fatores de risco? 
Marta Laranjeiras: A candidíase é muito mais comum em mulheres do que em homens. Estudos indicam que 3 em cada 4 mulheres sofrem ou vão sofrer de candidíase em algum momento da vida, enquanto nos homens, a proporção é de 2 a cada 10. Os períodos que as mulheres estão mais propensas a contrair a doença são: 
Quando se está fazendo uso de antibióticos; 
Quando se é portador de diabetes; 
Durante a menstruação; 
Durante o uso de anticoncepcionais; 
Quando se faz uso frequente de roupas apertadas ou molhadas; 
Quando se anda com os pés descalços ou ao partilhar luvas; 
Ao fazer higiene íntima mais de 2 vezes por dia e usar absorvente por mais de 3 horas seguidas; 
Durante a relação sexual com o parceiro contaminado; 
Caso se tenha HIV ou qualquer doença que deixe o sistema imunológico debilitado; 
Durante a gravidez. 
SBE: A candidíase tem cura
Marta Laranjeiras: Sim! A maioria das infecções por candidíase pode ser tratada com medicamentos com ou sem receita médica. O tratamento dura cerca de uma semana, mas, se a doença surgiu por causa de algum problema no sistema imunológico, deve-se consultar um médico.

Atendimento gratuito de ginecologia em PE:
Hospital da Mulher do Recife
Endereço: Br-101, S/N, Curado, Recife/PE. (Em frente à Ceasa).
Tel: (81) 2011.0100
Horário de funcionamento: 24 horas. 

Policlínica da Mulher
Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1059, Bairro Novo – Olinda/PE
Horário de atendimento: Segunda a sexta, das 7h às 17h 

Confira aqui os hospitais em PE que tem atendimento ginecológico

Pernambuco registra menor índice de mortalidade infantil da história



Pernambuco registra, atualmente, o menor índice de mortalidade infantil da história da saúde pública do Estado. O índice de 2017 (dados mais recentes) é de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos. Nos últimos dez anos, a taxa de mortalidade infantil teve uma queda acumulada de 35,1%, passando de 20,1 em 2007 para o patamar atual de 13,7.
Em números absolutos, em 2007 foram registrados 3.229 óbitos infantis em um total de 145.130 bebês nascidos vivos em Pernambuco. Já em 2017, foram 1.970 mortes dos 143.919 nascidos vivos.
“Os dados mais recentes da taxa de mortalidade infantil apontam que as políticas públicas implantadas em Pernambuco com o objetivo da melhoria da qualidade da assistência à saúde para a prevenção e redução da mortalidade infantil já mostram resultado. No ano passado, atingimos a marca de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos – a menor da nossa história”, comemora Iran Costa, secretário estadual de Saúde.
Entre as ações do Governo de Pernambuco que foram fundamentais para esta expressiva redução, está o Programa Mãe Coruja, presente em 105 municípios pernambucanos. Destaca-se também a qualificação da rede materno-infantil, com o estímulo ao parto normal, a ampliação de acesso aos métodos contraceptivos e a formação contínua dos profissionais da rede. Além da implantação do pré-natal de alto risco na rede própria, principalmente no Interior, nos hospitais regionais e nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs).

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Mais de 100 mil crianças ainda precisam se vacinar contra pólio e sarampo em PE




A campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo termina na próxima sexta-feira (31/08). Em Pernambuco, a expectativa é vacinar, no mínimo, 95% dos 544.178 meninos e meninas de 1 ano a menores de 5 (4 anos, 11 meses e 29 dias). Até o momento, 418.155 (76,84%) foram imunizados contra a poliomielite e 416.607 (76,56%) contra o sarampo. 
Ao todo, 19 municípios já atingiram a meta mínima de 95% para poliomielite e 18 cidades para sarampo. Quatro municípios ainda estão com cobertura abaixo dos 50% para ambas as vacinas, de acordo com as informações obtidas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), que é alimentado pelos gestores municipais. 
Em Pernambuco foram notificados 132 casos suspeitos de sarampo. Desses 73 já foram descartados e 2 confirmados. Os demais estão em investigação. Antes de 2018, foram confirmados 199 casos de sarampo em 2013 e 27 em 2014, além de 1 caso importado em 2012. Em relação à poliomielite, os últimos registros no Estado foram em 1988. 

CAMPANHA DE VACINAÇÃO
POLIOMIELITE
Público total: 544.178
Público vacinado: 418.155 / 76,84% (faltam 126.023)
Municípios que atingiram a meta mínima de 95%: Cedro, Petrolândia, Bonito, Itapissuma, Abreu e Lima, Verdejante, Jatobá, Canhotinho, Sirinhaém, Araçoiaba, São Jose da Coroa Grande, Lagoa do Ouro, Frei Miguelinho, Chã de Alegria, Santa Maria do Cambuca, Terezinha, Primavera, Brejão, Jupi
Municípios com cobertura abaixo de 50%: Machados, Granito, Santa Filomena, Taquaritinga do Norte
SARAMPO
Público total: 544.178
Público vacinado: 416.607 / 76,56% (faltam 127.571)
Municípios que atingiram a meta mínima de 95%: Cedro, Petrolândia, Bonito, Itapissuma, Abreu e Lima, Verdejante, Jatobá, Canhotinho, Sirinhaém, Terezinha, Chã de Alegria, São José da Coroa Grande, Lagoa do Ouro, Frei Miguelinho, Brejão, Santa Maria do Cambuca, Primavera, Jupi
Municípios com cobertura abaixo de 50%: Machados, Granito, Santa Filomena, Taquaritinga do Norte

Você já comeu algo e se sentiu mal? Você pode ser alérgico a algum alimento



Coceira, vermelhidão, tosse, falta de ar, são alguns dos sintomas que aparecem quando a pessoa ingere algum alimento que tem alergia. 
Por Rebeka Gonçalves

O Ministério da Saúde estima que cerca de 6% das crianças até 3 anos de idade e 3,5% dos adultos sejam alérgicos a algum alimento. Os dados sobre prevalência das alergias alimentares são variáveis pelo mundo, pois depende da idade, hábitos alimentares e culturais da população.
A alergia alimentar é uma reação adversa, uma resposta exagerada do organismo a determinado alimento e/ou seus componentes, através de um mecanismo imunológico. Os sintomas são variados, desde reações leves até mais graves que podem comprometer a vida. 
“Os sinais e sintomas surgem mais comumente na pele, na parte respiratória e gastrointestinal. As reações na pele podem ocorrer coceira, vermelhidão e inchaço, já na parte respiratória, aparece tosse, rouquidão, falta de ar e chiado no peito. Os sintomas gastrointestinais têm enjoos, vômitos, diarreia e dores na barriga”, explica Luiz Alexandre da Rocha, alergologista do Hospital das Clínicas de Pernambuco. 
O diagnóstico é clínico, através de dados e informações relatadas pelo paciente, além do exame físico. Os testes alérgicos são complementares e, normalmente, são realizados na pele do paciente ou a partir de exames de sangue. O tratamento consiste em evitar o alimento alergênico e seus derivados até que o problema seja superado. 
“Em determinados casos, o tratamento com dessensibilização pode ser uma alternativa, e consiste em expor o paciente gradativamente ao alimento que causa alergia. Mas essa modalidade não é feita de rotina, tem indicações precisas e só é realizada em centros médicos de referência e por alergologistas capacitados”, acrescenta o especialista.   
O design gráfico Pedro Queiroz relata como descobriu que era alérgico. “Descobri há 10 anos, quando estava no restaurante e pedir um chop suey (comida chinesa). Minha garganta fechou e fiquei cheio de manchas e caroços no corpo. Fui ao hospital e descobri que era alérgico a camarão. Fiquei com um certo receio e, por isso, perdi o gosto por ele, hoje nem gosto de camarão”, relembra. 
“De modo geral, fatores como herança genética, privação de aleitamento materno, alteração nociva da flora intestinal e tratamento ruim de outras doenças alérgicas podem contribuir para o desenvolvimento das alergias alimentares”, ressalta Luiz Alexandre. O especialista explica ainda que a prevenção deve ser feita através da adoção de hábitos saudáveis, do estímulo à amamentação, evitar exposição ao tabaco, além do tratamento de doenças alérgicas, como asma e doenças de pele.  

Confira os 5 alimentos que mais causam alergia:
1. Leite
A alergia à caseína, proteína do leite, é mais comum em crianças e, nestes casos, tende a desaparecer com o passar dos anos. Quem tem alergia ao leite de vaca também terá reação a seus derivados, como iogurte, queijo ou a qualquer produto que contenha este item em sua composição, como o chocolate. 
2. Ovo
A alergia ao ovo é o segundo tipo mais comum. O problema deste alimento são duas proteínas: a ovalbumina e a ovomucoide, presentes na clara. O alérgico não pode ingerir nenhuma parte do ovo, já que no alimento há um contato direto entre a gema e clara. 
Também é importante estar atento ao rótulo e à composição dos alimentos, pois a albumina é frequentemente usada isoladamente em marshmallows, comidas congeladas e outras misturas para alimentos. 
3. Frutos do mar, crustáceos e moluscos
Estes alimentos são a principal causa de alergia alimentar em adultos. Isso acontece porque estes alimentos contêm muitas proteínas diferentes que podem desencadear as reações do organismo. No entanto, acredita-se que a principal responsável pelas reações alérgicas a crustáceos e frutos do mar é a tropomiosina. 
No Brasil, esse tipo de alergia é comum em regiões litorâneas, pois são itens da dieta de quem mora nesses lugares. O camarão é a principal causa de reação alérgica grave (anafilática). A pessoa que tem alergia a algum destes alimentos precisa tomar cuidado ao ingerir outros crustáceos (caranguejo, lagosta) e moluscos (ostra, polvo, mexilhão), pois há uma grande probabilidade de ser alérgica também a eles, devido à presença da mesma proteína em todos esses animais. 
4. Amendoim
Estudos apontam que a cupina e a conglutinina (proteínas do amendoim) são as principais responsáveis pelas reações alérgicas, pois esse é um alimento rico em proteína, a cada 100 gramas de amendoim, 27 são de proteína. 
Um estudo divulgado no jornal New England Journal of Medicine afirma que, ao contrário do que se acredita, se você quer que seu filho não desenvolva alergia a amendoim, é preciso começar a dar o alimento a ele a partir dos onze meses de idade. Crianças que comem amendoim com frequência são as que menos desenvolvem alergia. 
Ser alérgico ao amendoim não significa ser alérgico a outras oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas. Entretanto, por também possuírem altas quantidades de proteínas, estes frutos precisam ser consumidos com atenção, principalmente por quem tem predisposição a ter reações alérgicas. 
5. Trigo 
A alergia ao trigo não está relacionada ao glúten. O sistema imunológico dos alérgicos ao trigo identifica a proteína gliadina como um componente que poderia prejudicá-lo e passa a enviar anticorpos para combatê-la. Por isso, é preciso estar atento ao rótulo e aos ingredientes dos alimentos, pois muitos alimentos contém o grão como pães, bolos, cereais, macarrão, farinha, entre outros. 
Quem é alérgico ao trigo não apresentará, necessariamente, reação à cevada, à aveia ou ao centeio. São os celíacos, que apresentam intolerância ao glúten, uma proteína de difícil digestão presente nesses alimentos, que não podem ingeri-los.