quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Candidíase atinge 75% das mulheres, segundo especialista



Por Rebeka Gonçalves
Coceira interminável, inchaço, corrimento e até fissuras na parede vaginal. Esses são alguns dos sintomas da candidíase vulvovaginal, doença que afeta 75% das mulheres, segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). E para esclarecer todas as dúvidas sobre a enfermidade, o Blog Saúde e Bem Estar conversou com a ginecologista, Marta Laranjeiras. 
SBE: O que é a candidíase? 
Marta Laranjeiras: A candidíase é uma infecção causada por qualquer tipo de fungo do gênero Candida. Existem mais de 20 espécies desse gênero, sendo que a mais comum a afetar os seres humanos é a Candida albicans.
SBE: Quais são os sintomas? 
Marta Laranjeiras: Quando afeta as partes íntimas, seus sintomas incluem coceira, vermelhidão e inchaço. Quando afeta a boca, manchas brancas aparecem. Na pele, causa irritação. E, quando é sistêmica, pode trazer sérias complicações, como problemas no sistema imunológico. 
SBE: Como é o tratamento? 
Marta Laranjeiras: Vale ressaltar que por a candidíase afetar a região genital, ela não é uma doença sexualmente transmissível (DST). O tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais para combater a infecção. 
SBE: O que as pessoas devem fazer para se prevenir da candidíase? 
Marta Laranjeiras: Para prevenir seu aparecimento e reaparecimento, é necessário ter cuidados com a higiene pessoal. Existem algumas atitudes que você pode tomar no seu dia a dia para evitar que a candidíase ocorra, como:
Lavar e secar bem a região íntima antes de dormir;
Utilizar roupas pouco apertadas e de algodão;
Dar preferência para ingestão de alimentos com probióticos e lactobacilos, como iogurte;
Dormir sem calcinha;
Fazer a higiene íntima com gel vaginal com pH entre 3,8 e 4,5, evitando todos os produtos e sabonetes com químicos.
Evitar a ingestão de alimentos ricos em carboidratos, gorduras e açúcar, já que eles são a principal fonte de alimento do fungo causador da candidíase vaginal.
SBE: Como o diagnóstico é feito? 
Marta Laranjeiras: O diagnóstico da candidíase vai depender dos sintomas e para cada maneira como a doença se manifesta vai ter um tipo de diagnóstico próprio. A oral é mais fácil de ser diagnosticada, a do esôfago o diagnóstico deve ser feito o quanto antes e a vaginal é feito através do exame ginecológico, da coleta das secreções vaginais e da identificação do fungo Candida
SBE: Quais os fatores de risco? 
Marta Laranjeiras: A candidíase é muito mais comum em mulheres do que em homens. Estudos indicam que 3 em cada 4 mulheres sofrem ou vão sofrer de candidíase em algum momento da vida, enquanto nos homens, a proporção é de 2 a cada 10. Os períodos que as mulheres estão mais propensas a contrair a doença são: 
Quando se está fazendo uso de antibióticos; 
Quando se é portador de diabetes; 
Durante a menstruação; 
Durante o uso de anticoncepcionais; 
Quando se faz uso frequente de roupas apertadas ou molhadas; 
Quando se anda com os pés descalços ou ao partilhar luvas; 
Ao fazer higiene íntima mais de 2 vezes por dia e usar absorvente por mais de 3 horas seguidas; 
Durante a relação sexual com o parceiro contaminado; 
Caso se tenha HIV ou qualquer doença que deixe o sistema imunológico debilitado; 
Durante a gravidez. 
SBE: A candidíase tem cura
Marta Laranjeiras: Sim! A maioria das infecções por candidíase pode ser tratada com medicamentos com ou sem receita médica. O tratamento dura cerca de uma semana, mas, se a doença surgiu por causa de algum problema no sistema imunológico, deve-se consultar um médico.

Atendimento gratuito de ginecologia em PE:
Hospital da Mulher do Recife
Endereço: Br-101, S/N, Curado, Recife/PE. (Em frente à Ceasa).
Tel: (81) 2011.0100
Horário de funcionamento: 24 horas. 

Policlínica da Mulher
Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1059, Bairro Novo – Olinda/PE
Horário de atendimento: Segunda a sexta, das 7h às 17h 

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