Por
Rebeka Gonçalves
Coceira interminável,
inchaço, corrimento e até fissuras na parede vaginal. Esses são alguns dos
sintomas da candidíase vulvovaginal, doença que afeta 75% das mulheres, segundo
a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). E para
esclarecer todas as dúvidas sobre a enfermidade, o Blog Saúde e Bem Estar
conversou com a ginecologista, Marta Laranjeiras.
SBE:
O que é a candidíase?
Marta
Laranjeiras: A candidíase é uma infecção causada por
qualquer tipo de fungo do gênero Candida.
Existem mais de 20 espécies desse gênero, sendo que a mais comum a afetar os
seres humanos é a Candida albicans.
SBE:
Quais são os sintomas?
Marta
Laranjeiras: Quando afeta as partes íntimas, seus
sintomas incluem coceira, vermelhidão e inchaço. Quando afeta a boca, manchas
brancas aparecem. Na pele, causa irritação. E, quando é sistêmica, pode trazer
sérias complicações, como problemas no sistema imunológico.
SBE:
Como é o tratamento?
Marta
Laranjeiras: Vale ressaltar que por a candidíase afetar
a região genital, ela não é uma doença sexualmente transmissível (DST). O
tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais para combater a
infecção.
SBE:
O que as pessoas devem fazer para se prevenir da candidíase?
Marta
Laranjeiras: Para prevenir seu aparecimento e
reaparecimento, é necessário ter cuidados com a higiene pessoal. Existem
algumas atitudes que você pode tomar no seu dia a dia para evitar que a candidíase
ocorra, como:
Lavar e secar bem a região íntima
antes de dormir;
Utilizar roupas pouco apertadas e
de algodão;
Dar preferência para ingestão de
alimentos com probióticos e lactobacilos, como iogurte;
Dormir sem calcinha;
Fazer a higiene íntima com gel
vaginal com pH entre 3,8 e 4,5, evitando todos os produtos e sabonetes com
químicos.
Evitar a ingestão de alimentos
ricos em carboidratos, gorduras e açúcar, já que eles são a principal fonte de
alimento do fungo causador da candidíase vaginal.
SBE:
Como o diagnóstico é feito?
Marta
Laranjeiras: O diagnóstico da candidíase vai depender
dos sintomas e para cada maneira como a doença se manifesta vai ter um tipo de
diagnóstico próprio. A oral é mais fácil de ser diagnosticada, a do esôfago o
diagnóstico deve ser feito o quanto antes e a vaginal é feito através do exame
ginecológico, da coleta das secreções vaginais e da identificação do fungo Candida.
SBE:
Quais os fatores de risco?
Marta
Laranjeiras: A candidíase é muito mais comum em
mulheres do que em homens. Estudos indicam que 3 em cada 4 mulheres sofrem ou
vão sofrer de candidíase em algum momento da vida, enquanto nos homens, a
proporção é de 2 a cada 10. Os períodos que as mulheres estão mais propensas a
contrair a doença são:
Quando se está fazendo
uso de antibióticos;
Quando se é portador de
diabetes;
Durante a menstruação;
Durante o uso de
anticoncepcionais;
Quando se faz uso
frequente de roupas apertadas ou molhadas;
Quando se anda com os pés
descalços ou ao partilhar luvas;
Ao fazer higiene íntima
mais de 2 vezes por dia e usar absorvente por mais de 3 horas seguidas;
Durante a relação sexual
com o parceiro contaminado;
Caso se tenha HIV ou
qualquer doença que deixe o sistema imunológico debilitado;
Durante a gravidez.
SBE:
A candidíase tem cura?
Marta
Laranjeiras: Sim! A maioria das infecções por
candidíase pode ser tratada com medicamentos com ou sem receita médica. O
tratamento dura cerca de uma semana, mas, se a doença surgiu por causa de algum
problema no sistema imunológico, deve-se consultar um médico.
Atendimento gratuito de ginecologia
em PE:
Hospital da Mulher do
RecifeEndereço: Br-101, S/N, Curado, Recife/PE. (Em frente à Ceasa).
Tel: (81) 2011.0100
Horário de funcionamento: 24 horas.
Policlínica da Mulher
Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1059, Bairro Novo – Olinda/PE
Horário de atendimento: Segunda a sexta, das 7h às 17h
Confira
aqui os hospitais em PE que tem atendimento ginecológico
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário