quinta-feira, 31 de maio de 2018

Saiba onde buscar ajuda para deixar de fumar



O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para os fumantes através dos postos de saúde, para informações sobre locais e horários de tratamento, o usuário pode procurar as Secretarias Municipais de Saúde. O fumante também pode consultar a Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou entrar em contato com o Disque Saúde 136. São ofertados gratuitamente medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas, quilombolas), assim como contribuiu para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool. Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco.
Fonte: INCA / Ministério da Saúde

Gripe: 30% do público-alvo ainda não se vacinaram em Pernambuco




A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até o próximo dia 15 de junho. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), mais de 710 mil pessoas ainda precisam ser vacinadas, o número representa que cerca de 30% do público alvo da campanha. 
A SES/PE reforça que a meta é imunizar, no mínimo, 90% do grupo prioritário da campanha. Até o momento, apenas os grupos formados pelas puérperas (mulheres que tiveram filho até 45 dias) e da população indígena atingiram a meta, com 93,7% e 90%, respectivamente. 
O órgão enfatiza ainda a  importância dos pais ou responsáveis levarem as crianças de 6 meses a menores de 5 anos para serem vacinadas. Segundo a Secretaria, esse é o grupo prioritário com a menor cobertura com apenas 58%.
Por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), serão vacinadas as pessoas que integram os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A indicação é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe.
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. 
CASOS REGISTRADOS
A SES informou ainda que, até o dia 19 de maio, Pernambuco registrou 783 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), quadro que pode ser provocado por diversos agentes (vírus, bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado ao desconforto respiratório. Do total de casos, 26 tiveram resultado laboratorial confirmado para gripe A(H1N1), 13 para o vírus A(H3N2) e 1 para vírus sincicial respiratório (VSR). No mesmo período de 2017, foram 885 casos de SRAG, com 64 confirmações para gripe A(H3N2), 20 do vírus B, 3 VSR e 1 para influenza1. Em 2018, também foram registrados 6 óbitos de SRAG com resultados laboratoriais confirmados, 5 de influenza A(H1N1) e 1 de influenza A(H3N2).

Campanha alerta para a relação entre fumo e doenças cardíacas




Com o tema Tabaco e Doença Cardíaca, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lança campanha para marcar o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, e o Dia Nacional de Combate ao Fumo celebrado em 29 de agosto. O tema deste ano tem o intuito de alertar para a ligação entre tabaco e doenças cardiovasculares (DCV), incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVC) que são as principais causas de morte do mundo, acometendo 17,7 milhões de pessoas por ano. 
O slogan da campanha desse ano “Com o coração não se brinca. Faça a melhor escolha para a sua vida: não fume!” pretende divulgar a relação direta que existe entre o fumo e as doenças cardíacas, uma vez que o tabagismo é uma das principais causas de infarto, angina e acidente vascular cerebral. 
De acordo com a OMS, 7 milhões de pessoas morrem anualmente pelo tabaco, destas 900 mil são vítimas de fumo passivo. A pessoa que apenas inala a fumaça do tabaco tem o risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas em 25 a 30%.
Existe uma relação direta entre o tabagismo e as doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, doença vascular periférica, doenças da aorta, aneurisma da aorta e acidente vascular cerebral. Além disso, o fumo pode causar dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas.
A DCV é causada por um bloqueio que impede o sangue de seguir para o coração ou para o cérebro. O tabagismo é um fator de risco para a ocorrência dessas doenças porque forma placas de gordura nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca. Além disso, ele induz a resistência à insulina e produz inflamação e trombose. 
Segundo a OMS, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo, levando 17,7 milhões de pessoas a óbito todos os anos. No Brasil, o índice representa quase 30% dos óbitos registrados, sendo mais frequentes em pessoas com idade entre 35 e 64 anos.
João Cavalcanti Wanderley, cardiologista do Instituto do Coração (Incor), ressalta que parar de fumar implica numa redução significativa do risco de ter uma complicação cardíaca. “Já se sabe que a suspensão do uso do fumo reduz consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, por exemplo, reduziria em cerca de 50% o risco de infarto do miocárdio”, enfatizou. O especialista destacou ainda que é fundamental tratar as outras comorbidades (associação de duas ou mais doenças no mesmo paciente) que aumentam o risco de DCV, como controlar o peso, a diabetes e a pressão arterial.
“Outra doença que se relaciona com a parte vascular é a impotência sexual, porque depende muito da irrigação da região do pênis, e quando você tem ateroesclerose, você pode ter impotência sexual que está diretamente ligada ao problema vascular e ao cigarro”, afirmou o cardiologista. 
O Ministério da Saúde divulgou o resultado de uma pesquisa que aponta que a frequência do consumo do tabaco entre os fumantes nas capitais brasileiras reduziu em 36%, no período de 2006 a 2017. Os dados indicam que o número de fumantes diminuiu de 15,7% para 10,1% nesse período. 
A pesquisa registrou ainda que, em 2017, a frequência de fumantes é maior no sexo masculino (13,2%) do que no feminino (7,5%). Se analisado por faixa etária, a frequência de fumantes é menor entre os adultos com 65 anos e mais (7,3%). Já as faixas etárias de 18 a 24 anos (8,5%) e 35 a 44 anos (11,7%) apresentaram um pequeno aumento em relação ao ano anterior, quando foram registrados 7,4% e 10%, respectivamente.
“As campanhas existem, mas precisam ser muito mais enfatizadas e chamar a atenção do público. O cigarro traz um maléficio enorme e um risco muito aumentado de se ter doenças cardiovasculares, sobretudo infarto do miocário, AVC e doença vascular periferica, que muita gente não dá importância, mas que pode levar a amputação de um membro e outras coisas mais”, concluiu João Cavalcanti.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Conheça as ações do MS para a redução da mortalidade materna



O Ministério da Saúde instituiu esse ano a Semana Nacional de Mobilização pela Saúde das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de abril. A semana marca o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna celebrado no dia 28 de maio. 
O objetivo é fortalecer a promoção de ações para a saúde da mulher na atenção básica à saúde, garantir mais acesso ao sistema de saúde e disseminar mais informações à respeito da temática. Em 28 de maio de 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou dados que comprovam que a hipertensão e a hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade materna no Brasil e no mundo, e ocorrem principalmente pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto. 
Confira as principais ações que estão sendo implantadas pelo órgão:
Pré-natal deve começar o mais cedo possível
A morte materna é qualquer morte que ocorre durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto. Ela pode ser decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. Em torno de 92% das mortes maternas são por causas evitáveis e ocorrem, principalmente, por hipertensão, hemorragia ou infecções. Daí a importância de a gestante procurar uma unidade de saúde para iniciar o pré-natal o mais precocemente possível, sendo avaliada por um profissional que possa identificar a necessidade de assistência mais especializada e de maior complexidade.
Durante a gravidez, é importante também que as mulheres estejam atentas aos sinais de dor de cabeça ou dor na nuca, visão turva, sangramento pela vagina ou febre. Nestes casos, é necessário buscar com rapidez uma unidade de saúde mais próxima. Outros sinais que também devem alertar a gestante a procurar assistência, a fim de diminuir os riscos para si própria como para o bebê, são inchaço nas pernas ou braços, corrimento ou secreção vaginal com odor desagradável, ardor ao urinar.
Rede Cegonha acompanha a saúde da mulher
As unidades de saúde públicas contam com a estratégia Rede Cegonha, que acompanha a mulher desde a concepção, no pré-natal (atenção básica), até o parto e pós-parto, bem como a criança, no seu desenvolvimento e crescimento até completar dois anos de vida. Em incentivos vinculados a Rede Cegonha, são repassados, em média, R$ 1 bilhão por ano. Segundo dados da análise Saúde Brasil 2017 do Ministério da Saúde, o acesso ao pré-natal foi adequado ou mais que adequado para cerca 70% das mulheres.
Atualmente, a Rede Cegonha está presente em mais de 1.600 maternidades (públicas ou conveniadas) ao SUS. Este número engloba as unidades que fazem mais de 1.000 partos por ano. Portanto, as ações da Rede Cegonha se estendem a um grande número de maternidades pelas diversas regiões do país. Existem, atualmente, 23 Centros de Parto Normal e 18 Casas da Gestante, Bebê e Puérpera, com investimentos em curso para melhoria da ambiência das maternidades e adequação do local de parto para um atendimento mais humanizado (RDC 36/2008).
Redução da taxa de cesárea no Brasil
A Rede Cegonha trabalha também no sentido de aconselhar as gestantes sobre os benefícios do parto normal, destacando que a cesárea deverá ser realizada somente quando for necessária. As ações do Ministério, com vistas à mudança do modelo de atenção ao parto e nascimento com práticas baseadas em evidências científicas e a valorização do protagonismo da mulher na hora do parto, têm contribuído para reduzir a taxa de cesárea no Brasil. Desde 2000, as taxas de cesárea apresentavam uma tendência de aumento alcançando 57% em 2014 com redução para 55,5% em 2015.
Para fortalecer as ações em curso com vistas à diminuição das taxas de cesárea, o Ministério da Saúde, lançou no dia 8 de março deste ano, o Projeto Parto Cuidadoso, que visa, entre outros objetivos, a implementação de critério para avaliar, monitorar e comparar as taxas de cesáreas ao longo do tempo em um mesmo hospital e entre diferentes hospitais.
Cursos qualificam o atendimento
Está em andamento o projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (Apice On) importante ferramenta da Rede Cegonha, que tem entre as principais ações, a de qualificar o ensino e o exercício da obstetrícia e neonatologia, com base nas melhores evidências científicas, segurança e garantia de direitos; promover a incorporação das “Diretrizes Nacionais para o Parto Normal” e as “Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana”.
Outra iniciativa, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é o Projeto Zero Morte Materna por Hemorragia que tem, entre os objetivos, o de qualificar as equipes de saúde para o manejo clínico da hemorragia pós-parto direcionado (farmacológico e não-farmacológico), bem como discutir a situação da hemorragia obstétrica e da organização da rede de atenção materno-infantil em cada Estado.
Existem ainda cursos voltados para qualificação e formação de enfermeiras na área obstétrica, incluindo residência, especialização e aprimoramento, para atuarem na atenção ao parto e nascimento de risco habitual. Esta medida é reconhecida internacionalmente como importante estratégia de qualificação da atenção materno-infantil. Nos dois últimos anos participaram desta iniciativa aproximadamente 4 mil profissionais.
Fonte: Ministério da Saúde

Curso de cardiologia do exercício para profissionais de saúde



Por Rebeka Gonçalves

No dia 9 de junho, um grupo de profissionais de saúde, do Real Hospital Português (RHP) e do Procape, especializados em informação sobre ergometria irá ministrar um curso multidisciplinar sobre cardiologia do exercício. O treinamento é voltado para fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, médicos e também para estudantes dessas áreas. 
O curso acontecerá na Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e tem como objetivo promover um melhor ensinamento na área, orientando os profissionais sobre questões relevantes, o que deve ser investigado e como deve ser orientado esse tipo de paciente. 
“Como estamos tendo muita demanda de pessoas fazendo atividade física, têm chegado muitos pacientes no consultório e até para essas outras especialidades. Pacientes e pessoas interessadas em começar uma atividade ou então de melhorar seu rendimento, seu condicionamento seja por saúde ou por metas de condicionamento físico mesmo, e de prazer também. Logo, esse curso irá contribuir muito para a formação desses profissionais”, explica Danielle Lacerda de Melo, cardiologista e uma das organizadoras do curso. 
As aulas serão divididas em sete módulos, incluindo aula de nutrição relacionada a parte esportiva, como se faz prescrição de exercício com educador físico, algumas avaliações que são típicas de pacientes que fazem atividade física ou exercício de moderado a alta intensidade. Na parte cardiológica, serão abordados quais os cuidados necessários antes e até durante o acompanhamento do praticante de atividade física em relação a algumas doenças. 
A educadora física, Heva Santos, explica o que a fez de ter se inscrito no curso. “Hoje no mercado atuo como Personal Trainer. Então, para mim o curso será uma reciclagem e uma ferramenta de trabalho, pois tenho alunos hipertensos que já fazem um trabalho físico comigo há anos. Todo tipo de conhecimento é válido, principalmente quando ele já faz parte do seu meio de trabalho”, afirmou.
Haverá ainda a parte de fisioterapia com foco na área de reabilitação de pessoas que tiveram infartos, insuficiência cardíaca, que precisam ter a condição física reabilitada para voltar a ter uma vida normal e até evitar novos eventos cardiovasculares. 
Serviço
Curso de Cardiologia do Exercício
Local:  Associação Médica de Pernambuco (Rua Osvaldo Cruz, 393, Boa Vista, Recife/PE)
Horário: 8h às 18h
Inscrições: (81) 99114.6992
Estudantes: R$150,00
Profissionais: R$250,00
Grupos de academias e clínicas de fisioterapia tem descontos na taxa.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Dia Mundial da Saúde Digestiva: doenças gastrointestinais e como evitá-las



29 de maio é o Dia Mundial da Saúde Digestiva. A data faz parte do calendário de ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e pretende conscientizar a população sobre as principais doenças o aparelho digestivo e quais os cuidados para evitá-las. Maio também é o mês de conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, conhecido como Maio Roxo. 
O sistema digestivo tem a função de regular os líquidos, nutrientes e excessos que serão expelidos pelo corpo. De acordo com Cláudia Sá, gastroenterologista, as principais doenças que acometem os órgãos desse sistema são o refluxo, as dispepsias (conhecidas popularmente como gastrites), a síndrome do intestino irritável e os distúrbios associados à constipação ou prisão de ventre. Outras enfermidades comuns são diarreia, apendicite, pancreatite, cálculo biliar, câncer de cólon e faringite.
A especialista estima que 20% dos brasileiros tenham problema de refluxo e cerca de 30 a 40% da população vai desenvolver uma dispepsia ou gastrite em algum momento da vida. “Cada vez mais tem se estudado sobre a associação dos distúrbios gastrointestinais e o estresse, é o que chamamos de eixo cérebro-intestino. Ou seja, é quando o sistema nervoso central ativa a sensibilidade do aparelho digestivo”, esclareceu Cláudia Sá. A médica ressalta ainda que quando essas doenças ligadas ao estresse se tornam crônicas, podem se tornar uma doença funcional como a síndrome do intestino irritável.
O sistema digestivo é formado pelos órgãos do trato gastrointestinal, também chamado de tubo digestivo, além do fígado, pâncreas e vesícula biliar. Os órgãos que compõem o trato gastrointestinal são a boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso (composto pelo cólon e reto) e ânus. 
O alimento entra pela boca e segue até o ânus através dos órgãos ocos do tubo digestivo. Esse sistema ajuda o organismo a digerir os alimentos, transformando os mesmos nos nutrientes necessários para o corpo. Por isso, a saúde digestiva está associada diretamente com o tipo de alimento que o indivíduo consome e com seus hábitos de vida.
Para manter a saúde e o bom funcionamento do organismo é fundamental colocar alguns hábitos na rotina como beber bastante água, exercitar-se regularmente, controlar o estresse, evitar alimentos ricos em gordura, incorporar probióticos na alimentação, ingerir fibras solúveis (farelo de aveia, nozes, sementes e legumes) e insolúveis (farelo de trigo, legumes e grãos integrais), evitar o consumo de cigarro, álcool e café em excesso.


Semana Nacional pela Saúde das Mulheres será celebrada até 31 de maio



Com o tema Redução da Mortalidade Materna, o Ministério da Saúde lançou ontem a Semana Nacional de Mobilização pela Saúde das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS). A semana marca o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna celebrado no dia 28 de maio. A portaria que institui a semana foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de abril deste ano.
O objetivo é fortalecer a promoção de ações para a saúde da mulher na atenção básica à saúde, garantir mais acesso ao sistema de saúde e disseminar mais informações à respeito da temática. Em 28 de maio de 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou dados que comprovam que a hipertensão e a hemorragia estão entre as principais causas da mortalidade materna no Brasil e no mundo, e ocorrem principalmente pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto.
Durante o lançamento da campanha, que aconteceu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi divulgada a meta de redução da mortalidade materna para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015/2030, compromisso internacional assumido pelo país. 
Entre as metas estão a redução de 17,5% para 15% da gravidez não planejada na adolescência até 2020, a ampliação de 20% da oferta do Dispositivo IntraUterino (DIU) de cobre na atenção básica, aumentar de 37% para 67% a participação dos homens no pré-natal, além de realizar a inclusão das mulheres idosas no planejamento das ações de saúde sexual e climatério.
Para estimular essas ações, o Ministério da Saúde vai liberar para os municípios R$ 14 milhões que devem ser investidos em saúde sexual e reprodutiva. O edital com a previsão de recursos está disponível no site da pasta desde o dia 16 de março com orientações aos gestores e metas a serem atingidas até 2022.
De acordo com Erika Regueira, ginecologista e obstetra da Salute clínica especializada em saúde da mulher, a semana é fundamental para a conscientização sobre a importância da assistência à saúde da mulher. “As doenças que levam à mortalidade materna são totalmente preveníveis e essa campanha é uma forma de conscientizar sobre a necessidade da assistência básica de saúde para as mulheres nessa fase, uma vez que a mortalidade materna está diretamente ligada à gestação, parto e puerpério”, ressaltou a Erika.
De acordo com dados do sistema de informação sobre mortalidade, em 2016, o Brasil registrou 1.463 casos de mortalidade materna, o que representou uma queda de 16% em relação ao ano anterior. Esses óbitos estão relacionados com problemas na gestação, no parto ou ocorridos até 42 dias pós-parto. 
Visando ampliar ainda mais essa redução, o Ministério da Saúde vem implementando políticas para fortalecer a humanização do atendimento das gestantes, melhorar a atenção no pré-natal, nascimento e pós-parto. Além de criar medidas de orientação e qualificação dos profissionais de saúde nas áreas da atenção básica, urgência e emergência.

Assembleia mundial aprova temas relevantes para a saúde pública



A 71ª Assembleia Mundial da Saúde encerrou as sessões no último sábado (26/05) com a aprovação de várias resoluções que abrangem temas de grande relevância para a saúde pública. Delegados do mundo inteiro participaram do evento e aprovaram resoluções sobre o programa geral de trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os próximos cinco anos. 
Entre as ações está o trabalho da OMS em relação às emergências, poliomielite, cólera, doenças crônicas não transmissíveis e tuberculose, bem como a escassez de medicamentos e vacinas e os altos números de picadas de cobras.
Em seu discurso de encerramento da Assembleia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou aos delegados que haviam traçado um novo curso para a Organização. Ele enfatizou ainda que todo o trabalho feito pela OMS daqui para frente será avaliado à luz das metas dos “3 bilhões” de objetivos aprovados na semana do evento. 
De acordo com a Organização, até 2023, as metas visam atingir 1 bilhão de pessoas a mais se beneficiando da cobertura universal de saúde, 1 bilhão de pessoas a mais com proteção em emergências de saúde e 1 bilhão de pessoas a mais desfrutando de melhor saúde e bem-estar.
"A saúde tem o poder de transformar a vida de um indivíduo, mas também tem o poder de transformar famílias, comunidades e nações", disse Tedros aos delegados. "Em última análise, as pessoas que servimos não são as pessoas com poder; são as pessoas sem poder", afirmou o diretor-geral.
Tedros pediu que as autoridades regressem aos seus países com uma determinação renovada em trabalhar pela saúde de toda sua população. "O compromisso que testemunhei nesta semana me dá muita esperança e confiança de que, juntos, podemos promover a saúde, manter o mundo seguro e servir os que estão em situação de vulnerabilidade”, concluiu.

Confira algumas resoluções aprovadas na 71ª Assembleia Mundial da Saúde
Nutrição 
Os delegados renovaram por unanimidade seu compromisso de investir e ampliar as políticas e programas de nutrição para melhorar a alimentação de bebês e crianças pequenas. Os Estados Membros discutiram os esforços para alcançar as metas mundiais de nutrição da Assembleia Mundial da Saúde, concluindo que o progresso tem sido lento e desigual, mas observou-se um pequeno passo à frente na redução da baixa estatura para a idade, com o número de crianças com menos de cinco anos caindo de 169 milhões em 2010 para 151 milhões em 2017.
A OMS está liderando ações globais para melhorar a nutrição, incluindo uma iniciativa mundial para tornar todos os hospitais amigáveis aos bebês, ampliar a prevenção da anemia em meninas adolescentes e prevenir o sobrepeso entre crianças por meio do aconselhamento sobre alimentação complementar. Um novo relatório foi lançado sobre a implementação do Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, destacando que mais seis países adotaram ou reforçaram a legislação em 2017 para regular a comercialização de substitutos do leite materno.
Pólio 
Com os níveis de transmissão do poliovírus selvagem mais baixos do que nunca, e o mundo mais próximo de ser livre da pólio, as discussões se concentraram em garantir um mundo livre da pólio de forma duradoura. Em maio de 2018, apenas nove casos de poliovírus selvagem haviam sido registrados em todo o mundo, no Afeganistão e no Paquistão. Os delegados revisaram os planos de emergência para interromper as cepas restantes do vírus.
Para se preparar para um mundo livre da pólio, as atividades mundiais de contenção do poliovírus continuam a ser intensificadas e os Estados Membros adotaram uma resolução histórica sobre a contenção desse vírus. Em um número limitado de instalações, o poliovírus continuará a ser mantido após a erradicação para servir a funções nacionais e internacionais críticas, como a produção de vacina contra a poliomielite ou pesquisa. É crucial que os materiais de poliovírus sejam apropriadamente contidos sob estritas condições de manuseio, armazenamento e biossegurança, assegurando que o vírus não seja liberado no ambiente acidentalmente ou intencionalmente para causar novamente surtos da doença em populações vulneráveis.
Regulamento Sanitário Internacional 
Os delegados receberam com satisfação um plano estratégico global quinquenal proposto para melhorar a preparação e resposta da saúde pública, por meio da implementação do Regulamento Sanitário Internacional, um instrumento legal global vinculante para 196 países em todo o mundo. Seu objetivo é ajudar a comunidade internacional a prevenir e responder a graves riscos de saúde pública, que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo.
Em 2017, a OMS registrou um total de 418 eventos de saúde pública em seu sistema de gerenciamento de eventos: a fonte inicial no relatório de 136 deles foram agências governamentais nacionais, incluindo Pontos Focais Nacionais do RSI. A nova estratégia visa ajudar os países a fortalecerem as capacidades básicas de que necessitam para implementar os regulamentos, incluindo mais relatórios por meio do RSI.
Marco da influenza pandêmica 
Os delegados consideraram o relatório do diretor-geral sobre os progressos realizados na implementação da decisão WHA70 (10), que trata da revisão da estrutura de preparação para a influenza pandêmica. A Assembleia da Saúde aprovou todas as recomendações do relatório de Tedros, mas solicitou que o texto final da análise fosse apresentado em 2019 e não em 2020.
Saúde digital 
Os delegados concordaram com uma resolução sobre saúde digital, que insta os Estados Membros a priorizar o desenvolvimento e o maior uso das tecnologias digitais na saúde como meio de promover a cobertura universal de saúde e avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A OMS terá que desenvolver uma estratégia global sobre saúde digital e apoiar o aumento de escala dessas tecnologias nos países, fornecendo assistência técnica e orientação normativa, monitorando tendências e promovendo as melhores práticas para melhorar o acesso aos serviços de saúde.
A resolução também pede aos Estados Membros que identifiquem áreas prioritárias nas quais se beneficiariam da assistência da OMS, tais como implementação, avaliação e ampliação de serviços e aplicações de saúde digital, segurança de dados, questões éticas e legais. Exemplos de tecnologias de saúde digital existentes incluem sistemas que rastreiam surtos de doenças usando "crowdsourcing" ou relatórios da comunidade; e mensagens de texto de celular para mudança positiva de comportamento para prevenção e gerenciamento de doenças como diabetes.
Picadas de cobra 
Os delegados concordaram com uma resolução que visa reduzir o número de pessoas em todo o mundo que morrem ou vivem com problemas físicos ou mentais causados pela picada de cobras. Estima-se que 2,7 milhões de pessoas são picadas por cobras venenosas a cada ano, com 81 mil a 138 mil pessoas morrendo como resultado desse evento. Para cada pessoa que morre após uma picada de cobra, outras quatro ou cinco apresentam incapacidades como cegueira, mobilidade restrita ou amputação, além de transtorno de estresse pós-traumático.
Reconhecendo a necessidade urgente de melhorar o acesso a antivenenos seguros, eficazes e acessíveis para picadas de cobras, os delegados instaram a OMS a acelerar e coordenar os esforços mundiais para controlar o envenenamento por picadas de cobras – doença que ameaça vidas após a picada de uma cobra venenosa.
Atividade física 
Os Estados Membros endossaram o Plano de Ação Mundial da OMS sobre Atividade Física, uma nova iniciativa que tem o objetivo de aumentar a participação de pessoas de todas as idades de atividade física e promover a saúde e combater doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, câncer de mama e câncer do colo do útero, além de apoiar a melhoria da saúde mental e qualidade de vida.
Mundialmente, 23% dos adultos e 81% dos adolescentes com idade entre 11 e 17 anos não atendem às recomendações mundiais para atividade física. A prevalência de inatividade chega a 80% em algumas populações adultas, influenciada por mudanças nos padrões de transporte, uso de tecnologia, urbanização e valores culturais. O objetivo do plano é reduzir em 15% a prevalência global de inatividade física entre adultos e adolescentes até 2030.
Tecnologias assistivas 
Os delegados adotaram uma resolução instando os Estados Membros a desenvolverem, implementarem e fortalecerem políticas e programas para melhorar o acesso à tecnologia assistencial e solicitar que o diretor-geral prepare, até 2021, um relatório global sobre o acesso efetivo à tecnologia assistiva.
A tecnologia assistiva, como cadeiras de rodas, aparelhos auditivos, andadores, óculos de leitura e próteses de membros, possibilita às pessoas com dificuldades no dia a dia uma vida produtiva e digna, participando da educação, do mercado de trabalho e da vida social.
Sem essas tecnologias, as pessoas com incapacidade, idosos e outros necessitados são frequentemente excluídos, isolados e empurrados à pobreza. Além disso, o ônus da morbidade e da incapacidade aumenta. Estima-se que 1 bilhão de pessoas se beneficiarão de produtos de assistência, um número que aumentará para mais de 2 bilhões até 2050. No entanto, 90% dessas pessoas não têm acesso devido aos altos custos e à falta de disponibilidade.
Febre reumática e doença cardíaca reumática
Os delegados concordaram com outra resolução que pede à OMS o lançamento de uma resposta mundial coordenada à doença cardíaca reumática, que afeta cerca de 30 milhões de pessoas a cada ano. Em 2015, estima-se que a doença tenha causado 350 mil mortes. A doença ocorre mais comumente na infância e afeta desproporcionalmente meninas e mulheres.
A doença cardíaca reumática é uma condição evitável que surge da febre reumática aguda. Apesar da disponibilidade de medidas efetivas para prevenção e tratamento da doença, os casos não diminuíram significativamente nos últimos anos.
Fonte: OMS

Cremepe anuncia que não contará com a garantia do Governo do Estado



O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) realizou plenária extraordinária nesta segunda-feira (28/05) para deliberar sobre a situação do país e as dificuldades enfrentadas pelas redes públicas e privadas de saúde, em decorrência da greve nacional dos caminhoneiros. A falta de combustíveis tem criado empecilhos para o acesso dos profissionais de saúde aos seus postos de trabalho. A entidade lamenta o risco de desabastecimento de gêneros alimentícios, farmacêuticos e hospitalares.
O Cremepe anuncia ainda que mesmo o governo do Estado assegurando que não há prejuízos nas unidades de saúde, e com o funcionamento de 100% dos hospitais de alta complexidade, hospitais metropolitanos e Upas, não irá contar com essa garantia. 
O órgão de classe decidiu ainda solicitar a inclusão da entidade no comitê de crise da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), com o objetivo de assegurar o acesso, insumos, alimentação e medicações nos serviços especializados do Estado. O Conselho espera uma solução consensual o mais breve possível por parte das autoridades, para a garantia dos atendimentos nas unidades de saúde de Pernambuco.
Por não haver previsão concreta de normalidade, é plenamente admissível e justificável em momento de agudização de uma crise na saúde a priorização do atendimento de urgências, emergência e serviços essenciais (hemodiálise, quimioterapia, hemoterapia entre outros), com  respeito à autonomia do profissional no ato médico.
O Cremepe destacou que estará funcionando de forma regular, durante o período de crise, e recebendo todas as demandas relacionadas à situação. A entidade informa ainda que o expediente será normal nesta terça-feira (29/05), das 8h às 17h, na sede e delegacias da entidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

SES/PE reúne hospitais para garantir troca dos plantões e assistência à população



Na manhã de hoje (28/05), o secretário estadual de saúde, Iran Costa, se reuniu com diretores das 6 grandes emergências do Estado (hospitais da Restauração, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Otávio de Freitas e Regional do Agreste), além do Hemope e complexo hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE), para tentar viabilizar a troca dos plantões dos profissionais de saúde.
A reunião, que aconteceu na sede da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), teve como objetivo apresentar as ações do Governo do Estado para garantir o funcionamento dos serviços essenciais à população diante da paralisação nacional dos caminhoneiros. Outro ponto do encontro foi a abertura de espaço para ouvir as demandas das unidades, com o intuito de garantir a manutenção das atividades dentro da normalidade. 
No momento, após garantir o abastecimento de combustível dos geradores, ambulâncias e veículos que prestam serviços essenciais às unidades de saúde e também o abastecimento de insumos, a SES/PE está agindo para viabilizar a troca de plantões nas unidades de saúde. 
“Através da determinação do governador Paulo Câmara, o Governo do Estado conseguiu assegurar, nesta segunda-feira, toda a frota de transporte público na Região Metropolitana do Recife. Alguns postos também já contam com combustível em suas bombas. Além disso, já orientamos todas as unidades ligadas à rede estadual de saúde, bem como as Gerências Regionais de Saúde, a trabalhar com responsabilidade para garantir a integridade dos profissionais de saúde e a troca de plantões”, ressaltou Iran Costa. 
De acordo com a SES/PE, desde a última quinta-feira (24/05) cargas de combustível foram liberadas do Porto de Suape para atender as demandas de ambulâncias de hospitais, do Samu, carros para transporte de pacientes, alimentação, gás hospitalar, home care e gás de cozinha para hospitais, lavanderias, carros de lixo hospitalar e carros municipais que trabalham para o SUS. Além disso, caminhões carregados com insumos hospitalares, que se encontravam retidos nos pontos de bloqueio, foram liberados.
“Por determinação e priorização do governador Paulo Câmara, não tivemos maiores problemas nas nossas unidades de saúde, seja no Recife ou no interior”, destacou o secretário estadual de saúde. No início da tarde, o órgão se reunirá por webconferência com unidades do interior do Estado.

Cremepe suspende as atividades hoje (28/05)



O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) emitiu um comunicado informando a suspensão do expediente de hoje (28/05) em decorrência dos transtornos causados pela greve nacional dos caminhoneiros. A entidade orienta que quem estiver com alguma demanda agendada, deve aguardar um novo comunicado do Conselho.
O presidente do Cremepe, André Dubeux, afirma que a entidade está procurando caminhos que possam diminuir o sofrimento da população que precisa das redes públicas e privadas de saúde.
O Conselho informa ainda que a diretoria vai aproveitar a segunda-feira para se reunir e decidir os próximos passos a serem adotados. Na pauta da reunião serão discutidas questões como a situação dos médicos que estão tendo que dobrar os plantões porque a falta de combustível têm impedido a locomoção de alguns médicos, a falta de combustíveis, gás de cozinha e oxigênio nas unidades de saúde dos setores públicos e privados, além da situação dos funcionários que não conseguem chegar por causa da ausência de ônibus nas ruas.

Hemope em busca de doadores regulares para repor estoque



Por Rebeka Gonçalves
Nos últimos meses, o Hemope, centro de referência nacional em hematologia e hemoterapia, registrou a falta em torno de mil bolsas de sangue por mês. De acordo com o centro, apenas 10% da população da Região Metropolitana do Recife é cadastrada no banco de sangue. 
O ideal seriam 400 coletas por dia, mas para esse número ser restabelecido é necessário um ato contínuo de doação. “Nosso maior desafio é fazer com que as pessoas se tornem doadoras regulares. Precisamos de continuidade. Se conseguirmos manter uma boa coleta por, no mínimo, 15 dias conseguiremos repor os estoques que estão críticos”, declara a diretora de hemoterapia do Hemope, Anna Fausta. 
O Hemope esclarece que, apesar da diminuição nas doações, o fornecimento de sangue para cirurgias de urgência e emergência continua sendo feito, inclusive as oncológicas, em todas as unidades da rede estadual. 
“Não tem melhor sensação do que saber que estou salvando vidas, é um sentimento de dever cumprido”, destaca Alana Crasto, engenheira e doadora há mais de quatro anos.
Para ser um doador, o indivíduo precisa ser saudável, ter entre 16 e 69 anos e apresentar um documento oficial com foto. Pessoas com tatuagem feita a mais de um ano poderão fazer a doação normalmente e, no caso de piercing, também é possível desde que o mesmo não esteja na região íntima e/ou boca. 
Se a pessoa contraiu dengue, zika ou chikungunya ou está com qualquer sintoma dessas doenças, só deve realizar a doação após 30 dias do desaparecimento dos sintomas. Para quem se vacinou contra a gripe, a orientação é aguardar um período de 48 horas para realizar o procedimento. 
Além do hemocentro do Recife, localizado no bairro do Derby, há uma unidade de coleta dentro do Hospital da Restauração (HR) e, para quem quer ser doador e não mora na Região Metropolitana, existem unidades nos municípios de Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Petrolina Ouricuri e Serra Talhada. Além disso, é possível agendar a doação para o turno da tarde por telefone. 
Serviço
Hemope/Derby
Funcionamento: De segunda à sábado, das 7h15 às 18h30, inclusive nos feriados.
Hemope/Hospital da Restauração
Funcionamento: Todos os dias, exceto sábado, das 7h15 às 12h e 13h às 17h30.
Agendamento de doação: 0800-081-1535

domingo, 27 de maio de 2018

Governador afirma que a greve ainda não trouxe prejuízos na saúde em Pernambuco



O governador Paulo Câmara se reuniu, neste domingo (27/05), com representantes da sociedade civil e dos Poderes Constituintes para apresentar as estratégias de manutenção dos serviços essenciais à população no Estado. Entre os presentes na reunião, que ocorreu no Palácio do Campo das Princesas, o secretário de saúde de Pernambuco, Iran Costa, e o presidente do Cremepe, André Dubeux.
Paulo Câmara ressaltou que o desabastecimento ainda não trouxe prejuízos para os hospitais e unidades de saúde do Estado. “Evidentemente que o prejuízo que essa greve dos caminhoneiros tem causado ao País é enorme, mas a gente está tomando medidas efetivas para que esses efeitos sejam minimizados aqui em Pernambuco. Nós ainda não tivemos nenhum prejuízo nas nossas unidades de saúde, todas estão funcionando normalmente, 100% dos hospitais de alta complexidade, hospitais metropolitanos, Upas” garantiu o governador. 
O chefe do Executivo destacou ainda que os principais serviços tiveram pouco ou nenhum prejuízo no funcionamento ordinário. O encontro teve como objetivo ouvir as demandas dos setores e apresentar o que está sendo feito pelo Governo de Pernambuco para garantir o funcionamento dos serviços essenciais à população em todas as regiões do Estado. 
Na ocasião, foram debatidas estratégias para a volta do abastecimento de combustível e o desbloqueio dos pontos de interdição nas rodovias federais e estaduais em Pernambuco. O governador garantiu que o transporte público estadual funcionará em sua totalidade nesta segunda-feira (28/05).
Paulo Câmara assegurou também que o Governo do Estado está trabalhando efetivamente para o desbloqueio das rodovias. “Nós já solicitamos ao Exército Brasileiro que nos informe como eles vão operar. Mas, independente da ação do Exército, nós vamos agir. Não podemos esperar mais que haja o desbloqueio, porque isso pode afetar, na próxima semana, serviços essenciais, principalmente na área da Saúde. E nós não vamos permitir isso. O diálogo está mantido, como sempre esteve, e vamos continuar abertos. Mas não podemos penalizar os nove milhões de pernambucanos que vão sofrer com o desabastecimento de áreas vitais”, enfatizou.

52% das famílias não autorizam doação de órgãos em Pernambuco



Na última quinta-feira (24/05), a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) realizou um evento para marcar a abertura oficial da Campanha Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, na Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE). Na ocasião, a Central divulgou que, até abril deste ano, o percentual de recusas de doação atingiu a marca de 52%, em 2017, o percentual foi de 43%.
O alto índice de negativa para a doação de órgãos chamou a atenção da CT-PE, que já está investido na capacitação dos profissionais envolvidos no processo para qualificar o diagnóstico da morte encefálica e o acolhimento das famílias, para que elas possam ter os subsídios necessários para exercer seu direito de doar os órgãos.
“A recusa familiar pode ser um reflexo da falta de informação ou dos mitos que rodeiam a doação de órgãos e tecidos. Por isso, precisamos, permanentemente, divulgar a importância do ato e incentivar que a população converse sobre o assunto em casa e externe ainda em vida seu desejo de doar. A doação não mutila o corpo do doador, que é entregue íntegro para a família realizar suas cerimônias de despedida. Uma única pessoa pode tirar outras sete da fila de espera, o que mostra a importância desse ato”, esclareceu Noemy Gomes, coordenadora da CT-PE. 
A fila de espera por órgão ou tecido em Pernambuco possui 990 pacientes, sendo 787 aguardando um rim, 98 de fígado, 56 de córnea, 14 de coração e 5 de rim/pâncreas. É importante ressaltar que, desde 2017, Pernambuco possui o status de córnea zero. Isso significa que o paciente, depois de realizar os exames necessários para ser inscrito na fila de espera, faz o transplante em até 30 dias.
Noemy enfatiza ainda que o estado conta com equipes captadoras e transplantadoras capacitadas para realizar os procedimentos, mas para que o transplante seja realizado é necessário que haja o doador. Até abril deste ano, foram realizados 540 transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. O quantitativo está 3,7% menor do que o mesmo período de 2017, com 561 procedimentos.
Durante o evento, a Central de Transplantes reuniu profissionais de saúde para um curso de atualização sobre morte encefálica e doação de órgãos. Na próxima terça-feira (29/05), a CT-PE e o Cremepe realizarão, na UPE Petrolina, o curso de determinação de morte encefálica para médicos da região, seguindo o compromisso do programa de educação permanente sobre o processo de doação para profissionais de saúde.  
Morte encefálica
A morte encefálica ocorre quando o cérebro perde a capacidade de comandar as funções do corpo, em decorrência de uma lesão conhecida e comprovada. Na morte encefálica, o indivíduo pode ser doador de órgãos e tecidos (coração, rins, pâncreas, fígado e córneas). De acordo com as novas normas, ela pode ser diagnosticada por mais especialidades médicas, além da neurologia. A resolução prevê que os procedimentos para a determinação da morte encefálica devem ser iniciados em todos os pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente.
Estatísticas
Dos 540 transplantes realizados até abril deste ano, 264 foram de córnea (308 em 2017, redução de 14%), 143 de rim (115 em 2017 – crescimento de 24%), 73 de medula óssea (70 em 2017 – aumento de 4%), 42 de fígado (41 em 2017 – 2% de acréscimo) e 18 de coração (21 em 2017 – queda de 14%). Em 2017, no mesmo período, ainda ocorreram 3 transplantes de rim/pâncreas, 1 de fígado/rim e 2 de válvula cardíaca.
Fonte: SES/PE

Comércio ilícito de tabaco na mira da OMS no Brasil



Com o intuito de combater o comércio ilícito de produtos provenientes do tabaco, especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) se reuniram para ajudar o Brasil a implementar um protocolo de eliminação do comércio clandestino. O encontro aconteceu nos dias 21 e 22 de maio, em Brasília, e contou com o apoio do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O Protocolo faz parte do artigo 15 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da OMS e é a principal política para regular a oferta dos produtos oriundos do tabaco. Além disso, ele pretende reduzir as consequências para a saúde e para a economia. 
O Brasil tem evoluído muito na política de controle do tabaco, inclusive com uma redução significativa na prevalência de fumantes nos últimos dez anos. Medidas importantes foram adotadas como o aumento de impostos e de preços dos cigarros. Porém, um levantamento feito pelo INCA verificou o aumento do consumo de cigarros ilegais entre os fumantes.
Katia de Pinho Campos, coordenadora da Unidade de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS/OMS no Brasil, destacou que apesar do esforço para o controle do tabaco no país, o mercado ilegal desse tipo de produto ainda é uma grande barreira para a saúde pública e econômica.
“O Brasil tem avançado muito no controle do tabaco, principalmente nas medidas para reduzir a demanda de seu consumo. Porém, a indústria continua prejudicando as políticas públicas de demanda ao controle e à oferta desse produto, que todos os anos tira milhares de vidas”, enfatizou Katia. 
A estimativa é que 10% dos cigarros e produtos provenientes do tabaco consumidos no mundo é ilícito. Segundo a OPAS/OMS, esse mercado é apoiado por vários agentes, desde pequenos vendedores ambulantes até redes criminosas organizadas envolvidas com armas, tráfico de seres humanos e terrorismo. Já a indústria do tabaco argumenta que os altos impostos sobre os produtos levam à evasão fiscal.
No entanto, há evidências que comprovam que fatores como governança deficiente no combate ao crime organizado, altos níveis de corrupção, falta de comprometimento do governo no combate ao mercado ilegal de tabaco e ineficiência da alfândega têm tanta importância quanto o aumento dos impostos sobre cigarros.
No Brasil, a medida será fundamental para o controle do comércio ilegal de tabaco, beneficiará a saúde pública e trará muitos benefícios ao governo. Entre eles, destacam-se a diminuição do número de mortes prematuras pelo tabagismo e o aumento de receita tributária para o governo. O prazo para que o país faça sua adesão ao protocolo nas Nações Unidas se encerra no dia 2 de julho.
Em visita recente ao Brasil, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a importância de tornar o protocolo numa lei internacional. Ele afirmou que são necessários 40 países para que o protocolo se torne lei e 35 países já ratificaram o documento, entre eles Costa Rica, Equador, Nicarágua, Panamá e Uruguai. 
Fonte: OMS