Com o tema Redução da
Mortalidade Materna, o Ministério da Saúde lançou ontem a Semana Nacional de
Mobilização pela Saúde das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS). A semana
marca o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de
Redução da Mortalidade Materna celebrado no dia 28 de maio. A portaria que
institui a semana foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de abril
deste ano.
O objetivo é fortalecer a
promoção de ações para a saúde da mulher na atenção básica à saúde, garantir
mais acesso ao sistema de saúde e disseminar mais informações à respeito da
temática. Em 28 de maio de 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou
dados que comprovam que a hipertensão e a hemorragia estão entre as principais
causas da mortalidade materna no Brasil e no mundo, e ocorrem principalmente
pela má qualidade da assistência no pré-natal e no parto.
Durante o lançamento da
campanha, que aconteceu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi
divulgada a meta de redução da mortalidade materna para os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável 2015/2030, compromisso internacional assumido pelo
país.
Entre as metas estão a
redução de 17,5% para 15% da gravidez não planejada na adolescência até 2020, a
ampliação de 20% da oferta do Dispositivo IntraUterino (DIU) de cobre na
atenção básica, aumentar de 37% para 67% a participação dos homens no
pré-natal, além de realizar a inclusão das mulheres idosas no planejamento das
ações de saúde sexual e climatério.
Para estimular essas ações,
o Ministério da Saúde vai liberar para os municípios R$ 14 milhões que devem
ser investidos em saúde sexual e reprodutiva. O edital com a previsão de
recursos está disponível no site da pasta desde o dia 16 de março com
orientações aos gestores e metas a serem atingidas até 2022.
De acordo com Erika
Regueira, ginecologista e obstetra da Salute clínica especializada em saúde da
mulher, a semana é fundamental para a conscientização sobre a importância da
assistência à saúde da mulher. “As doenças que levam à mortalidade materna são totalmente preveníveis e essa campanha é uma forma de conscientizar sobre a necessidade da
assistência básica de saúde para as mulheres nessa fase, uma vez que a
mortalidade materna está diretamente ligada à gestação, parto e puerpério”,
ressaltou a Erika.
De acordo com dados do sistema de informação sobre mortalidade, em 2016, o Brasil registrou 1.463
casos de mortalidade materna, o que representou uma queda de 16% em relação ao
ano anterior. Esses óbitos estão relacionados com problemas na gestação, no
parto ou ocorridos até 42 dias pós-parto.
Visando ampliar ainda
mais essa redução, o Ministério da Saúde vem implementando políticas para
fortalecer a humanização do atendimento das gestantes, melhorar a atenção no pré-natal,
nascimento e pós-parto. Além de criar medidas de orientação e qualificação dos
profissionais de saúde nas áreas da atenção básica, urgência e emergência.
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