terça-feira, 24 de abril de 2018

Mitos e Verdades sobre a Febre Amarela


O Ministério da Saúde divulga informações sobre a febre amarela com o intuito de combater os boatos que circulam a respeito da doença. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença. Por isso, a instituição está ampliando a recomendação da imunização para todo o território brasileiro a partir deste ano.
Alguns estados e municípios do Nordeste e parte do Sul e Sudeste não faziam parte das áreas de recomendação. Com a nova medida, aproximadamente, 80 milhões de pessoas devem ser vacinadas em todo o país, sendo 11,3 milhões no Sul, 40,9 milhões no Sudeste e 27,7 milhões no Nordeste. 
A nova medida será feita de forma gradativa, de acordo com as possibilidades de produção e distribuição da vacina. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia serão os primeiros a implantarem a vacinação, entre os meses de março a junho. A partir de janeiro de 2019, os estados do Nordeste começam a vacinação da dose padrão para toda população. Os estados do Piauí, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Sergipe e Rio Grande do Norte totalizarão 25,3 milhões de pessoas. O estado do Maranhão não entra nessa medida porque já é considerado área com recomendação de vacina.

Confira os Mitos e Verdades sobre a Febre Amarela
A vacina de febre amarela mata
Não! A vacina é eficaz e segura. A vacinação não é indicada apenas para pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; crianças menores de seis meses; pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3); e pacientes em uso de quimioterapia/radioterapia.
•A dose fracionada não protege
De acordo com o Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS) a vacinação com dose fracionada apresenta a mesma eficácia que a dose única padrão. A proteção é de, pelo menos, oito anos. O fracionamento é recomendado pela OMS somente quando há aumento de morte de macacos e de casos da febre amarela silvestre com risco de expansão da doença em cidades com alto índice populacional e quantitativo insuficiente de doses da vacinas.
•A imunização em massa põe em risco a sociedade
Não. Na verdade, o que ocorre é o contrário. Indivíduos que recebem vacinas fazem com que haja uma diminuição da circulação do agente infeccioso na comunidade. Ao reduzir o número de doentes, diminui a chance de transmissão de seus agentes causadores, beneficiando, portanto, indiretamente, toda uma comunidade, inclusive aqueles que não tiveram acesso à vacinação.
•Macacos transmitem a febre amarela
Os macacos não são responsáveis pela transmissão, muito pelo contrário: esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção. A doença é transmitida por mosquitos.
•O vírus da febre amarela sofreu mutações e por isso a vacina não funciona
Não é verdade. Um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para acompanhar possíveis mudanças genéticas no vírus da febre amarela realmente identificou mutações no vírus, resultado publicado em 2017. Porém, não há qualquer impacto destas mutações para a eficácia da vacina.
•Existe alguma conspiração do governo para as pessoas se vacinarem? 
É verdade que o governo adquiriu um estoque enorme de vacina e agora quer se livrar dele?
Isso é apenas um boato sem qualquer fundamento. Não há nenhuma conspiração nesse sentido e nem houve aquisição de grande quantidade de vacina que precise ser utilizada. A vacina usada no Brasil é produzida pela Fiocruz e é certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
•É verdade que estão morrendo mais pessoas em decorrência da vacina do que propriamente de febre amarela?
Não é verdade. Os riscos por não tomar a vacina são maiores, já que a pessoa fica sem uma das principais formas de prevenção contra a doença.
•A vacina possui mercúrio em sua fórmula?
Não, a vacina contra febre amarela não possui mercúrio em sua formulação, e nenhum outro metal. Conforme descrito na bula, a vacina contra a febre amarela produzida por Bio-Manguinhos/Fiocruz contém excipientes como a sacarose, glutamato de sódio, sorbitol, gelatina bovina hidrolisada, eritromicina e canamicina.
Fonte: Ministério da Saúde

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