Criado em 2002 por lei
federal, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é
comemorado no dia 26 de abril. A data tem o objetivo de conscientizar a
população sobre a doença, além de alertar sobre os cuidados básicos para
prevenção e controle. Segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge mais de 30
milhões de brasileiros. A Sociedade Brasileira de Hipertensão afirma que ela é
responsável por cerca de 300 mil mortes anualmente no Brasil, são 820 mortes
por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos.
Para marcar a data, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia/Pernambuco (SBC/PE) promoverá uma ação no Centro
Médico Ermírio de Moraes, na próxima quinta-feira. O movimento tem o objetivo
de alertar à população para os riscos da pressão alta. Na ocasião, médicos e
profissionais de saúde irão disponibilizar aferição da pressão arterial,
glicemia capilar e orientação nutricional. Haverá ainda atividade física com a
equipe da academia da cidade e orientações sobre o uso correto da medicação.
A SBC/PE também apoiará a
realização de duas ações voltadas para a prevenção da doença. Amanhã (25/04), o
cardiologista Rafael Gomes, coordenador do Grupo de Estudos de
Cardiointensivismo da SBC, fará uma palestra para pacientes no Hospital da
Aeronáutica, visando orientá-los para um correto controle da doença. Já no
dia 26, o cardiologista Marco Alves, coordenador do Departamento de Hipertensão
da SBC/PE, ministrará aula para formação de profissionais de saúde que atuam na
atenção básica, no Cabo de Santo Agostinho.
A hipertensão arterial ou
pressão alta, é uma doença silenciosa que acomete os vasos sanguíneos, coração,
cérebro, olhos e rins. Normalmente, uma pessoa é considerada hipertensa quando
sua pressão arterial se mantém frequentemente acima dos 140 de máxima e 90 de
mínima, informalmente chamado de “14 por 9”. Em 90% dos casos, a doença é
herdada pelos pais, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão
arterial, entre eles o sobrepeso e obesidade, a má alimentação (muito consumo
de sal), o sedentarismo e o tabagismo.
Além desses fatores de
risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, as chances aumentam
com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50
anos e em diabéticos. Os sintomas só costumam aparecer quando a pressão sobe
muito, os mais comuns são dor de cabeça, dor na nuca, tonturas, enjoos e falta
de ar. Podem ocorrer ainda dores no peito, zumbido no ouvido, fraqueza, visão
embaçada e sangramento nasal.
A única maneira de
diagnosticar a pressão alta é aferindo a pressão regularmente. Pessoas acima de
20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver
hipertensos na família, deve-se aferir mais vezes. Trata-se de uma enfermidade
que não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada com medicação e
hábitos de vida saudável. Algumas das recomendações são manter o peso adequado,
adotar hábitos alimentares mais saudáveis, não abusar do sal, praticar
atividade física regular, abandonar o fumo, diminuir o consumo de álcool,
evitar alimentos gordurosos e controlar o diabetes.
A hipertensão arterial é
a maior causadora de mortes no Brasil. Na última década, segundo dados do
Ministério da Saúde, houve um aumento de 10% na sua incidência. Dados da
Organização Mundial da Saúde apontam que um hipertenso, mesmo com discretas
elevações da pressão, se não tratado, pode ter a expectativa de vida reduzida
em até 16,5 anos.
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