O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou, na última sexta-feira, o relatório de uma pesquisa constatando que a falta de iodo na alimentação pode causar danos cerebrais nos bebês. Segundo o relatório, realizado em parceria com a Aliança Global de Melhor Nutrição (GAIN), a falta do elemento químico na gestação e durante à infância causa déficits neurológicos e psicológicos, diminuindo o “QI” de uma criança em 8 a 10 pontos.
De acordo com o
documento, em todo o mundo, cerca de 19 milhões de bebês correm o risco de
sofrer reduções da função cognitiva e danos cerebrais, que são permanentes, mas
que podem ser evitados. O estudo aponta que 14% de todos os recém-nascidos não
possuem as quantidades adequadas da substância na alimentação.
O relatório “Futuros mais
brilhantes: protegendo o desenvolvimento inicial do cérebro através da
iodização do sal” também indica que mais 25% das crianças afetadas por esse
tipo de deficiência (cerca de 4,3 milhões) vivem no sul da Ásia. No entanto,
essa é a segunda região com maior taxa de iodação salina do mundo, 87% da
população do sul asiático tem acesso ao sal iodado.
A UNICEF estima ainda que
para cada três reais gastos em iodação salina, há um retorno médio de cem reais
em ganhos associados ao aumento da capacidade cognitiva. Os primeiros dois anos
de vida são determinantes para o desenvolvimento de uma criança. A alimentação, o aprendizado precoce e o
estímulo a atividades como brincadeiras e jogos são decisivos para o
desenvolvimento do cérebro para toda a vida.
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