Já se sabe que a febre
amarela pode atingir o funcionamento do fígado do
paciente. Recentemente identificou-se que a doença pode provocar
a hepatite fulminante, também
conhecida como hepatite aguda grave ou falência do fígado. Considerada a mais grave das doenças que acometem o fígado, a
enfermidade causa a morte das células do órgão em poucas horas ou dias.
Vale ressaltar que o
percentual de indivíduos que podem desenvolver a doença ainda é pequeno. No entanto, espera-se que, com o aumento do número de casos de
febre amarela, novos casos de hepatite fulminante devem chegar aos serviços de
saúde. De
acordo com Fábio Moura, cirurgião do aparelho digestivo e transplante de fígado
do Real Instituto de Cirurgia Oncológica (RICO), o caso pode ocorrer porque a
replicação do vírus é feita em órgãos sólidos, sendo o fígado um dos órgãos
afetados.
Normalmente, as hepatites
A ou B e as doenças autoimunes são as
principais causas que desencadeiam a falência do fígado. Vale ressaltar também
que o uso inadequado de algumas medicações como antibióticos, antidepressivos, analgésicos
e remédios para controlar o diabetes também podem provocar a hepatite
fulminante. Mas, no caso de pessoas acometidas pela febre amarela, qualquer
pessoa está sujeita a desenvolver a doença.
Os sintomas iniciais são semelhantes
aos de uma hepatite comum, ou seja, náuseas, mal-estar, dores abdominais, olhos
amarelados e urina com coloração mais escura. Além desses, na hepatite aguda grave,
os doentes passam a ter perturbações do sono e raciocínio lento, podendo em
pouco tempo entrar em estado de coma e evoluir ao óbito. Em geral, o tratamento
é realizado através do transplante de fígado em caráter de urgência, podendo
levar à cura mais da metade dos pacientes.
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