sábado, 9 de junho de 2018

Imunização: da prevenção à erradicação de doenças



Comemorado em 9 de junho, o Dia Nacional da Imunização tem o objetivo de alertar à população sobre a importância de seguir o calendário vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) e ofertado através do Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina é a melhor forma de prevenir e até erradicar diversas doenças. Através dela, o Brasil conseguiu extinguir doenças como a varíola, cujo último caso foi registrado em 1971, e a poliomielite, em 1989. 
Em 1973, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) com o intuito organizar a política nacional de vacinação, oferecendo vacina gratuita para a população brasileira. Esta política contribui para o controle e a eliminação de doenças imunopreveníveis. O PNI disponibiliza todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e é coordenado pelo MS em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Atualmente, o MS adota três calendários obrigatórios de vacinação: criança, adolescente e adulto/idoso. Além disso, pessoas com quadros clínicos especiais têm acesso a um calendário diferenciado de imunobiológicos, por meio dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Em Recife, o centro está localizado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).
De acordo com Ângela Rocha, coordenadora do CRIE, através da vacinação é possível evitar diversas doenças e até mesmo erradicá-las. “Através da imunização a criança vai prevenir doenças graves, então seguir o calendário básico de vacinação é de suma importância. A gente só conseguiu erradicar doenças como poliomielite graças à imunização da população. É por isso que os governos estaduais e Federal estão sempre em campanha, sempre alertando a população”, ressalta.
Ela destaca ainda que todos os públicos devem se vacinar e não só as crianças. Além disso, ela lembra que os médicos devem estar sempre alertando seus pacientes para essa questão. “E não é só o calendário básico da criança, mas também a vacinação para idosos, gestantes, adolescentes e adultos em geral. Os médicos devem alertar seus pacientes para estarem sempre com as vacinas em dia, porque a vacinação é a melhor maneira de evitar doenças graves”, recomenda Ângela Rocha.
Todas as vacinas disponibilizadas no País são consideradas seguras e eficazes. O investimento no PNI traz benefícios não só para a saúde da população, mas também uma economia de recursos financeiros, devido aos inúmeros tratamentos que deixam de ser realizados.


Confira o calendário de 2018

Criança e adolescente
Recém-nascido - BCG (dose única) e Hepatite B (1ª dose);
2 meses - Vacina Pentavalente (DTP, HIB e HB, 1ª dose), Poliomielite (VIP, 1ª dose), Rotavírus humano (VORH, 1ª dose), Pneumocócica 10 (1ª dose);
3 meses - Meningocócica C (1ª dose);
4 meses - Pentavalente, VIP (2ª dose), Rotavírus humano (2ª dose), Pneumocócica 10 (2ª dose);
5 meses - Meningocócica C (2ª dose);
6 meses - VIP (3ª dose) e Pentavalente (3ª dose);
12 meses - Meningocócica C (reforço), Tríplice Viral (SCR, 1ª dose) e Pneumocócica 10 (reforço);
15 meses - Tríplice bacteriana (DTP, 1º reforço), Poliomielite (1º reforço), Hepatite A e Tetra Viral (Tríplice Viral e Varicela);
4 anos - Poliomielite, Varicela e DTP (todas de 2º reforço);
9 a 14 anos - HPV (sexo feminino, duas doses);
11 a 14 anos - HPV (masculino, duas doses);
11 a 14 anos - Meningocócica C (dose única/reforço).

Gestantes
Hepatite B (3 doses com intervalos), Influenza (Gripe, durante campanha nacional, dT (Duplo Bacteriana, 2 doses) e dTpa (Difeteria, Tétano e Coqueluche).

Adultos (depende da situação vacinal)
DT (3 doses, reforço a cada 10 anos), Hepatite B (3 doses), Tríplice Viral (2 doses, até 29 anos; 1 dose, de 30 a 49 anos. 

Idoso (acima de 60, depende da situação vacinal)
DT (3 doses), Hepatite B (3 doses) e Influenza (durante campanha).


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