O
levantamento identificou ainda 2.069 municípios em estado de alerta
Na última quinta-feira
(07/06), o Ministério da Saúde divulgou o resultado do último Levantamento
Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). A pesquisa foi
realizada em 5.191 municípios com o intuito de avaliar o risco de aumento das
doenças causadas pelo mosquito.
Os números indicam que 1.153
municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com
risco de surto para dengue, zika e chikungunya. Além das cidades, o estudo
identificou ainda 2.069 municípios em estado de alerta, com o índice de
infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e apenas 1.711 municípios com índices
satisfatórios. Os dados foram coletados no período de janeiro a 15 de março
deste ano.
De acordo com Osnei
Okumoto, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, as ações de
prevenção e combate ao mosquito devem ser constantes, para manter baixos os
índices de infestação, sobretudo no período de maior proliferação do Aedes aegypti.
“O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas ações
de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período
mais frio do ano. (...) Assim será possível manter a redução do número de casos”,
alertou.
Do total de municípios
avaliados 4.933 fizeram o LIRAa e 258 por armadilha. A metodologia da
armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou
inexistente. Já o LIRAa é um instrumento fundamental para o monitoramento e controle
do vetor e das doenças. O objetivo é fazer com os municípios possam planejar as
ações de combate e controle do mosquito com maior eficácia, em especial nas
cidades em risco e em alerta. É com base nos resultados desse levantamento que
o gestor pode identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do
mosquito, assim como qual o tipo de criadouro predominante.
A pesquisa identificou
ainda os principais tipos de criadouros do Aedes aegypti. Na região nordeste, o
armazenamento inadequado de água no nível doméstico, através de tonel e barril,
é a principal forma de proliferação o mosquito. Nas regiões norte, sul e centro
oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes
plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Já no Sudeste
predominaram os depósitos móveis, como vasos/frascos com água, pratos e
garrafas retornáveis.
Com o aparecimento do
vírus zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações
neurológicas, o Governo Federal tem se mobilizado e acionado órgãos federais,
estados e municípios para a implantação de ações contínuas para o combate ao
vetor e o monitoramento da situação epidemiológica. Para 2018, o Minsitério
da Saúde prevê um orçamento de R$ 1,9 bilhão para essa finalidade. O recurso será
destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e
chikungunya.
Casos
de Dengue, Zika e Chikungunya
Em 2018, até 21 de abril,
foram registrados 101.863 casos prováveis de dengue, 29.675 de febre
chikungunya e 2.985 casos de Zika no país. Em comparação ao mesmo período do
ano passado, houve uma redução de 20% (128.730) para os casos de dengue, 65% (86.568)
para febre chikungunya e 70% (10.286) nos casos de zika.
Em relação aos óbitos
também houve uma redução significativa. De 72 óbitos em 2017 para 40 em 2018 por
dengue (44%). No mesmo período do ano passado foram 83 mortes por chikungunya e
apenas 4 esse ano. Em relação à zika, apenas um óbito confirmado em 2018.
Resultado
das capitais
Participaram do monitoramento
22 capitais, 20 realizaram o LIRAa, 2 fizeram por armadilha, porém 5 delas não
enviaram informações (Boa Vista, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e
Campo Grande). Os municípios de Natal e Porto Alegre realizaram levantamento
por armadilha.
Capitais
com índice satisfatório
São Paulo (SP)
João Pessoa (PB)
Aracaju (SE)
Capitais
em situção de risco
Cuiabá (MT)
Rio Branco (AC)
Capitais
em situção de alerta
Rio de Janeiro (RJ)
Fortaleza (CE)
Porto Velho (RO)
Palmas (TO)
Maceió (AL)
Salvador (BA)
Teresina (PI)
Recife (PE)
Brasília (DF)
Vitória (ES)
São Luis (MA)
Belém (PA)
Macapá (AP)
Manaus (AM)
Goiânia (GO)
Fonte:
Ministério da Saúde
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