sábado, 26 de maio de 2018

Anvisa libera registro de genérico inédito para tratamento da hepatite C



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na última segunda-feira (21/05) a aprovação do registro de um medicamento genérico inédito para o tratamento da Hepatite C. A medicação será utilizada no tratamento das infecções causadas pela forma crônica da doença.
De acordo com o hepatologista Tibério Medeiros, a aprovação desse genérico é de suma importância para o ampliar o tratamento da doença no país. "É fundamental para diminuir custos e ampliar o acesso pelo SUS", afirmou o especialista. 
O Sofosbuvir (nome do genérico) atua como inibidor de enzima essencial para a multiplicação do vírus no organismo humano. Segundo a Anvisa, o novo registro vai reduzir os custos do tratamento, uma vez que os genéricos entrarão no mercado com cerca de 35% a menos no valor em relação ao produto original (Sovaldi). O registro foi concedido pela agência à empresa Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A.
A Hepatite C
A hepatite C é uma doença silenciosa, causada pelo vírus C das hepatites virais, que só apresenta sintomas na fase avançada. Trata-se de uma inflamação no fígado que pode evoluir para cirrose ou câncer. Segundo dados do Ministério da Saúde, existem 135 mil pessoas diagnosticados com hepatite C no País. As estatísticas registradas nos últimos anos indicam o surgimento de 13 casos para cada 100 mil habitantes por ano no Brasil.
Forma mais severa entre as hepatites virais, a hepatite C tem 80% de chance de ser tornar crônica após ser contraída e causar cicatrizes no fígado, incapacitando a função adequada do órgão. Na fase avançada podem aparecer sintomas como cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da urina escura e fezes claras.
O SUS disponibiliza o tratamento através de medicamentos desde 2002, contudo, só com os avanços recentes passou-se a se falar em cura total para a Hepatite C. Após a confirmação da doença, podem ser realizados testes para verificar a função do órgão e identificar se existe algum dano. O tratamento dependerá da condição do fígado, mas, em geral, as pessoas só descobrem o vírus quando a doença já se tornou crônica e com danos ao órgão. 
A principal causa de transmissão da doença se dá pelo contato direto com o sangue de uma pessoa contaminada (transfusão de sangue e hemoderivados, sexo desprotegido e compartilhamento e objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates e tesouras). O contágio também pode ocorrer através do sexo desprotegido e compartilhamento de objetos pessoais como escovas de dente.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário