O Ministério da Saúde
confirmou que o estado do Amazonas está com surto de sarampo. Até o dia 20 de
junho, foram confirmados 263 casos, outros 1.368 permanecem em investigação e
125 foram descartados. Ao todo, foram notificados 1.756 casos no estado, sendo
82,1% (1.441) em Manaus. O Ministério afirma que a situação é preocupante e
reforça a importância da vacinação contra a doença, 487 mil doses da vacina foram
encaminadas ao estado. Em Roraima foram notificados 412 casos, sendo 200 confirmados,
177 ainda sob investigação e 35 descartados. Desses, apenas dois evoluíram para
óbito associado a comorbidades.
A pasta antecipou a
campanha de vacinação contra sarampo nesses estados para os meses de março e
abril deste ano, a ação estava prevista apenas para agosto em todo território
nacional. De janeiro a junho deste ano, foram enviadas 711,4 mil doses da
vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para atender a demanda de
rotina e para a realização de campanhas, ações de controle e prevenção nesses
estados.
Além da imunização, o
governo está adotando medidas para impedir que o vírus volte a circular de
forma sustentada no Brasil, por meio de treinamentos de equipes técnicas nos
dois estados. Além disso, o governo tem capacitado os profissionais de saúde
sobre a doença e ações de vigilância epidemiológica. O objetivo é orientar
as ações para o enfrentamento da situação, bem como torná-los aptos a atuarem
em casos suspeitos.
Entre 2013 e 2015, foram
registrados 1.310 casos da enfermidade no Brasil, decorrentes de pacientes
vindos de outros países, a maioria deles nos estados de Pernambuco e Ceará. Em
2016, o país recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do
sarampo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O governo brasileiro vem
atuando de maneira enérgica através do fortalecimento da vigilância
epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização para manter
o certificado.
Sarampo
O sarampo é uma doença
infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente
com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse,
irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que avançam
em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques
(convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus pode
atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Mais
comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais grave em recém-nascidos,
desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências.
A transmissão se dá por
meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções
respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta
febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e
dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
A única forma de
prevenção é a vacina e os principais grupos de risco são pessoas de seis meses
a 39 anos de idade. Na fase adulta, os mais sucetíveis são trabalhadores de
portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo, devido à maior
exposição a indivíduos de outros países. As crianças devem tomar duas doses da vacina
combinada contra rubéola, sarampo e caxumba, conhecida como tríplice viral, a
primeira dose com um ano e a segunda entre quatro e seis anos.
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