quinta-feira, 5 de julho de 2018

Surto de sarampo no Amazonas preocupa autoridades


O Ministério da Saúde confirmou que o estado do Amazonas está com surto de sarampo. Até o dia 20 de junho, foram confirmados 263 casos, outros 1.368 permanecem em investigação e 125 foram descartados. Ao todo, foram notificados 1.756 casos no estado, sendo 82,1% (1.441) em Manaus. O Ministério afirma que a situação é preocupante e reforça a importância da vacinação contra a doença, 487 mil doses da vacina foram encaminadas ao estado. Em Roraima foram notificados 412 casos, sendo 200 confirmados, 177 ainda sob investigação e 35 descartados. Desses, apenas dois evoluíram para óbito associado a comorbidades. 
A pasta antecipou a campanha de vacinação contra sarampo nesses estados para os meses de março e abril deste ano, a ação estava prevista apenas para agosto em todo território nacional. De janeiro a junho deste ano, foram enviadas 711,4 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para atender a demanda de rotina e para a realização de campanhas, ações de controle e prevenção nesses estados. 
Além da imunização, o governo está adotando medidas para impedir que o vírus volte a circular de forma sustentada no Brasil, por meio de treinamentos de equipes técnicas nos dois estados. Além disso, o governo tem capacitado os profissionais de saúde sobre a doença e ações de vigilância epidemiológica. O objetivo é orientar as ações para o enfrentamento da situação, bem como torná-los aptos a atuarem em casos suspeitos.
Entre 2013 e 2015, foram registrados 1.310 casos da enfermidade no Brasil, decorrentes de pacientes vindos de outros países, a maioria deles nos estados de Pernambuco e Ceará. Em 2016, o país recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O governo brasileiro vem atuando de maneira enérgica através do fortalecimento da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização para manter o certificado.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse, irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que avançam em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Mais comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais grave em recém-nascidos, desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências.
A transmissão se dá por meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas. 
A única forma de prevenção é a vacina e os principais grupos de risco são pessoas de seis meses a 39 anos de idade. Na fase adulta, os mais sucetíveis são trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo, devido à maior exposição a indivíduos de outros países. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba, conhecida como tríplice viral, a primeira dose com um ano e a segunda entre quatro e seis anos.


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