Entre os dias 6 e 31 de agosto,
Pernambuco realizará a campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo no
estado, com o Dia D no dia 18. A
iniciativa é da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE) e integra a
Campanha Nacional de Vacinação lançada pelo Ministério da Saúde. O objetivo é
imunizar 95% do público-alvo, que são crianças entre 1 ano e menores de 5 (4
anos, 11 meses e 29 dias), independente da situação vacinal.
Em Pernambuco, foram
registrados 199 casos de sarampo em 2013 e 27 em 2014, último
ano de ocorrência. Mas, o vírus já está em circulação no Brasil, com a
confirmação de vários casos na região Norte este ano, abrindo um alerta
para o surgimento em outras regiões devido à circulação de pessoas entre os
estados.
Para a campanha estadual,
a SES/PE firmou uma parceria com a Sociedade de Pediatria de Pernambuco para
reforçar a cobertura vacinal durante o período. “Nós acreditamos que o pediatra
é fundamental na tentativa de reverter as baixas taxas de cobertura no país
todo, e especialmente em Pernambuco. Pensando nisso, a Sociedade de Pediatria
está se colocando a disposição da SES e das coordenações municipais. Os
pediatras estarão de plantão todo mês de agosto ajudando na conferência dos
cartões e recomendando vacinas necessárias. No Dia D, nossa estratégia é dispor
de pediatras que atuarão diretamente nas salas de vacinação da cidade do
Recife. A expectativa é que cerca de 200 profissionais participem do Dia D, e
cerca de 600 para toda a campanha”, reforça Eduardo Jorge Fonseca, presidente
da Sociedade.
A vacina contra a
poliomielite deve ser tomada em bebês aos 2, 4 e 6 meses, na forma injetável,
além dos 15 meses e 4 anos, da forma oral. “As crianças precisam completar o
esquema para estar imunizada. Os meninos e meninas vacinados com a dose oral
ainda produzem o que chamamos de ‘imunidade de rebanho’, já que eles espalham
no ambiente o vírus vacinal, o que ajuda numa imunização coletiva”, frisa Ana
Catarina, coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES/PE.
Já para evitar o sarampo,
a indicação é utilizar a vacina tríplice viral, que previne também contra
rubéola e caxumba. Ela deve ser aplicada em crianças com 12 meses, com um
reforço aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Crianças
acima de 2 anos, jovens e adultos até os 29 anos e profissionais de saúde não
vacinados anteriormente ou que não lembram se foram imunizados, devem tomar
duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Já os
adultos entre 30 e 49 anos, na mesma situação, devem tomar uma dose da
tríplice.
A SES/PE enfatiza ainda
que a campanha nacional indiscriminada é apenas para crianças de 1 a menores de
5 anos. Os demais só devem tomar a vacina contra o sarampo na rotina, caso não
tenham completado o esquema ou não saibam.
Sarampo
O sarampo é uma doença
infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente
com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse,
irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que
avançam em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia,
ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus
pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no
encéfalo. Mais comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais
grave em recém-nascidos, desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de
imunodeficiências.
A transmissão se dá por
meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções
respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta
febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e
dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
Poliomielite
A Poliomielite é uma
doença viral altamente contagiosa que acomete, principalmente, crianças
pequenas. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se
multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas pessoas
infectadas não apresentam sintomas, mas espalham o vírus através de suas fezes
e, com isso, podem disseminar a infecção.
Os sintomas iniciais da
poliomielite incluem febre, fadiga, dor de cabeça, vômitos, rigidez do pescoço
e dor nos membros. Em alguns casos, a doença causa paralisia, que geralmente é
permanente e a única maneira de prevenir é através da imunização. A falta de
saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária
constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
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