terça-feira, 17 de julho de 2018

Pernambuco adere à campanha nacional de vacinação contra poliomielite e sarampo



Entre os dias 6 e 31 de agosto, Pernambuco realizará a campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo no estado, com o Dia D no dia 18. A iniciativa é da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE) e integra a Campanha Nacional de Vacinação lançada pelo Ministério da Saúde. O objetivo é imunizar 95% do público-alvo, que são crianças entre 1 ano e menores de 5 (4 anos, 11 meses e 29 dias), independente da situação vacinal. 
Em Pernambuco, foram registrados 199 casos de sarampo em 2013 e 27 em 2014, último ano de ocorrência. Mas, o vírus já está em circulação no Brasil, com a confirmação de vários casos na região Norte este ano, abrindo um alerta para o surgimento em outras regiões devido à circulação de pessoas entre os estados. 
Para a campanha estadual, a SES/PE firmou uma parceria com a Sociedade de Pediatria de Pernambuco para reforçar a cobertura vacinal durante o período. “Nós acreditamos que o pediatra é fundamental na tentativa de reverter as baixas taxas de cobertura no país todo, e especialmente em Pernambuco. Pensando nisso, a Sociedade de Pediatria está se colocando a disposição da SES e das coordenações municipais. Os pediatras estarão de plantão todo mês de agosto ajudando na conferência dos cartões e recomendando vacinas necessárias. No Dia D, nossa estratégia é dispor de pediatras que atuarão diretamente nas salas de vacinação da cidade do Recife. A expectativa é que cerca de 200 profissionais participem do Dia D, e cerca de 600 para toda a campanha”, reforça Eduardo Jorge Fonseca, presidente da Sociedade.
A vacina contra a poliomielite deve ser tomada em bebês aos 2, 4 e 6 meses, na forma injetável, além dos 15 meses e 4 anos, da forma oral. “As crianças precisam completar o esquema para estar imunizada. Os meninos e meninas vacinados com a dose oral ainda produzem o que chamamos de ‘imunidade de rebanho’, já que eles espalham no ambiente o vírus vacinal, o que ajuda numa imunização coletiva”, frisa Ana Catarina, coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES/PE. 
Já para evitar o sarampo, a indicação é utilizar a vacina tríplice viral, que previne também contra rubéola e caxumba. Ela deve ser aplicada em crianças com 12 meses, com um reforço aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Crianças acima de 2 anos, jovens e adultos até os 29 anos e profissionais de saúde não vacinados anteriormente ou que não lembram se foram imunizados, devem tomar duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Já os adultos entre 30 e 49 anos, na mesma situação, devem tomar uma dose da tríplice.
A SES/PE enfatiza ainda que a campanha nacional indiscriminada é apenas para crianças de 1 a menores de 5 anos. Os demais só devem tomar a vacina contra o sarampo na rotina, caso não tenham completado o esquema ou não saibam.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse, irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que avançam em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Mais comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais grave em recém-nascidos, desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências.
A transmissão se dá por meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas. 
Poliomielite
A Poliomielite é uma doença viral altamente contagiosa que acomete, principalmente, crianças pequenas. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas, mas espalham o vírus através de suas fezes e, com isso, podem disseminar a infecção. 
Os sintomas iniciais da poliomielite incluem febre, fadiga, dor de cabeça, vômitos, rigidez do pescoço e dor nos membros. Em alguns casos, a doença causa paralisia, que geralmente é permanente e a única maneira de prevenir é através da imunização. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

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