quinta-feira, 19 de julho de 2018

Julho Verde: Recife sedia evento de prevenção contra tumores de cabeça e pescoço



No dia 25 de julho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) promoverá palestra de prevenção de tumores como parte da Campanha Julho Verde, com o intuito de alertar para a importância do diagnóstico precoce. No evento, que acontecerá no Hospital Esperança Recife, às 19 horas, será abordado o tema “Uso prático da classificação TIRADS na ultrassonografia dos nódulos de tireoide”, debatido pelo radiologista Fernando Amaral.
Por ano, são registrados 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Entre os principais tipos estão pele, boca, orofaringe, laringe e tireoide. Nas mulheres, a incidência de câncer de tireoide é quatro vezes maior do que nos homens, devido, principalmente, a questões hormonais. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que este ano sejam diagnosticados 14.700 novos casos de câncer de boca, com uma mortalidade de 5.400 pacientes. Já o câncer de laringe deve afetar 7.670, podendo fazer 4.100 vítimas fatais.
A intenção é alertar sobre o câncer de pele, pois é o tipo com maior prevalência no Brasil, em decorrência de as regiões da cabeça e do pescoço  permanecerem por mais tempo expostas ao sol. Além dos fatores genéticos, o surgimento de tumores também está ligado a fatores externos, como cigarro, bebidas alcoólicas e a infecção pelo papilomavírus (HPV). A SBCCP tem alertado para o aumento do número de casos de tumores ligados ao HPV.
“Quanto aos pacientes que não eram fumantes ou faziam uso de bebidas alcoólicas, achava-se que eles não tinham um fator de causa do câncer, ou seja, que poderia haver uma causa genética. Hoje, com os marcadores biológicos, sabe-se que o fator principal desses pacientes que não fumam e não bebem é o HPV, ou seja, o sexo sem proteção”, explica o chefe do setor de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Esperança Recife, Leonardo Arcoverde.
A maior incidência de câncer por fatores externos ocorre em pessoas com mais de 40 anos. O tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico. “O câncer de cabeça e pescoço é um dos que mais gera impactos sociais, devido às sequelas impostas pela doença, relacionadas à fala, respiração, alimentação e alterações na aparência do indivíduo, comprometendo seriamente a sua inclusão social”, explica Luciana Arcoverde, presidente da Sociedade Pernambucana de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
O acompanhamento pode ser feito com especialistas em cirurgia de cabeça e pescoço. Outras especialidades médicas também dialogam com os cirurgiões, como endocrinologistas, cirurgiões bucomaxilofaciais, otorrinolaringologistas e ginecologistas.
No último dia 11 de julho, a SBCCP também realizou ações que integram a campanha em parceria com a Oncologia D’Or, com os temas “Tratamento adjuvante do melanoma” e “Tratamento local do melanoma de cabeça e pescoço”.

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