No dia 25 de julho, a
Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) promoverá palestra
de prevenção de tumores como parte da Campanha Julho Verde, com o intuito de alertar
para a importância do diagnóstico precoce. No evento, que acontecerá no Hospital
Esperança Recife, às 19 horas, será abordado o tema “Uso prático da classificação
TIRADS na ultrassonografia dos nódulos de tireoide”, debatido pelo radiologista
Fernando Amaral.
Por ano, são registrados
41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Entre os principais
tipos estão pele, boca, orofaringe, laringe e tireoide. Nas mulheres, a
incidência de câncer de tireoide é quatro vezes maior do que nos homens,
devido, principalmente, a questões hormonais. O Instituto Nacional de Câncer
(Inca) estima que este ano sejam diagnosticados 14.700 novos casos de câncer de
boca, com uma mortalidade de 5.400 pacientes. Já o câncer de laringe deve
afetar 7.670, podendo fazer 4.100 vítimas fatais.
A intenção é alertar
sobre o câncer de pele, pois é o tipo com maior prevalência no Brasil, em
decorrência de as regiões da cabeça e do pescoço permanecerem
por mais tempo expostas ao sol. Além dos fatores genéticos, o surgimento de
tumores também está ligado a fatores externos, como cigarro, bebidas alcoólicas
e a infecção pelo papilomavírus (HPV). A SBCCP tem alertado para o aumento do
número de casos de tumores ligados ao HPV.
“Quanto aos pacientes que
não eram fumantes ou faziam uso de bebidas alcoólicas, achava-se que eles não
tinham um fator de causa do câncer, ou seja, que poderia haver uma causa
genética. Hoje, com os marcadores biológicos, sabe-se que o fator principal
desses pacientes que não fumam e não bebem é o HPV, ou seja, o sexo sem
proteção”, explica o chefe do setor de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital
Esperança Recife, Leonardo Arcoverde.
A maior incidência de
câncer por fatores externos ocorre em pessoas com mais de 40 anos. O
tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico. “O câncer de cabeça e pescoço é
um dos que mais gera impactos sociais, devido às sequelas impostas pela doença,
relacionadas à fala, respiração, alimentação e alterações na aparência do
indivíduo, comprometendo seriamente a sua inclusão social”, explica Luciana
Arcoverde, presidente da Sociedade Pernambucana de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
O acompanhamento pode ser
feito com especialistas em cirurgia de cabeça e pescoço. Outras especialidades
médicas também dialogam com os cirurgiões, como endocrinologistas, cirurgiões
bucomaxilofaciais, otorrinolaringologistas e ginecologistas.
No último dia 11 de
julho, a SBCCP também realizou ações que integram a campanha em parceria com a Oncologia
D’Or, com os temas “Tratamento adjuvante do melanoma” e “Tratamento local do
melanoma de cabeça e pescoço”.
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário