quinta-feira, 7 de junho de 2018

Campanha de vacinação da gripe prorrogada até 15 de junho


Crianças e gestantes são as que têm menor adesão na campanha deste ano
A 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve início dia 23 de abril e a previsão era encerrar em 1º de junho, no entanto, o Ministério da Saúde decidiu prorrogar o prazo até 15 de junho. O intuito é atingir a meta de imunizar no mínimo 90% do público-alvo da campanha e, com isso, reduzir as internações, complicações e mortes em decorrência das infecções pelo vírus da influenza. A vacina oferecida esse ano protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. 
Durante visita ao Estado, no dia 1º de junho, o ministro da Saúde Gilberto Occhi destacou a importância da prorrogação do prazo. “Nós vamos prorrogar o período da vacinação da gripe, porque é importante que o cidadão brasileiro tenha a consciência de que a prevenção é a melhor medida para se ter saúde”, ressaltou o ministro.
O titular da pasta falou ainda da necessidade da população comparecer aos postos até o final da campanha, sobretudo, as crianças que têm a menor adesão. Segundo o ministério, no ano passado, os idosos atingiram a marca de 97% de imunizados contra a gripe, já o público infantil alcançou apenas 75% do total. 
“É importante que o cidadão tenha a consciência que ele deve ir procurar um local para se vacinar, porque é dessa maneira que ele protege a si e aos seus. Digo isso, muito voltado para pais de crianças até cinco anos de idade que precisam ser vacinadas e que o nosso percentual de adesão a vacinação dessas crianças é muito menor que os idosos. Os idosos, talvez, com o tempo vêm se tornando cada vez mais conscientes e cada vez mais preocupados em viver com qualidade vão se vacinar, as crianças, talvez a falta de acesso e informação, elas dependem de seus responsáveis para irem se vacinar”, reforçou Gilberto Occhi.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), mais de 600 mil pessoas ainda precisam ser vacinadas. Até o momento, apenas os grupos formados pelas puérperas (mulheres que tiveram filho até 45 dias) e da população indígena atingiram a meta, com 98,1% e 93%, respectivamente. Em contrapartida, os públicos formados pelas crianças de 6 meses a menores de 5 anos e as gestantes estão com as menores coberturas no Estado 62,1% e 74,5%, respectivamente.
Por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), serão vacinadas as pessoas que integram os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, que serão entregues em etapas aos estados. A indicação também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe.
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação.
REAÇÃO ADVERSA
A reação adversa após a aplicação da vacina é rara, mas pode ocorrer dor, vermelhidão e endurecimento no local. No entanto, essas manifestações são consideradas benignas e costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. 
CASOS DA DOENÇA
A SES informou ainda que, até 26 de maio, Pernambuco registrou 842 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), quadro que pode ser provocado por diversos agentes (vírus, bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado ao desconforto respiratório. Do total de casos, 26 tiveram resultado laboratorial confirmado para gripe A(H1N1), 14 para o vírus A(H3N2) e 1 para vírus sincicial respiratório (VSR). 
No mesmo período de 2017, foram 953 casos de SRAG, com 64 confirmações para gripe A(H3N2), 21 do vírus B, 3 VSR e 1 para influenza1. Em 2018, também foram registrados 6 óbitos de SRAG com resultados laboratoriais confirmados, 5 de influenza A(H1N1) e 1 de influenza A(H3N2).


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