A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) autorizou o reajuste dos planos de saúde médico-hospitalares individuais
e familiares com a taxa máxima de 10% para os próximos 12 meses. O anúncio foi
feito na tarde de segunda-feira (11/06) durante a 487ª reunião da diretoria do
colegiado. O reajuste é menor que os aplicados nos últimos 3 anos, que ficaram
em torno de 13%.
Durante a reunião, Karla
Santa Cruz Coelho, diretora de normas e habilitação de produtos, apresentou uma
proposta de reajuste de 13,3%, tomando como base a média dos pleitos
apresentados pelas operadoras dos planos. No entanto, os outros diretores da
ANS preferiram utilizar a metodologia chamada de moda, que opta pelo percentual
mais comum entre as demandas apresentadas. A proposta já foi aprovada pela
diretoria, mas ainda aguarda o parecer da Secretaria de Promoção da
Competitividade do Ministério da Fazenda para ser divulgada.
De acordo com Elano
Figueiredo, advogado especialista em saúde, o reajuste sempre foi mal explicado
e por isso os usuários não entendem como funciona. “Querem comparar os índices
gerais de preços com o da saúde. Não é possível. Na saúde há incorporação de
novas tecnologias, novos tratamentos e quanto mais avança a medicina, mais caro
fica seu custo. Então não se pode comparar com a inflação”, analisa.
O advogado enfatiza que a
evolução da tecnologia na área de saúde e as fraudes no sistema de prescrição
tornam o custo mais elevado e complexificam ainda mais a questão do reajuste. “Veja
como exemplo a evolução dos exames por imagem. Depois do raio-x, veio a
tomografia e depois a ressonância, agora o Pet-scan. Todos são acumulativos,
continua existindo o raio-x. Ainda mais, vejo muita fraude nas prescrições
médicas. Muita mesmo. Próteses, tratamentos experimentais, falsos
especialistas, internações psiquiátricas fraudulentas, isto também contribui
para o aumento do custo. E o consumidor sai prejudicado”, avalia.
Em caso de dúvidas, os
consumidores podem entrar em contato com a Agência por meio de seus canais de
atendimento, o disque ANS (0800 701 9656), a central de atendimento ao
consumidor (www.ans.gov.br),
e/ou pessoalmente em um dos 12 núcleos de atendimento existentes nas cinco
regiões do país.
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