Por
Rebeka Gonçalves
Basta
um dia estressante, uma noite mal dormida ou muitas horas sem se alimentar, e
já aparece o incômodo da dor de cabeça. São mais de 150 tipos já identificados,
de acordo com estudos da Sociedade Internacional de Cefaleia e da Sociedade
Brasileira de Cefaleia. Entre eles, um dos mais conhecidos é a enxaqueca, que
vai além de um simples desconforto e interfere na qualidade de vida de quem
precisa aprender a conviver com o problema.
A
enxaqueca afeta 18% da população, algo em torno de 31 milhões de pessoas, a
maioria na faixa dos 25 aos 45 anos, e pode ser herdada, como explica a
neurologista, Ana Melo: “A enxaqueca é uma dor de cabeça que tem como
características ser latejante de um lado só da cabeça e piora com a luz e o
barulho, pode também ter o enjoo associado”, explica a médica.
Entre
as mulheres, o problema chega a até 25%, mais que o dobro da prevalência entre
os homens, segundo o Ministério da Saúde. O incômodo é facilmente confundido
com a de uma dor de cabeça comum, mas varia de moderada à forte, com duração de
4 a 72 horas, e em crianças cerca de uma hora. Pode ser desencadeada pelo
esforço físico, pelo jejum, por alguns tipos de comida, variando por pessoa,
pela privação do sono, além de outros fatores como ruído, iluminação excessiva,
calor e ambientes fechados.
O
diagnóstico é clínico e baseado em critérios estabelecidos pela Sociedade
Internacional de Cefaleia, os quais englobam todos os sintomas acima
mencionados. A especialista também enfatiza o risco da automedicação: “Como é
uma dor importante, muitas vezes, os pacientes tomam analgésicos continuamente
e isto modifica a dor, tornando-a crônica”, alerta Ana Melo.
O
tratamento pode ser apenas com analgésicos comuns, se as dores forem
esporádicas, ou pode ser feita por meio de medicações que previnam a dor.
“Usamos medicações antidepressivas, anticonvulsivantes e alguns
antivertiginosos. Os exames de imagem são solicitados apenas nos casos de dor
com sinais de alarme, como algum sintoma neurológico, dor de características
diferentes do habitual, dor de início súbito ou presença de crises”, acrescenta
a neurologista.
A
assistente administrativa, Renata Teixeira falou sobre o que passa com a
enxaqueca: “Não posso comer fritura que já começo a sentir dor de cabeça e
vontade de vomitar. Já deixei de resolver compromissos por conta da enxaqueca.
Tenho ela desde os oito anos de idade”, relatou.
A
neurologista ressalta que o tratamento da enxaqueca é multidisciplinar, ou
seja, nutricional, comportamental, medicamentoso e, até mesmo, físico: “A enxaqueca
não tem cura, ela tem controle e é possível com a correção de hábitos
alimentares, higiene do sono e a prática de exercícios físicos para a dor
esporádica ou crônica”.
Confira seis formas de evitar remédio,
quando a dor não for crônica e a crise não está intensa:
1-
Identifique e evite o que desencadeia a enxaqueca (estresse, jejum, má
qualidade do sono e fatores genéticos ou hormonais).
2-
Tente desestressar. Fazer uma pausa de vez em quando é o ideal.
3-
Pratique atividade física: ela contribui para a vascularização do crânio, o que
evita episódios e atenua as dores da crise.
4-
Durma para diminuir a dor: relaxar ou apenas deitar-se no escuro pode reduzir o
estresse e interromper ações do cérebro que desencadeiam a dor.
5-
Faça compressa: o gelo pode ajudar.
6-
Saiba a hora de procurar um médico: se as dores estão muito fortes, é
importante tomar a medicação adequada.
Hospitais Públicos em PE que oferecem
o atendimento de neurologia
Hospital Regional do Agreste Dr.
Waldemiro Ferreira
Endereço:
Br-232, Km 130, S/N, Indianópolis – Caruaru/PE
Tel:
(81) 3719.9400
Hospital Metropolitano Oeste
–Pelópidas Silveira
Endereço:
Br-232, Km 06, Curado – Recife/PE
Tel:
(81) 3183.0300
Hospital Getúlio Vargas
Endereço:
Av. General San Martin, S/N, Cordeiro – Recife/PE
Tel:
(81) 3184.5600
Marcação
de consulta: Segunda a sexta, das 7h às 17h, no próprio ambulatório. Marcação
apenas presencial.
Hospital da Restauração
Endereço:
Avenida Agamenon Magalhães, S/N, Derby – Recife/PE
Tel:
(81) 3181.5400
Ambulatório
apenas para pacientes encaminhados do próprio hospital.
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