Na última quinta-feira
(21/06), a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) divulgou que Pernambuco contará com um Comitê Técnico Gestor
da Hanseníase. O objetivo é unificar o tratamento dos casos mais complexos da
doença, além de implementar comissões de debate sobre o tema. O lançamento do
comitê foi feito durante o encerramento do I Seminário de Experiências e
Inovações da Vigilância em Saúde, que aconteceu no Mar Hotel Conventions,
em Recife.
A hanseníase é uma doença
infecciosa transmitida pelo bacilo M. leprae, bactéria que ataca o sistema
nervoso periférico e provoca alterações de sensibilidade ao frio/calor, ao tato
e à dor. Ela pode ficar encubada por um período de 5 a 10 anos, podendo evoluir
para perda de força muscular das mãos, pés e olhos. No ano passado, Pernambuco registrou 2.391 casos novos de hanseníase. Desses, 192 foram em menores de 15
anos.
De acordo com Monique
Lira, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, o comitê
servirá para discussão científica da doença e para integrar os profissionais
dos centros de referência no estado. "A junção das experiências dos
profissionais diretamente envolvidos na detecção e controle da doença
contribuirá bastante para o direcionamento dos casos. O Comitê fortalecerá a
nossa política de controle da hanseníase para todo o estado", afirma.
O tratamento é realizado
através de poliquimioterapia e é fornecido gratuitamente pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) por meio dos postos de
saúde. O paciente deve tomar uma medicação por mês na unidade de saúde e as
demais em casa. Os casos mais graves, com complicações, devem ser tratados nas
unidades de referência.
Pernambuco possui dois
hospitais que são referências secundárias no atendimento aos pacientes com
hanseníase, o Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, e o
Hospital Geral da Mirueira, em Paulista.
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