A
asma é mais prevalente em crianças, adolescentes e adultos jovens
A asma é uma doença
inflamatória crônica das vias aéreas e é uma das doenças respiratórias mais
prevalentes na população. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca
que 235 milhões de pessoas são portadores da enfermidade. Em termos de Brasil,
uma pesquisa do Ministério da Saúde/IBGE indica que 6,4 milhões de brasileiros
acima de 18 anos têm asma. Já de acordo com o estudo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies
in Childhood), a estimativa é que a prevalência em crianças e adolescentes
seja em torno de 20% no país.
Também conhecida como
bronquite ou bronquite asmática, a asma tem como principal característica a
dificuldade de respirar quando a pessoa é exposta a agentes alergênicos. De
acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), ela é
responsável po 2 mil mortes de adultos e crianças anualmente. Pode ser
desencadeada pelo esforço físico e um dos fatores que contribuem para os óbitos
é a falta de informação.
A asma acomete, principalmente,
crianças e adultos jovens e está associada a fatores genéticos e ambientais. Os
principais sintomas são tosse, cansaço, falta de ar e chiado no peito, eles podem
aparecer juntos ou isoladamente. A tosse crônica ou a falta de ar durante a
prática de exercícios físicos também podem ser sintomas da doença. O tabagismo
ou a exposição à fumaça do cigarro também irrita as vias aéreas e deixa
pequenas cicatrizes, sendo responsável por muitas inflamações.
Alguns fatores ambientais
que podem desencadear a asma são a exposição à poeira, aos ácaros e fungos, às
variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial
respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e
resfriado, respectivamente).
De acordo com Luiz Alexandre
Ribeiro, alergologista e imunologista da Alergoimuno, o tratamento é realizado
através do uso de bombinhas, corticóides e, nos casos mais graves, através de terapia
imunobiológica. “O maior avanço no tratamento da asma hoje é a terapia
imunobiológica porque ela vai na base do problema. Essa terapia é feita a
partir de anticorpos monoclonais. São remédios feitos através de engenharia
genética que são utilizados para bloquear alguns genes defeituosos que estão
relacionados com a doença”, destaca.
Esse tratamento já existe
no Brasil, porém o grande problema é o alto custo e a dificuldade de acesso através
do Sistema Único de Saúde (SUS). Luiz Alexandre afirma que a maioria dos
pacientes com asma não precisa desse tipo de tratamento, porque eles têm asma
leve ou moderada, apenas cerca de 3 a 5% dos asmáticos mais graves precisam de tratamento
com imunobiológico.
O especialista relata que
a medicina personalizada é um grande avanço no tratamento da asma. “Antigamente,
se tratava os pacientes de forma igual de acordo com os sintomas. Então, tosse,
cansaço, chiado é asma e todo mundo tratava igual, só que ao longo do tempo a
gente começou a ver que alguns pacientes respondiam bem a bombinha e outros
não, uns respondiam bem ao corticoide e outros não. Então, passou-se a estudar
o fenótipo da doença, ou seja, apesar de todos apresentarem o fenótipo de tossir,
cansar e chiar, nem todo mundo vai desenvolver a doença de maneira igual. Esse
tipo de estudo permite a gente tratar com mais precisão a gênese da doença de
cada paciente especificamente”, ressalta Luiz Alexandre Ribeiro.
O alergologista enfatiza
ainda a importância da modificação do estilo de vida para ajudar no processo
terapêutico, como manter uma alimentação saudável, dormir bem, frequentar
locais abertos como parques e praias, diminuir a exposição ao tabaco e moderar
a ingestão de bebida alcoólica. Os esportes aeróbicos como correr, nadar, andar
de bicicleta também auxiliam na prevenção.
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