quinta-feira, 21 de junho de 2018

Asma: Ministério da Saúde estima que 6,4 milhões de brasileiros têm a doença


A asma é mais prevalente em crianças, adolescentes e adultos jovens
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e é uma das doenças respiratórias mais prevalentes na população. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca que 235 milhões de pessoas são portadores da enfermidade. Em termos de Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde/IBGE indica que 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm asma. Já de acordo com o estudo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood), a estimativa é que a prevalência em crianças e adolescentes seja em torno de 20% no país.
Também conhecida como bronquite ou bronquite asmática, a asma tem como principal característica a dificuldade de respirar quando a pessoa é exposta a agentes alergênicos. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), ela é responsável po 2 mil mortes de adultos e crianças anualmente. Pode ser desencadeada pelo esforço físico e um dos fatores que contribuem para os óbitos é a falta de informação.
A asma acomete, principalmente, crianças e adultos jovens e está associada a fatores genéticos e ambientais. Os principais sintomas são tosse, cansaço, falta de ar e chiado no peito, eles podem aparecer juntos ou isoladamente. A tosse crônica ou a falta de ar durante a prática de exercícios físicos também podem ser sintomas da doença. O tabagismo ou a exposição à fumaça do cigarro também irrita as vias aéreas e deixa pequenas cicatrizes, sendo responsável por muitas inflamações. 
Alguns fatores ambientais que podem desencadear a asma são a exposição à poeira, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente).
De acordo com Luiz Alexandre Ribeiro, alergologista e imunologista da Alergoimuno, o tratamento é realizado através do uso de bombinhas, corticóides e, nos casos mais graves, através de terapia imunobiológica. “O maior avanço no tratamento da asma hoje é a terapia imunobiológica porque ela vai na base do problema. Essa terapia é feita a partir de anticorpos monoclonais. São remédios feitos através de engenharia genética que são utilizados para bloquear alguns genes defeituosos que estão relacionados com a doença”, destaca.
Esse tratamento já existe no Brasil, porém o grande problema é o alto custo e a dificuldade de acesso através do Sistema Único de Saúde (SUS). Luiz Alexandre afirma que a maioria dos pacientes com asma não precisa desse tipo de tratamento, porque eles têm asma leve ou moderada, apenas cerca de 3 a 5% dos asmáticos mais graves precisam de tratamento com imunobiológico.
O especialista relata que a medicina personalizada é um grande avanço no tratamento da asma. “Antigamente, se tratava os pacientes de forma igual de acordo com os sintomas. Então, tosse, cansaço, chiado é asma e todo mundo tratava igual, só que ao longo do tempo a gente começou a ver que alguns pacientes respondiam bem a bombinha e outros não, uns respondiam bem ao corticoide e outros não. Então, passou-se a estudar o fenótipo da doença, ou seja, apesar de todos apresentarem o fenótipo de tossir, cansar e chiar, nem todo mundo vai desenvolver a doença de maneira igual. Esse tipo de estudo permite a gente tratar com mais precisão a gênese da doença de cada paciente especificamente”, ressalta Luiz Alexandre Ribeiro. 
O alergologista enfatiza ainda a importância da modificação do estilo de vida para ajudar no processo terapêutico, como manter uma alimentação saudável, dormir bem, frequentar locais abertos como parques e praias, diminuir a exposição ao tabaco e moderar a ingestão de bebida alcoólica. Os esportes aeróbicos como correr, nadar, andar de bicicleta também auxiliam na prevenção.

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