terça-feira, 26 de junho de 2018

ONU divulga estudo sobre o contrabando de drogas por migrantes



No dia 13 de junho, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgou um estudo que constata que 2,5 milhões de migrantes foram alvo do contrabando de drogas em 2016. Segundo a pesquisa, o tráfico ocorreu em todas as regiões do mundo e gerou renda de até 7 bilhões de dólares para os traficantes. O valor é equivalente ao que foi gasto em ajuda humanitária pelos Estados Unidos ou pelos países da União Europeia no mesmo ano.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), milhares de pessoas morrem decorrentes de atividades do contrabando de migrantes anualmente. Muitos morrem afogados, enquanto outros morrem devido a acidentes ou condições extremas. Segundo os registros, o Mediterrâneo parece ser a rota mais mortal, com cerca de 50% do total de mortes.
O estudo relata que existem 30 grandes rotas de tráfico em todo o mundo. Além disso, constata que os refugiados são alvo fácil dos criminosos por não conseguirem um meio legal para saírem de seus países de origem. Outro dado relevante é sobre o grande fluxo de crianças desacompanhadas que são mais suscetíveis ​​a fraudes e abusos por parte dos traficantes. De acordo com a pesquisa, em 2016, quase 34 mil crianças desacompanhadas e separadas chegaram à Europa (na Grécia, Itália, Bulgária e Espanha).
“Este crime transnacional ataca os mais vulneráveis ​​dos vulneráveis”, disse Jean-Luc Lemahieu, diretor de análise de políticas e assuntos públicos do UNODC. “É um crime global que requer ação global, incluindo melhor cooperação regional e internacional e respostas da justiça criminal nacional”, alerta.
De acordo com o departamento da ONU, combater o tráfico de migrantes requer uma abordagem que leve em conta não apenas a geografia do crime, mas também seus diferentes fatores. Entre eles o combate às redes de contrabando através de uma melhor cooperação regional e internacional. Bem como, tornar mais acessível a regularização dos refugiados, incluindo a expansão das agências de migração e asilo nas áreas de origem, o que reduziria as chances de ação dos criminosos.
Fonte: ONU/UNODC

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