No dia 13 de junho, o Escritório
das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgou um estudo que constata
que 2,5 milhões de migrantes foram alvo do contrabando de drogas em 2016. Segundo
a pesquisa, o tráfico ocorreu em todas as regiões do mundo e gerou renda de até
7 bilhões de dólares para os traficantes. O valor é equivalente ao que foi
gasto em ajuda humanitária pelos Estados Unidos ou pelos países da União
Europeia no mesmo ano.
Segundo a Organização
Internacional para as Migrações (OIM), milhares de pessoas morrem decorrentes de
atividades do contrabando de migrantes anualmente. Muitos morrem afogados,
enquanto outros morrem devido a acidentes ou condições extremas. Segundo os
registros, o Mediterrâneo parece ser a rota mais mortal, com cerca de 50% do
total de mortes.
O estudo relata que
existem 30 grandes rotas de tráfico em todo o mundo. Além disso, constata que os
refugiados são alvo fácil dos criminosos por não conseguirem um meio legal para
saírem de seus países de origem. Outro dado relevante é sobre o grande fluxo de
crianças desacompanhadas que são mais suscetíveis a fraudes e abusos por
parte dos traficantes. De acordo com a pesquisa, em 2016, quase 34 mil crianças
desacompanhadas e separadas chegaram à Europa (na Grécia, Itália, Bulgária e
Espanha).
“Este crime transnacional
ataca os mais vulneráveis dos vulneráveis”, disse Jean-Luc Lemahieu, diretor
de análise de políticas e assuntos públicos do UNODC. “É um crime global que
requer ação global, incluindo melhor cooperação regional e internacional e
respostas da justiça criminal nacional”, alerta.
De acordo com o
departamento da ONU, combater o tráfico de migrantes requer uma abordagem que
leve em conta não apenas a geografia do crime, mas também seus diferentes
fatores. Entre eles o combate às redes de contrabando através de uma melhor
cooperação regional e internacional. Bem como, tornar mais acessível a
regularização dos refugiados, incluindo a expansão das agências de migração e
asilo nas áreas de origem, o que reduziria as chances de ação dos criminosos.
Fonte:
ONU/UNODC
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