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Rússia registrou mais de 600 casos de sarampo no 1º trimestre deste ano
A Copa do Mundo 2018
acontecerá entre os dias 14 de junho e 15 de julho, na Rússia. Em virtude do
torneio, as viagens internacionais se intensificam nesse período. Por isso, a Organização
Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda a
todos que viajarão a atualização de todas as vacinas, sobretudo a tríplice
viral que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.
Esse tipo de orientação é
feita devido ao crescimento do fluxo de pessoas entre os países durante eventos
de massa, como a Copa do Mundo, que aumentam o risco de transmissão de doenças.
A OPAS orienta ainda que as pessoas devem se vacinar no mínimo 15 dias antes da
viagem. A estimativa é que a Copa de 2018 receberá cerca de 1 milhão de pessoas
de todo o mundo. A entidade alerta que dos 32 países participantes do evento,
28 registraram casos de sarampo este ano.
Desde abril deste ano,
por ocasião da Semana de Vacinação nas Américas, a OPAS vem ressaltando a necessidade
de mais ações para ampliar a proteção da população contra doenças evitáveis por
vacinação no contexto da Copa do Mundo de 2018. Na ocasião, 11 países confirmaram
o reforço nos programas de imunização contra o sarampo, atendendo assim 6
milhões de pessoas.
A região das Américas foi
declarada livre dos vírus endêmicos da rubéola em 2015 e do sarampo em 2016, graças
a um esforço de 22 anos, com ações de vacinação em massa para 450 milhões de
crianças, adolescentes e adultos com até 40 anos, entre 2003 e 2009. Contudo, No
entanto, todo esse empenho e as conquistas são colocados em risco com a
possibilidade de casos e surtos em outros países.
“Manter a eliminação do
sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita nas Américas requer uma
taxa de cobertura de vacinação de ao menos 95%, bem como ações rápidas para
detectar casos importados e quebrar a cadeia de transmissão”, afirmou Cuauhtémoc
Ruiz Matus, chefe da Unidade de Imunização Integral da Família da OPAS.
De acordo com o organismo
internacional, os casos de sarampo quadruplicaram na Europa em 2017, quando foram
registrados 22,3 mil casos da doença e 36 mortes. No primeiro trimestre deste
ano, o continente notificou mais de 18 mil casos de sarampo. França, Grécia, Sérvia e Ucrânia são os países
com o maior número de casos. A Rússia registrou mais de 600 casos da doença.
Em 2018, segundo o
boletim semanal sobre sarampo/rubéola da OPAS publicado em 19 de maio, 11
países das Américas notificaram 1.194 casos confirmados de sarampo. O Brasil é
o segundo país com maior número de casos (173), ficando atrás apenas da
Venezuela com 904 casos. Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Colômbia, Equador,
Guatemala, México, Peru e Estados Unidos também registraram casos da doença.
Fonte:
OPAS/OMS
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