segunda-feira, 11 de junho de 2018

OMS orienta vacinação contra sarampo e rubéola antes de viajar para Copa



A Rússia registrou mais de 600 casos de sarampo no 1º trimestre deste ano
A Copa do Mundo 2018 acontecerá entre os dias 14 de junho e 15 de julho, na Rússia. Em virtude do torneio, as viagens internacionais se intensificam nesse período. Por isso, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda a todos que viajarão a atualização de todas as vacinas, sobretudo a tríplice viral que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.
Esse tipo de orientação é feita devido ao crescimento do fluxo de pessoas entre os países durante eventos de massa, como a Copa do Mundo, que aumentam o risco de transmissão de doenças. A OPAS orienta ainda que as pessoas devem se vacinar no mínimo 15 dias antes da viagem. A estimativa é que a Copa de 2018 receberá cerca de 1 milhão de pessoas de todo o mundo. A entidade alerta que dos 32 países participantes do evento, 28 registraram casos de sarampo este ano. 
Desde abril deste ano, por ocasião da Semana de Vacinação nas Américas, a OPAS vem ressaltando a necessidade de mais ações para ampliar a proteção da população contra doenças evitáveis por vacinação no contexto da Copa do Mundo de 2018. Na ocasião, 11 países confirmaram o reforço nos programas de imunização contra o sarampo, atendendo assim 6 milhões de pessoas.
A região das Américas foi declarada livre dos vírus endêmicos da rubéola em 2015 e do sarampo em 2016, graças a um esforço de 22 anos, com ações de vacinação em massa para 450 milhões de crianças, adolescentes e adultos com até 40 anos, entre 2003 e 2009. Contudo, No entanto, todo esse empenho e as conquistas são colocados em risco com a possibilidade de casos e surtos em outros países.
“Manter a eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita nas Américas requer uma taxa de cobertura de vacinação de ao menos 95%, bem como ações rápidas para detectar casos importados e quebrar a cadeia de transmissão”, afirmou Cuauhtémoc Ruiz Matus, chefe da Unidade de Imunização Integral da Família da OPAS.
De acordo com o organismo internacional, os casos de sarampo quadruplicaram na Europa em 2017, quando foram registrados 22,3 mil casos da doença e 36 mortes. No primeiro trimestre deste ano, o continente notificou mais de 18 mil casos de sarampo.  França, Grécia, Sérvia e Ucrânia são os países com o maior número de casos. A Rússia registrou mais de 600 casos da doença.
Em 2018, segundo o boletim semanal sobre sarampo/rubéola da OPAS publicado em 19 de maio, 11 países das Américas notificaram 1.194 casos confirmados de sarampo. O Brasil é o segundo país com maior número de casos (173), ficando atrás apenas da Venezuela com 904 casos. Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Peru e Estados Unidos também registraram casos da doença.
Fonte: OPAS/OMS

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