sábado, 2 de junho de 2018

Gilberto Occhi defende a regionalização da saúde durante visita ao Hospital Português


Ministro diz que bom atendimento e humanização no RHP devem servir de exemplo
Na tarde de ontem (01/06), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, visitou as instalações da beneficência do Real Hospital Português (RHP), que atende pacientes do SUS para tratamento ambulatorial e de alta complexidade. Durante a visita, estiveram presentes Alberto Ferreira da Costa, provedor do RHP, Iran Costa, secretário de saúde de Pernambuco, Jailson Correia, secretário de saúde do Recife, além de membros da diretoria do hospital e assessores do ministro. 

"Essa visita do ministro ao Real Hospital Português é muito boa e esperamos corresponder às expectativas. Nós temos uma longa história de parceria com o SUS e esperamos que ele dê seguimento a essa parceria", comentou Alberto Ferreira da Costa.

Gilberto Occhi conheceu o setor de Hemodiálise, onde são realizadas 4.600 sessões por mês e a UTI Nefrológica, que assiste a mais de 60 pacientes mensalmente, ambos localizados no recém-inaugurado Edifício Santo Antônio. O ministro visitou ainda o Ambulatório de Beneficência Maria Fernanda.
“O Hospital (Português) é um grande fornecedor de atendimento ao SUS aqui no estado de Pernambuco. Visitamos a área de diálise que tem o maior atendimento na região como um todo, na região Nordeste. Eu fiquei muito bem impressionado com toda estrutura mas, principalmente, pelo atendimento e para reforçar essa opinião, nós fomos perguntar as pessoas que estão sendo atendidas aqui. Eu fui numa área de transplante renal e tive a oportunidade de conversar com um transplantado, ele elogiou muito o atendimento e a humanização do hospital, e isso serve como referência para demais hospitais que atendem a rede SUS”, destacou Occhi. 
O titular da pasta afirmou ainda que, no ano passado, o Ministério da Saúde fez um repasse de mais de 55 milhões de reais ao RHP. Segundo ele, esse valor vem crescendo, ao longo dos anos, em função do aumento da cobertura que o hospital tem feito nos atendimentos de saúde pelo SUS. Gilberto Occhi parabenizou a instituição e deixou as portas abertas para demandas que possam surgir de habilitações ou de novos atendimentos.
O RHP atende à demanda do SUS em alta complexidade nas áreas de cirurgia cardíaca, cirurgia vascular, cirurgia endovascular, hemodiálise e transplantes de medula óssea, renal, cardíaco e hepático. O complexo hospitalar é composto por mais de 60 clínicas especializadas e possui 173 leitos destinados aos atendimentos pelo SUS, o que representa 2,4% do total de leitos disponibilizados pela rede pública em Recife.
REGIONALIZAÇÃO
Durante a coletiva de imprensa, o ministro ressaltou a importância da regionalização da saúde no país como forma de desonerar o SUS e ampliar o investimento em prevenção. “Outra questão que nós estamos discutindo muito fortemente, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde é a regionalização do atendimento à saúde. Não é possível que nós tenhamos condições econômicas e financeiras, estados, municípios e Governo Federal para construir diversos hospitais. Nós temos que ter um foco na atenção básica em todos os municípios, ter uma regionalização na média e alta complexidade para que a gente possa ter um atendimento cada vez mais adequado para a população brasileira e termos condições de desonerar e fazer aquilo que eu considero que é muito importante que é a prevenção”, enfatizou. 
HEMOBRÁS
Na ocasião, o ministro destacou a importância da visita à Hemobrás para a retomada das obras e, principalmente, para que as atividades de produção do plasma (componente do sangue) e dos hemoderivados possam ser otimizadas. “É muito importante, não só para a Hemobrás, mas para o Ministério da Saúde que tem a Hemobrás como grande fornecedor de produtos para a saúde no Brasil”, declarou. Gilberto Occhi afirmou ainda que já foi feito um investimento de 70% do total da obra e que só precisa resolver algumas questões levantadas pelos órgãos de controle, sobretudo,  pelo Tribunal de Contas da União (TCU). 
“Temos um grande potencial de transferência de tecnologia que interessa muito ao Brasil, interessa a Hemobrás e interessa ao Ministério da Saúde. Temos um grande cliente que é o próprio Ministério da Saúde, cliente quase que exclusivo da Hemobrás. Temos um investimento já feito de mais de 70%, então nós precisamos juntar esses esforços, recursos nós temos disponíveis tanto do Governo Federal quanto também do parceiro privado, então nós temos é que concluir”, finalizou Occhi.
Nos próximos dias, o Ministério deve publicar um novo termo de referência que será essencial para a retomada da produção e dos negócios da Hemobrás no fornecimento de hemoderivados ao SUS, com o intuito de tornar a produção mais barata para o Brasil.
A Hemobrás receberá R$ 642,9 milhões para concluir as instalações da fábrica de fracionamento de plasma. Desse total, R$ 195,5 milhões são do Ministério da Saúde, R$ 101,1 milhões são recursos próprios da empresa e R$ 346,2 milhões serão do parceiro privado Octapharma, que trará a tecnologia para o Brasil. 
A empresa atenderá a demanda do SUS na produção dos seis hemoderivados de maior consumo do mundo, que atualmente são importados. Todos serão produzidos a partir do plasma. O objetivo é garantir a produção nacional, reduzindo a dependência externa no setor de derivados de sangue e biofármacos.
Em 2017, a fábrica distribuiu mais de 145 mil medicamentos hemoderivados e 597.989.000 UI (Unidade Internacional) de medicamentos recombinantes em todo o país, que foram entregues aos centros de saúde e hospitais que atendem pela rede pública. Esses  medicamentos são elaborados através de engenharia genética por meio do uso da tecnologia de DNA recombinante.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário