sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ulisses Pernambucano usa horta como terapia ocupacional



O Hospital Ulisses Pernambucano utiliza horta como apoio no processo terapêutico dos pacientes internados. A iniciativa faz parte do programa Horta em Todo Canto, coordenado pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco (CAISAN-PE), e visa cultivar o hábito da alimentação saudável na vida das pessoas.
No hospital, o programa ajuda no tratamento dos pacientes como terapia ocupacional. Os usuários podem vivenciar uma experiência social e de integração com o meio-ambiente através da realização de atividades como capinação, plantio e replantio. A unidade de saúde possui um espaço com 35 canteiros, colheita semanal e conta com parceria da Universidade Federal de Pernambuco (UFRPE) e do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (CEASA).
"Muitos dos nossos pacientes são de origem rural. Com isso, buscamos também resgatar o que viveram em épocas passadas, trazendo um bem estar natural", explica Minúcio Monteiro, engenheiro agrônomo e membro do Comitê Gestor do Horta em Todo Canto.
O projeto busca estimular a promoção da qualidade de vida através da orientação técnica sobre horticultura e o consumo de produtos cultivados sem agrotóxicos. Todos os alimentos produzidos são consumidos pelo público interno da unidade de saúde, entre eles hortaliças como quiabo, tomate, alface, pimentão, coentro, cebolinha, pimenta, berinjela, couve-de-folhas, cenoura e beterraba.
Periodicamente, são realizadas avaliações nutricionais no local, além de orientações sobre os mitos e verdades sobre a alimentação e dicas para uma reeducação alimentar. As hortas comunitárias pretendem desenvolver boas práticas ambientais e cívicas entre os pernambucanos, bem como, fazer uma integração entre a natureza e os centros urbanos.
O projeto também vem sendo desenvolvido em escolas da rede estadual. Até o ano passado, a Secretaria de Educação implantou 141 hortas escolares em Pernambuco utilizando as hortas como fins pedagógicos, com a participação dos alunos, professores e pais. A equipe também desenvolve trabalhos com os reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) como forma de ressocialização.

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