A
hepatite C é uma doença silenciosa, causada pelo vírus C das hepatites virais,
que só apresenta sintomas na fase avançada. Trata-se de uma inflamação no
fígado que pode evoluir para cirrose ou câncer. Segundo dados do Ministério da
Saúde, existem 135 mil pessoas diagnosticados com hepatite C no País. As
estatísticas registradas nos últimos anos indicam o surgimento de 13 casos para
cada 100 mil habitantes por ano no Brasil.
Forma
mais severa entre as hepatites virais, a hepatite C tem 80% de chance de ser
tornar crônica após ser contraída e causar cicatrizes no fígado, incapacitando
a função adequada do órgão. Na fase avançada podem aparecer sintomas como cansaço,
tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da
urina escura e fezes claras.
Não
existe vacina para a doença e, até pouco tempo, não havia cura total para a
hepatite C. No entanto, nos últimos 5 anos, novos tratamentos vêm trazendo nova
esperança para os portadores da enfermidade.
“Uma
das novidades apresentadas durante o Hepato
Pernambuco 2018 foi o tratamento da
hepatite C. Com os novos tratamentos, que surgiram nos últimos 5 anos, os
pacientes com a doença hoje tem uma alta chance de cura, então isso é uma revolução
que aconteceu, porque a hepatite C era a maior causa de indicação dos
transplantes, a principal causa de doença crônica junto com a doença
alcoólica”, destacou Fábio Moura, cirurgião do aparelho digestivo e transplante
de fígado do Real Instituto de Cirurgia Oncológica.
O
SUS disponibiliza o tratamento através de medicamentos desde 2002, contudo, só
com os avanços recentes passou-se a se falar em cura total para a Hepatite C. Após
a confirmação da doença, podem ser realizados testes para verificar a função do
órgão e identificar se existe algum dano. O tratamento dependerá da
condição do fígado, mas, em geral, as pessoas só descobrem o vírus quando a
doença já se tornou crônica e com danos ao órgão.
A
principal causa de transmissão da doença se dá pelo contato direto com o
sangue de uma pessoa contaminada (transfusão de sangue e hemoderivados, sexo
desprotegido e compartilhamento e objetos de uso pessoal como agulhas de
tatuagem, alicates e tesouras). O contágio também pode ocorrer através do sexo
desprotegido e compartilhamento de objetos pessoais como escovas de dente.
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