O câncer de ovário tem menor
incidência que os demais tumores ginecológicos, no entanto, é o mais difícil de
diagnosticar e o com menor chance de cura. De acordo com o Instituto Nacional
do Câncer (INCA), em torno de 75% dos casos da doença são diagnosticados em
estágio avançado. O INCA estima que, em 2018, cerca de 6.150 novos casos sejam
registrados no país.
Com ocorrência em 5,79 para
cada 100 mil mulheres, a maioria desses tumores são de origem epitelial (que inicia
nas células da superfície do órgão). A incidência pode ser associada a fatores
genéticos, hormonais e ambientais, sendo a história familiar o de maior
relevância, responsável por cerca de 10% dos casos. Pode acometer mulheres em
qualquer faixa etária, porém é mais frequente acima dos 40 anos.
Há ainda uma relação
entre câncer de ovário e atividade hormonal feminina. Ou seja, mulheres que não
tiveram filhos, que nunca amamentaram, que tiveram menopausa tardia, câncer de
mama, ou as que têm parentes de primeiro grau com a doença apresentam maior risco
de ter a doença.
De acordo com Carolina Matias, oncologista do Real Instituto de Oncologia, a maior dificuldade em diagnosticar precocemente o
câncer de ovário se dá pelo caráter assintomático da doença. “Geralmente,
quando a paciente vem apresentar algum sintoma, já encontra-se em estágio
avançado, por isso ele é considerado o mais letal dos canceres ginecológicos”,
relatou a médica.
Em geral, os sintomas só
aparecem quando a paciente está num estado grave e os mais frequentes são dor e
aumento do volume abdominal, constipação, alteração na função digestiva e massa
abdominal palpável.
O diagnóstico é feito
através de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia
pélvica, raio-x torácico, tomografia computadorizada. A avaliação da função dos
rins e fígado também podem auxiliar nos casos mais graves. O tratamento deve
ser feito através de procedimento cirúrgico.
As recomendações para
prevenção e identificação precoce são consultar regularmente o ginecologista, realizar
exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência e evitar alimentos
gordurosos.
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