quarta-feira, 9 de maio de 2018

INCA estima mais de 6 mil novos casos de câncer de ovário em 2018


O câncer de ovário tem menor incidência que os demais tumores ginecológicos, no entanto, é o mais difícil de diagnosticar e o com menor chance de cura. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em torno de 75% dos casos da doença são diagnosticados em estágio avançado. O INCA estima que, em 2018, cerca de 6.150 novos casos sejam registrados no país.

Com ocorrência em 5,79 para cada 100 mil mulheres, a maioria desses tumores são de origem epitelial (que inicia nas células da superfície do órgão). A incidência pode ser associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais, sendo a história familiar o de maior relevância, responsável por cerca de 10% dos casos. Pode acometer mulheres em qualquer faixa etária, porém é mais frequente acima dos 40 anos.

Há ainda uma relação entre câncer de ovário e atividade hormonal feminina. Ou seja, mulheres que não tiveram filhos, que nunca amamentaram, que tiveram menopausa tardia, câncer de mama, ou as que têm parentes de primeiro grau com a doença apresentam maior risco de ter a doença.

De acordo com Carolina Matias, oncologista do Real Instituto de Oncologia, a maior dificuldade em diagnosticar precocemente o câncer de ovário se dá pelo caráter assintomático da doença. “Geralmente, quando a paciente vem apresentar algum sintoma, já encontra-se em estágio avançado, por isso ele é considerado o mais letal dos canceres ginecológicos”, relatou a médica.

Em geral, os sintomas só aparecem quando a paciente está num estado grave e os mais frequentes são dor e aumento do volume abdominal, constipação, alteração na função digestiva e massa abdominal palpável.

O diagnóstico é feito através de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia pélvica, raio-x torácico, tomografia computadorizada. A avaliação da função dos rins e fígado também podem auxiliar nos casos mais graves. O tratamento deve ser feito através de procedimento cirúrgico.

As recomendações para prevenção e identificação precoce são consultar regularmente o ginecologista, realizar exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência e evitar alimentos gordurosos.

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