A doença celíaca foi a
primeira enfermidade associada ao glúten identificada pela medicina. Trata-se
de uma doença autoimune, ou seja, quando as próprias células de defesa
imunológica agridem as células do organismo ao ingerir glúten, ocasionando um
processo inflamatório. Os estudos demonstram que está associada a fatores
genéticos e que 1 em cada 100 pessoas seja portadora da doença no mundo. No Brasil, cerca de 2 milhões
de pessoas não podem comer alimentos com glúten.
A ingestão de alimentos
com glúten (proteína presente no trigo, cevada e centeio) provoca uma
reação imunológica anormal no intestino delgado, gerando uma inflamação crônica
que causa a má absorção de nutrientes e resultando em desnutrição e
desequilíbrio da saúde.
A doença pode afetar
diversas partes do corpo, como ossos, pele, sangue e cérebro. Em geral, os
sintomas são diarreia, prisão de ventre, perda de peso, anemia, cansaço, falta
de ar, sensação de estufamento, cólica, desconforto abdominal, lesões na pele e
osteoporose. Normalmente, os sinais começam na infância, mas também podem
ocorrer na fase adulta, só que com os sintomas mais indefinidos.
O diagnóstico ainda é escasso,
devido à variedade de sintomas provocados, e é realizado através da dosagem no
sangue dos anticorpos contra o glúten. Outro exame importante é a biópsia
do intestino, para verificar se há alterações de inflamação e
atrofia das vilosidades do órgão. Não existe cura, mas com o diagnóstico
precoce, acompanhamento especializado e uma dieta livre de glúten, é possível
viver bem com a doença. A falta de tratamento pode causar o aparecimento de
tumores intestinais.
Fonte: BMC Medicine
Fonte: BMC Medicine
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