terça-feira, 15 de maio de 2018

Doença Celíaca: cerca de 2 milhões de brasileiros não podem comer glúten



A doença celíaca foi a primeira enfermidade associada ao glúten identificada pela medicina. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, quando as próprias células de defesa imunológica agridem as células do organismo ao ingerir glúten, ocasionando um processo inflamatório. Os estudos demonstram que está associada a fatores genéticos e que 1 em cada 100 pessoas seja portadora da doença no mundo. No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas não podem comer alimentos com glúten.
A ingestão de alimentos com glúten (proteína presente no trigo, cevada e centeio) provoca uma reação imunológica anormal no intestino delgado, gerando uma inflamação crônica que causa a má absorção de nutrientes e resultando em desnutrição e desequilíbrio da saúde.
A doença pode afetar diversas partes do corpo, como ossos, pele, sangue e cérebro. Em geral, os sintomas são diarreia, prisão de ventre, perda de peso, anemia, cansaço, falta de ar, sensação de estufamento, cólica, desconforto abdominal, lesões na pele e osteoporose. Normalmente, os sinais começam na infância, mas também podem ocorrer na fase adulta, só que com os sintomas mais indefinidos.
O diagnóstico ainda é escasso, devido à variedade de sintomas provocados, e é realizado através da dosagem no sangue dos anticorpos contra o glúten. Outro exame importante é a biópsia do intestino, para verificar se há alterações de inflamação e atrofia das vilosidades do órgão. Não existe cura, mas com o diagnóstico precoce, acompanhamento especializado e uma dieta livre de glúten, é possível viver bem com a doença. A falta de tratamento pode causar o aparecimento de tumores intestinais.

Fonte: BMC Medicine

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