quinta-feira, 19 de abril de 2018

Ministério da Saúde lança campanha nacional de vacinação contra a gripe


Na tarde de ontem (18/04), o ministro da saúde, Gilberto Occhi, anunciou o lançamento da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, em Brasília. O objetivo é mobilizar os estados e municípios para vacinar cerca de 54,4 milhões de pessoas e, com isso, reduzir as internações, complicações e mortes em decorrência das infecções pelo vírus da influenza.
A campanha deste ano, que terá como padrinho o ex-jogador de futebol Pelé, inicia no dia 23 de abril e vai até 1º de junho, com destaque para o Dia D que será 12 de maio. Com o slogan, “Entre para o time da saúde. Vacine-se contra a gripe e fique protegido”, o Rei do Futebol faz um convite para o grupo prioritário se proteger contra a doença. A campanha publicitária começa a ser veiculada na mídia no próximo domingo (22/04) e continua até o final da mobilização nacional. 
Por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), serão vacinadas as pessoas que integram os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, que serão entregues em etapas aos estados. A indicação também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe.
O grupo prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. 
Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, afirmou que “quando se vacina um grande grupo de pessoas como estamos fazendo, mais de 54 milhões de pessoas há uma diminuição da circulação do vírus e as que não são vacinadas indiretamente ficam protegidas. É o que nós chamamos de imunidade de grupo ou rebanho. Por isso, a necessidade de que o público prioritário tenha elevada cobertura vacinal porque, desta forma, também estaremos protegendo aqueles que não terão acesso a vacinação”.
No dia da mobilização nacional, 12 de maio, estarão funcionando 65 mil postos de imunização, sendo 37 mil de rotina e 28 mil volantes. A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações dos casos graves, internações e, até mesmo, óbitos. A vacina oferecida esse ano protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. 
REAÇÃO ADVERSA
A reação adversa após a aplicação da vacina é rara, mas pode ocorrer dor, vermelhidão e endurecimento no local. No entanto, essas manifestações são consideradas benignas e costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. 
PREVENÇÃO 
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). Por isso, a população em geral pode se prevenir adotando medidas simples como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
CASOS DA DOENÇA 
Em 2018, até 14 de abril, foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado.
No mesmo período de 2017, foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1; 244 casos e 30 óbitos por H3N2; 81 casos e 24 óbitos por influenza B; e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza. 
Fonte: Ministério da Saúde

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