Na tarde de ontem
(18/04), o ministro da saúde, Gilberto Occhi, anunciou o lançamento da 20ª
Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, em Brasília. O objetivo é
mobilizar os estados e municípios para vacinar cerca de 54,4 milhões de pessoas
e, com isso, reduzir as internações, complicações e mortes em decorrência das
infecções pelo vírus da influenza.
A campanha deste ano, que
terá como padrinho o ex-jogador de futebol Pelé, inicia no dia 23 de abril e vai
até 1º de junho, com destaque para o Dia D que será 12 de maio. Com o slogan,
“Entre para o time da saúde. Vacine-se contra a gripe e fique protegido”, o Rei
do Futebol faz um convite para o grupo prioritário se proteger contra a doença.
A campanha publicitária começa a ser veiculada na mídia no próximo domingo
(22/04) e continua até o final da mobilização nacional.
Por recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS), serão vacinadas as pessoas que integram os
grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Para isso, o
Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, que serão entregues
em etapas aos estados. A indicação também é respaldada por estudos
epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias,
que têm como principal agente os vírus da gripe.
O grupo prioritário da
campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses aos menores de
cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada,
povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas
privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em
medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema prisional. Os portadores
de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
também devem se vacinar. Este público deve apresentar prescrição médica no ato
da vacinação.
Carla Domingues, coordenadora
do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, afirmou que “quando
se vacina um grande grupo de pessoas como estamos fazendo, mais de 54 milhões
de pessoas há uma diminuição da circulação do vírus e as que não são vacinadas
indiretamente ficam protegidas. É o que nós chamamos de imunidade de grupo ou
rebanho. Por isso, a necessidade de que o público prioritário tenha elevada
cobertura vacinal porque, desta forma, também estaremos protegendo aqueles que
não terão acesso a vacinação”.
No dia da mobilização
nacional, 12 de maio, estarão funcionando 65 mil postos de imunização, sendo 37
mil de rotina e 28 mil volantes. A vacina contra gripe é segura e reduz as
complicações dos casos graves, internações e, até mesmo, óbitos. A vacina oferecida
esse ano protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam
no último ano no Hemisfério Sul, A/H1N1, A/H3N2 e influenza B.
REAÇÃO ADVERSA
A reação adversa após a
aplicação da vacina é rara, mas pode ocorrer dor, vermelhidão e endurecimento
no local. No entanto, essas manifestações são consideradas benignas e costumam
passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de
reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham
alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
PREVENÇÃO
A transmissão dos vírus
influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias,
eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre
por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas
(boca, olhos, nariz). Por isso, a população em geral pode se prevenir adotando
medidas simples como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca
com lenço descartável ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso
pessoal, além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
CASOS DA DOENÇA
Em 2018, até 14 de abril,
foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do
total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram
registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos
por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado.
No mesmo período de 2017,
foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25
casos e 7 mortes foram por H1N1; 244 casos e 30 óbitos por H3N2; 81 casos e 24
óbitos por influenza B; e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em
todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.
Fonte:
Ministério da Saúde
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