segunda-feira, 20 de agosto de 2018

2 casos de sarampo confirmados em Pernambuco


A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE) e a Secretaria de Saúde do Recife confirmam dois casos de sarampo no Estado. Trata-se de um homem de 27 anos com histórico de viagem no início de julho para Manaus, área onde está circulando o vírus. Em Manaus, ele teve contato com um caso suspeito. A segunda ocorrência é de uma menina de 2 anos, sobrinha do homem e que mora com ele no Recife. Os dois não comprovaram vacinação para tríplice viral. Após resultado laboratorial preliminar do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE), não conclusivo, mas sugestivo para doença, as amostras de sangue dos pacientes foram encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz/RJ), laboratório de referência nacional que confirmou a doença.
De acordo com a Fiocruz, a menina de 2 anos teve resultado positivo por meio das técnicas de PCR e sorologia, enquanto o homem teve sorologia positiva. Os outros três casos relacionados a esses pacientes (dois familiares e uma funcionária) continuam em análise. É importante ressaltar que, logo após a notificação dos casos, as medidas de vigilância e controle foram executadas pelas secretarias de Saúde do Recife (de origem dos pacientes) e de Jaboatão dos Guararapes (onde o homem trabalha), com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde. Entre as ações, bloqueio vacinal de contatos com os casos confirmados, como é preconizado pelo Ministério da Saúde. Todos os órgãos continuam vigilantes para a situação. 
“A Vigilância em Saúde do Estado está atenta para analisar os casos notificados e desencadear as ações para evitar a propagação de casos. Precisamos reforçar com os serviços de saúde e os municípios pernambucanos a necessidade de estar vigilante e para comunicar de imediato qualquer suspeita. Uma resposta rápida é essencial para quebrar a cadeia de transmissão e, consequentemente, o surgimento de um surto da doença”, afirma George Dimech, diretor geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES.
A  SES/PE ressalta que a confirmação desses casos no Estado só reforça a importância da população manter a caderneta de vacinação corretamente atualizada. Atualmente, está ocorrendo uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo, que segue até 31 de agosto. A campanha de vacinação é voltada para crianças de 1 ano a menores de 5 (4 anos, 11 meses e 29 dias), independente da situação vacinal. No Estado, o objetivo é imunizar, no mínimo, 95% dos 544.180 meninos e meninas inclusos na estratégia.
Em 2018, Pernambuco notificou 102 casos suspeitos de sarampo (30 notificações dessas são do Recife). Desse total, 48 foram descartados (16 do Recife), 2 confirmados (ambas as confirmações são da capital pernambucana) e os demais estão em investigação. “Diante da ocorrência de sarampo no Brasil e da constante comunicação da situação epidemiológica feita pela SES, os profissionais de saúde estão sensibilizados para identificação e notificação de casos suspeitos da doença. Esse fato é importante pois é a partir dessas notificações que as secretarias municipais de Saúde e o Estado podem realizar ações de prevenção e controle”, destaca George Dimech.
PREVENÇÃO
A prevenção pode ser feita através da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. Ela deve ser aplicada em crianças com 12 meses, com um reforço aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Crianças acima de 2 anos, jovens e adultos até os 29 anos e profissionais de saúde não vacinados anteriormente ou que não lembram se foram imunizados, devem tomar duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Já os adultos entre 30 e 49 anos, na mesma situação, devem tomar uma dose da tríplice.
SARAMPO
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse, irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que avançam em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Mais comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais grave em recém-nascidos, desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências.
A transmissão se dá por meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas. 

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