A Secretaria Estadual de
Saúde de Pernambuco (SES/PE) e a Secretaria de Saúde do Recife confirmam dois
casos de sarampo no Estado. Trata-se de um homem de 27 anos com histórico de
viagem no início de julho para Manaus, área onde está circulando o vírus.
Em Manaus, ele teve contato com um caso suspeito. A segunda ocorrência é de uma
menina de 2 anos, sobrinha do homem e que mora com ele no Recife. Os dois
não comprovaram vacinação para tríplice viral. Após resultado laboratorial
preliminar do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE), não
conclusivo, mas sugestivo para doença, as amostras de sangue dos pacientes
foram encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz/RJ),
laboratório de referência nacional que confirmou a doença.
De acordo com a Fiocruz,
a menina de 2 anos teve resultado positivo por meio das técnicas de PCR e
sorologia, enquanto o homem teve sorologia positiva. Os outros três casos
relacionados a esses pacientes (dois familiares e uma funcionária) continuam em
análise. É importante ressaltar que, logo após a notificação dos casos, as
medidas de vigilância e controle foram executadas pelas secretarias de Saúde do
Recife (de origem dos pacientes) e de Jaboatão dos Guararapes (onde o homem
trabalha), com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde. Entre as
ações, bloqueio vacinal de contatos com os casos confirmados, como é
preconizado pelo Ministério da Saúde. Todos os órgãos continuam vigilantes para
a situação.
“A Vigilância em Saúde do
Estado está atenta para analisar os casos notificados e desencadear as ações
para evitar a propagação de casos. Precisamos reforçar com os serviços de saúde
e os municípios pernambucanos a necessidade de estar vigilante e para comunicar
de imediato qualquer suspeita. Uma resposta rápida é essencial para quebrar a
cadeia de transmissão e, consequentemente, o surgimento de um surto da doença”,
afirma George Dimech, diretor geral de Controle de Doenças Transmissíveis
da SES.
A SES/PE
ressalta que a confirmação desses casos no Estado só reforça a importância da
população manter a caderneta de vacinação corretamente atualizada. Atualmente,
está ocorrendo uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o
sarampo, que segue até 31 de agosto. A campanha de vacinação é voltada para
crianças de 1 ano a menores de 5 (4 anos, 11 meses e 29 dias), independente da
situação vacinal. No Estado, o objetivo é imunizar, no mínimo, 95% dos 544.180
meninos e meninas inclusos na estratégia.
Em 2018, Pernambuco
notificou 102 casos suspeitos de sarampo (30 notificações dessas são do
Recife). Desse total, 48 foram descartados (16 do Recife), 2 confirmados (ambas
as confirmações são da capital pernambucana) e os demais estão em investigação.
“Diante da ocorrência de sarampo no Brasil e da constante comunicação da
situação epidemiológica feita pela SES, os profissionais de saúde estão
sensibilizados para identificação e notificação de casos suspeitos da doença. Esse
fato é importante pois é a partir dessas notificações que as secretarias
municipais de Saúde e o Estado podem realizar ações de prevenção e controle”,
destaca George Dimech.
PREVENÇÃO
A prevenção pode ser feita
através da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba.
Ela deve ser aplicada em crianças com 12 meses, com um reforço aos 15 meses com
a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Crianças acima de 2 anos,
jovens e adultos até os 29 anos e profissionais de saúde não vacinados
anteriormente ou que não lembram se foram imunizados, devem tomar duas doses da
tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Já os adultos entre 30 e
49 anos, na mesma situação, devem tomar uma dose da tríplice.
SARAMPO
O sarampo é uma doença
infecciosa aguda, transmitida por vírus e extremamente contagiosa. O paciente
com a enfermidade pode apresentar os seguintes sintomas: febre, tosse,
irritação ocular, corrimento do nariz, manchas avermelhadas no rosto, que
avançam em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia,
ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte. Além disso, o vírus
pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo.
Mais comum na infância, o sarampo pode se desenvolver de maneira mais grave em
recém-nascidos, desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de
imunodeficiências.
A transmissão se dá por
meio do contato direto através de tosse, espirros, fala, secreções
respiratórias ou da boca. O contágio ocorre na fase em que o doente apresenta
febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e
dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário