28 de abril é o Dia Internacional das Vítimas de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais. Para marcar a data, a Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, promoveu na última sexta-feira, em Brasília, o seminário “A (In)visibilidade de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho”.
O encontro teve como
objetivo colocar em discussão questões sobre os acidentes e doenças de
trabalho, que representam uma parcela importante dos agravos de saúde da
população brasileira. Entre 2007 e 2017, o Ministério da Saúde registrou mais
de 698 mil acidentes ocupacionais graves, além de oito mil casos de transtornos
mentais e cerca de 1.200 casos de câncer associados ao trabalho.
“Esse seminário assinala
a data instituída pela Organização Internacional do Trabalho, em 2003,
consagrando a memória dos 78 trabalhadores que morreram em uma mina no
estado da Virgínia, Estados Unidos, em 1969”, lembrou Karla Baêta, Coordenadora
do Departamento de Saúde do Trabalhador.
No Brasil, a data foi
criada em 2005, através da Lei 11.121/2005, como o dia nacional em memória das vítimas de
acidentes e doenças do trabalho. De acordo com estimativas da Previdência
Social, a cada 48 segundos ocorre um acidente de trabalho, além de ser
registrado um óbito a cada três horas no Brasil, a maioria dos casos poderiam
ser evitados.
Daniela Buosi, diretora
do departamento de Vigilância de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, afirmou
que é de extrema importância analisar com cautela os dados sobre a saúde do
trabalhador, pois as doenças ocupacionais são subnotificadas. Buosi advertiu ainda
sobre a necessidade de discussão mais aprofundada a cerca dessas questões, além
da possível relação de suicídios cometidos por indivíduos com transtornos mentais
e trabalhadores de áreas onde há grande uso de agrotóxicos.
Fonte:
Ministério da Saúde
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