segunda-feira, 21 de maio de 2018

Relatório da OMS conclui que investir no controle de doenças gera economia e saúde



A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que revela que países pobres podem ganhar US$ 350 bilhões até 2030 se aumentarem o investimento na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e transtornos mentais. Além disso, essas ações salvariam mais de 8 milhões de vidas no mesmo período.
O relatório Saving lives, spending less: a strategic response to NCDs (Salvando vidas, gastando menos: uma resposta estratégica às DCNTs, tradução livre), que foi divulgado na última quarta-feira (16/05), apresenta as necessidades financeiras e os retornos de políticas rentáveis e viáveis para evitar esse tipo de enfermidade, que são as principais causas de doenças e mortes no mundo. 
Um dos resultados apresentados no documento é que para cada US$ 1 investido em ações para tratar enfermidades crônicas em países de baixa e baixa-média renda, haverá um retorno à sociedade de pelo menos US$ 7 em aumento de empregos, produtividade e longevidade. "A mensagem abrangente deste novo e poderoso relatório da OMS é otimista. (...) Combater as DCNTs é uma oportunidade para melhorar a saúde e as economias”, ressaltou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. 
As doenças crônicas não transmissíveis tendem a ser de longa duração e são resultado de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais. Elas são responsáveis pela morte de 41 milhões de pessoas a cada ano, representando um total de 72% de todas as mortes no mundo. Segundo o documento, se os países seguissem essa recomendação, o mundo se aproximaria significativamente do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.4, que tem como finalidade a redução de mortes prematuras por DCNTs em um terço até 2030.
Entre as ações com melhor custo-benefício estão o aumento dos impostos sobre o tabaco e o álcool, a redução da ingestão de sal por meio da reformulação de produtos alimentares, vacinação de meninas com idades entre 9 e 13 anos contra o papilomavírus humano (HPV), rastreio de mulheres com idade entre 30 e 49 anos para prevenção de câncer do colo do útero, administração de terapia medicamentosa e aconselhamento para pessoas que tiveram ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais.
Para US$ 1 investido em cada área de política, foram documentados os seguintes retornos: 
US$ 12.82 de promoção de dietas saudáveis;
US$ 9,13 de redução do uso nocivo do álcool;
US$ 7,43 de redução de consumo do tabaco;
US$ 3,29 por fornecer terapia medicamentosa para doença cardiovascular;
US$ 2,80 do aumento de atividade física;
US$ 2,74 de gerenciamento do câncer. 
Fonte: OPAS/OMS

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