quarta-feira, 11 de abril de 2018

OMS e MS registram aumento dos casos de sífilis no Brasil e no mundo



A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) que é rodeada de muito estigma e pouco se fala sobre ela. A doença é provocada pela bactéria treponema pallidum e é transmitida, sobretudo, pela via sexual, seja vaginal, anal ou oral. Além disso, trata-se de uma infecção que se propaga mais facilmente que outras DSTs. Ela também pode ser transmitida durante a gravidez, e é a segunda maior causa de mortalidade entre recém-nascidos no mundo. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que haja no mundo, anualmente, 5,6 milhões de infecções por sífilis. No Brasil, houve um aumento de quase 30% em adultos, entre 2015 e 2016 (dados mais recentes disponíveis). Segundo o Ministério da Saúde, em 2016, foram registrados 87.593 mil casos em adultos. Já as infecções por sífilis congênita em bebês, passada de mãe para filho na gestação, cresceu 4,7%.
O Ministério da Saúde afirma que esses números são decorrentes do aumento nos diagnósticos, por conta da distribuição de testes na rede pública de saúde, bem como da falta da penicilina (medicação utilizada no tratamento da enfermidade). 
O teste é a única forma de diagnosticar a sífilis, uma vez que parte dos casos são assintomáticos, ou seja, uma pessoa pode estar infectada com a doença e não apresentar nenhum sintoma. E, com isso, acaba contagiando outras pessoas inadvertidamente. Em alguns casos, os sintomas em adultos são úlceras genitais, erupções generalizadas na pele, ou na palma das mãos e plantas dos pés, cansaço, dor de cabeça, febre e dor nas articulações. 
É fundamental fazer o diagnóstico o mais cedo possível, pois sem o tratamento precoce a infecção pode se agravar com o passar dos anos e ter consequências sérias como derrames, sintomas de demência, perda de coordenação, cegueira e problemas cardíacos. 
Para cumprir a meta da OMS de eliminar as mortes por sífilis congênita, o Brasil terá de reduzir a taxa atual de 6,8 casos por mil nascidos vivos para no máximo 0,5 por mil. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle de DSTs, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, essa redução seria possível num curto prazo porque trata-se de uma doença que é facilmente detectada e tratada.

Fonte: BBC Brasil

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