domingo, 6 de maio de 2018

Coordenadores da residência em cirurgia de PE participam de fórum no CFM


Formação do cirurgião, residência médica em três anos e Síndrome de Burnout foram destaques no evento
Os coordenadores do programa de Residência Médica em Cirurgia Geral de Pernambuco, Antônio Cavalcanti, Guido Corrêa e Henrique Guido, participaram na última sexta-feira (04/05) do II Fórum de Cirurgia Geral, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília. O evento teve como objetivo a discussão de temas como a formação do cirurgião geral, residência médica de três anos e a incidência da Síndrome de Burnout, mais conhecida como adoecimento médico.
O encontro contou palestrantes que são referência na especialidade como Jorge Curi, coordenador da Câmara Técnica de Cirurgia Geral, Delta Madureira, professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Carlos Von Bathen, diretor de Defesa Profissional do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Ivan Ceconello, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e Florentino Cardoso, representante da Associação Médica Brasileira (AMB).
Já na abertura do fórum, Jorge Curi destacou a importância de se discutir sobre a formação do cirurgião geral, além do conteúdo programático da residência. “Temos de reivindicar melhores condições de trabalho, mas também é nossa responsabilidade lutar por uma melhor formação. Daí porque defendemos três anos de residência médica”, enfatizou Curi.
De acordo com o  representante da AMB, Florentino Cardoso, o adoecimento médico é um grande problema a ser enfrentado. Cardoso apresentou dados sobre a Síndrome de Burnout e falou sobre campanha da entidade no combate ao suicídio entre esses profissionais.
A Síndrome de Burnout foi abordada por Jorge Curi, que ressaltou a necessidade de criação de grupos de apoio nos centros de ensino para ajudar estudantes com dificuldades. “O estudante de medicina e o residente sofrem hoje muitas pressões, que levam a privações de sono e falta de concentração. Temos de estar preparados para dar apoio a essas pessoas e, no caso da cirurgia geral, até orientá-las a mudar de curso, caso essa opção seja fonte de sofrimento”, defendeu.
Durante o evento, também houve uma explanação sobre “Como treinar e capacitar o cirurgião para a cirurgia robótica”. De acordo com Armando Melani, diretor no Brasil do Centro de Treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva (IRCAD), a cirurgia robótica está hoje para a cirurgia laparoscópica como esta estava para a cirurgia tradicional no final dos anos 1990.

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