Formação
do cirurgião, residência médica em três anos e Síndrome de Burnout foram destaques
no evento
Os coordenadores do
programa de Residência Médica em Cirurgia Geral de Pernambuco, Antônio
Cavalcanti, Guido Corrêa e Henrique Guido, participaram na última sexta-feira
(04/05) do II Fórum de Cirurgia Geral, promovido pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM), em Brasília. O evento teve como objetivo a discussão de
temas como a formação do cirurgião geral, residência médica de três anos e a
incidência da Síndrome de Burnout,
mais conhecida como adoecimento médico.
O encontro contou
palestrantes que são referência na especialidade como Jorge Curi, coordenador
da Câmara Técnica de Cirurgia Geral, Delta Madureira, professor emérito da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz
Carlos Von Bathen, diretor de Defesa Profissional do Colégio Brasileiro de
Cirurgiões (CBC), Ivan Ceconello, professor da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, e Florentino Cardoso, representante da Associação
Médica Brasileira (AMB).
Já na abertura do fórum,
Jorge Curi destacou a importância de se discutir sobre a formação do cirurgião
geral, além do conteúdo programático da residência. “Temos de reivindicar
melhores condições de trabalho, mas também é nossa responsabilidade lutar por
uma melhor formação. Daí porque defendemos três anos de residência médica”, enfatizou
Curi.
De acordo com o representante da AMB, Florentino Cardoso, o adoecimento
médico é um grande problema a ser enfrentado. Cardoso apresentou dados sobre a Síndrome
de Burnout e falou sobre campanha da entidade no combate ao suicídio entre esses
profissionais.
A Síndrome de Burnout foi abordada por Jorge Curi, que
ressaltou a necessidade de criação de grupos de apoio nos centros de ensino
para ajudar estudantes com dificuldades. “O estudante de medicina e o residente
sofrem hoje muitas pressões, que levam a privações de sono e falta de
concentração. Temos de estar preparados para dar apoio a essas pessoas e, no
caso da cirurgia geral, até orientá-las a mudar de curso, caso essa opção seja
fonte de sofrimento”, defendeu.
Durante o evento, também houve
uma explanação sobre “Como treinar e capacitar o cirurgião para a cirurgia
robótica”. De acordo com Armando Melani, diretor no Brasil do Centro de
Treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva (IRCAD), a cirurgia robótica está
hoje para a cirurgia laparoscópica como esta estava para a cirurgia tradicional
no final dos anos 1990.
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